mardi 8 décembre 2009

EDITORIAL

ADVENTO
Com o primeiro Domingo de Advento, no passado dia 29 de Novembro, demos início a um novo ano litúrgico, designado por Ano C.
Neste ciclo de tempo, contaremos com o acompanhamento especial do evangelista S. Lucas.

Chamamos “Advento”, que significa “vinda”, ao conjunto das quatro semanas que precedem o Natal. Nesta caminhada a Igreja convida-nos a preparar a Festa, dando uma especial atenção à oração e a gestos concretos. Como Maria, pela oração, glorificamos o Senhor que “se fez homem e veio habitar no meio de nós”.
Sendo acompanhada de gestos concretos de caridade, estaremos a prolongar no tempo e na História dos homens, a infinita misericórdia de Deus. E deste modo, acontecerá Natal.
Esperar a manifestação do Senhor Jesus, pressupõe antes de mais a fé, mas também a esperança. É pela força desta atitude, a esperança, que o cristão vive a sua existência com serenidade, fortalecida na luta e na perseverança que lhe permite superar todas as circunstâncias previstas e imprevistas.

Esperar segundo esta certeza do Senhor que vem, faz-nos estar despertos e aceitar colaborar activamente para que o Seu Reino chegue a todos os homens e mulheres de boa vontade.
Viver intensamente o tempo de Advento é a melhor garantia de o Natal vir a acontecer.

Pe. Aloísio

TOME NOTA…

Aqui fica a agenda que nos permitirá organizar melhor a nossa vida Comunitária:

NOTRE DAME DE LAUSANNE (VALENTIN)
Todos os Sábados 18h15 Catequese
20h00 Eucaristia

MON-GRÉ
Todos os Domingos 10h00 Catequese
11h30 Eucaristia

***
12 de Dezembro (Sábado)
FESTA DE NATAL DA CATEQUESE - Palais de Beaulieu a partir das 17h30
+++
25 de Dezembro (Sexta feira)
MISSA DE NATAL – Mon-Gré às 11h30
+++
1 de Janeiro 2010 (Sexta feira)
MISSA ANO NOVO – Mon-Gré às 11h30

***
A equipa sacerdotal, encontra-se à vossa disposição para as necessidades pastorais.
Sacramentos: *Confissões individuais – antes das Eucaristias ou marcar encontro
*Preparações de Baptismos e Matrimónio – contactar a Missão
*Direcção espiritual - visita aos doentes;
DISTRIBUIÇÃO DA SAGRADA COMUNHÃO
A doença bate à porta sem se anunciar! Por vezes, ao perderem a mobilidade, os cristãos ficam sem poder receber a comunhão numa altura em que precisariam mais que nunca desta Presença Viva.
A equipa sacerdotal da nossa Missão é sensível a esta questão e deseja levar essa Presença Viva a casa de quem já não pode vir à Igreja. São Ministros da Comunhão e estão disponíveis! Basta telefonar para a Missão, deixando para tal o seu nome e número de telefone.

UM SANTO NATAL

É impossível ser-se insensível ao Natal. Muita coisa de extraordinária vivência reside na memória e no coração de todos. Até quem se afirma como descrente, agnóstico e anti-religioso não conseguirá calar a interrogação que se levanta no seu espírito: "Porquê o Natal?"Os cristãos sabem o que é o Natal e a quem se refere a celebração, embora uma pequena parte o viva sem qualquer expressão ou sinal de Jesus, até nas suas próprias casas, pois acham que não precisam de o manifestar para "não causarem incómodo", direi, para não serem incomodados, pois a afirmação leva à coerência de vida.

O Natal tem de ser vivido em verdadeiro espírito de fé, para ser bem celebrado. Esta faz com que se busque o essencial e se dê pouca importância ao que é acidental, pois o secundário, por vezes, neste nosso mundo e tempo, é o que se pretende e se tenta impor.
Jesus nasceu e ninguém o pode negar. A partir do Seu Nascimento tudo se tornou diferente. Não bastará comemorá-Lo, como facto histórico, é preciso celebrá-Lo como acontecimento presente que Deus, constantemente oferece como dom e graça.
Jesus é o Senhor da Vida e tem de ser tudo e para todos. Quem ainda não tem esta experiência é porque ainda não celebrou o Natal.
Peçamos a Jesus que nos ensine a viver o Seu Natal.
Quem faz a experiência do encontro com Jesus, que nasceu para todos nunca mais, em dia algum da vida, O deixa de celebrar.
Que Jesus seja acolhido (nasça) no coração de todos.

Um Santo Natal.

Pe. Aloísio

A COROA DO ADVENTO

“Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas” (Lc 12,35)

Consiste numa coroa com ramos verdes, contendo 4 velas que representam as quatro semanas de preparação para o Natal.
Por isso se chama coroa do Advento.
Domingo após domingo, ajuda-nos a esperar activamente a vinda do Senhor.
- A sua forma circular indica a perfeição e plenitude de vida a que somos chamados.
- Como coroa, lembra-nos a dignidade e a realeza a que Cristo nos faz participar como eleitos de Deus.
- A luz que se acende, como símbolo de Cristo, luz do mundo, ilumina-nos o caminho que nos conduz até Ele.

Pelo acender de mais uma vela em cada domingo, compreendemos como, caminhando nos aproximamos da Luz do Natal.

PERSONAGENS DO ADVENTO

ISAÍAS

Ao longo de todo o tempo do Advento, contaremos na liturgia com o anúncio profético de Isaías, animando-nos a reconhecer pela fé o Senhor que vem.
Ele era natural de Jerusalém, pertencente a uma família de elevada posição social.
Cultivou uma notável sensibilidade poética, exprimindo-se num estilo abundante em imagens de pendor religioso. Recorrendo a esta linguagem, anunciou o Messias desenvolvendo a sua actividade por mais de 40 anos.
Mediante uma visão em que lhe é revelada a “santidade de Deus”, Isaías deixa-se conduzir por uma humilde mas firme convicção de que só pela fé confiante se poderá obter a salvação. Mesmo nos momentos de maior perigo, o Profeta, em nome de Deus, promete a tão desejada libertação, associada à paz e à justiça.

JOÃO BAPTISTA

Segundo o próprio Cristo, “entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no reino do céu é maior do que ele” (Mt 11,11).
O papel de João Baptista como Precursor é muito preciso: “preparar os caminhos do Senhor” (Is 40,3); deverá anunciar um baptismo no Espírito para a remissão dos pecados, um baptismo que será luz “para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte” (Lc 1,79), como dirá Zacarias, no Cântico que entoou quando pôde falar.
Toda a sua grandeza lhe advém da sua humildade e modéstia: “Ele é que deve crescer e eu diminuir”.
João baptista dá-nos uma lição de silêncio e recolhimento para poder dar testemunho; para poder denunciar o pecado com corajosa e franca honestidade.
Por tudo isto, João Baptista é figura da Igreja, modelo para cada um dos cristãos.

MARIA DE NAZARÉ

Maria está presente em todo o Advento. Para uma mãe, o nascimento de um filho significa uma festa que a marca para sempre; a preparação para o nascimento é um tempo privilegiado durante o qual se estabelece, entre mãe e filho, uma intimidade muito particular e única. Com Maria, passou-se o mesmo. No entanto houve na sua vida, como nas nossas, sobressaltos, perturbação e surpresas. Apesar de tudo, como o Advento nos revela, soube acreditar e esperar: “Conservava todas estas coisas meditando-as no seu coração” (Lc 2,9).
Neste tempo litúrgico, contemplamos Maria como a mulher que disse “sim” à
vontade de Deus. Um sim que lhe brotou do coração como um acto de fé e de entrega à Palavra de Deus e como um compromisso de fidelidade.

O ANJO GABRIEL

No Advento assistimos à intervenção do Anjo Gabriel, por duas vezes: uma em Jerusalém no Templo quando anuncia a Zacarias o nascimento de João Baptista; outra em Nazaré, quando convida Maria para ser a mãe do Messias (Lc 1,26-38). Fixando a nossa atenção na segunda intervenção, podemos dar conta de que o Anjo ao entrar em casa de Maria saudou-a dizendo: “ Salvé ó cheia de graça, o Senhor está contigo”.
Tranquiliza-a e entra em diálogo com Ela para lhe explicar o plano de Deus.
O Anjo Gabriel não age em nome próprio , mas como mensageiro de Deus. Com as suas palavras e a sua atitude revela-nos a bondade, o amor e o respeito de Deus pela pessoa de Maria. Depois do seu sim, o Anjo retira-se.
E é assim que, pelo modo como Gabriel procede com Maria, nos é revelada a maneira como Deus actua na história. Nunca força a nossa liberdade mas aguarda a nossa aceitação livre. Assim se compreende que Maria tenha respondido: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38)

“PREPARAI OS CAMINHOS DO SENHOR”

É o grande refrão para este importante e decisivo tempo litúrgico que estamos a viver. Este novo ciclo litúrgico convida-nos à séria preparação do Natal do Salvador. Cada um é novamente convidado a acolher com verdade o Senhor do Universo, de forma digna, profunda, honesta e credível.
Com o início do Advento recomeça a grande caminhada da Igreja para a simplicidade, a pobreza e o despojamento da gruta de Belém.
O convite é hoje renovado a cada cristão e a cada homem de boa vontade, isto é, chamados a erguermo-nos dos sonos e a estarmos vigilantes para acolher o Senhor que vem…
Estar vigilantes! Levantar-se! Deixar-se acordar, pelos tantos e diversificados apelos de Deus. Pelos muitos e distintos apelos dos homens. Desde HOJE. A partir do «JÁ» de cada um e não apenas naquela noite de 24, havemos de abrir os olhos com coragem, com realismo e confiança, para que o nosso coração possa transformar-se, atempadamente, em gruta de acolhimento sincero, em gruta de reconciliação, de paz e de solidariedade efectivas.

De pé! Povo em marcha. Criança ou adulto, idoso ou jovem. É Deus que vem ao encontro. É Cristo que vai nascer entre nós para a cada um fazer renascer para uma vida nova. Somos obra das Suas mãos, barro nas Suas mãos de oleiro, permanentemente devedores a Ele da vida e de tudo.
Ergamo-nos. Ponhamo-nos a caminho. Em marcha para Belém, o autêntico caminho da vida verdadeira, da alegria, da simplicidade e da paz…
Erguer-se! E com coragem e determinação rebentar e destruir comodismos, instalações, mediocridades e indiferenças. Deixar para «trás» medos e feridas, vergonhas e pecados. Ressentimentos e ofensas. Porque sabemos e cremos que Deus vem, de novo, para nos salvar…
Irão rasgar-se os céus; irá chover o Salvador. E ficaremos inundados, encharcados, banhados desse Amor imenso que vem do Céu, dessa Justiça maior que a todos redime e salva…
Erguer-se. Pôr-se a caminho.
Seguir, confiada e generosamente uma «estrela» que abraça os contornos da verdade e da caridade, do perdão e da entrega, da alegria e da humildade. Uma «estrela» que nos guiará, com toda a certeza, a um estábulo, ao encontro de um Menino envolto em panos, numa manjedoura!Erguer-se. Pôr-se a caminho.

De mãos dadas a uma Igreja que Deus tanto quer e tanto ama. No seio e coração de uma Missão que construímos e santificamos com a verdade do nosso peregrinar. Na consciência fecunda e libertadora de que Deus teima «confundir-nos» ao apresentar-Se frágil, pobre, rejeitado, despojado! É assim o caminho do Céu, desse Céu que vem à Terra e a transforma com a força dessa fragilidade e a enriquece com o poder dessa pobreza libertadora…

12 DEZEMBRO - FESTA DE NATAL DAS CRIANÇAS DA CATEQUESE

Como já é do conhecimento geral, no próximo dia 12 de Dezembro a nossa Missão organiza, em Beaulieu a festa de Natal das crianças da catequese das nossas comunidades.
Esta festa terá o seu início às 17h30, com a presença das crianças da nossa catequese e suas catequistas, que nos irão transmitir as suas mensagens de Natal, com os seus cânticos, poemas, encenações... Depois, escutaremos canções, teremos, animação, e, como é óbvio, não faltará o tradicional “bailarico”.

Tudo isto só é possível porque o Natal é festa, fantasia, magia, sonho e alegria e…. como não poderia deixar de ser com a presença das Crianças!

MAGUSTO DA MISSÃO

Foi mais uma vez um enorme sucesso o magusto da nossa Missão, realizado no dia 15 de Novembro. Várias dezenas de pessoas acorreram à sala da paróquia de Ste-Thérèse afim de partilharem um momento de convívio e fraternidade, à volta de castanhas, caldo verde e um bom copo de tinto.
À semelhança do ano passado, o bailarico foi animado pelo grupo “Os Emigrantes”, que mais uma vez fizeram transpirar os inveterados dos salões de baile.

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, assam-se castanhas, bebe-se vinho novo e água pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reúna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre... Mas poucos são aqueles que sabem qual o real significado do dia de São Martinho.

Reza a lenda que, “num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, pousou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor”. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso. É o chamado “Verão de São Martinho”. O costume do magusto, que tradicionalmente começava no dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que foi feito em Setembro.

Assim, diz o ditado popular “no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho”. No fundo, com o São Martinho e o magusto comemora-se a proximidade da época natalícia, e mais uma vez, a sabedoria popular é esclarecedora: “dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal”.

José Martinho

CÁRITAS INTERNACIONAL LEMBRA CRIANÇAS COM HIV – ORGANIZAÇÃO CATÓLICA PROCURA SALVAR 800 MENORES POR DIA

O cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, presidente da Cáritas Internacional, pediu uma acção imediata para prevenir a morte das crianças afetadas pelo HIV nos países mais pobres.
Falando sobre o tema do Dia Mundial de Luta contra a SIDA, a 1 de Dezembro – “Acesso universal aos direitos humanos” –, o cardeal hondurenho afirmou que permitir às crianças contaminadas que cresçam e se tornem adultos é um direito fundamental.
Em comunicado publicado na página da Cáritas, é recordado que metade das crianças afectadas pelo HIV morrem antes de terem cumprido os 2 anos de idade, por viverem em países pobres, nos quais o acesso aos tratamentos adequados é muito limitado.

O presidente da Cáritas Internacional recordou que a organização trabalha no mundo inteiro, em comunidades nas quais o HIV está “a devastar as famílias”.
“Exortamos os governos, indústrias farmacêuticas e a comunidade internacional a que garantam que as crianças tenham o acesso oportuno aos tratamentos do HIV e da tuberculose”, afirmou.
Todos os anos cerca de 370 mil crianças menores de 15 anos contraem o HIV, a maioria através da transmissão mãe-filho. Cerca de 90% dessas infecções produzem-se em África.
Já este ano, a Cáritas lançou a campanha “HAART” (Highly Active Anti-Retroviral Therapy – terapia antiretroviral altamente ativa), com o objetivo de salvar da SIDA 800 crianças por dia, promovendo um maior acesso a testes e tratamento do HIV para os menores.
Com a campanha HAART a organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária pede a governos e companhias farmacêuticas que desenvolvam tratamentos que podem salvar a vida de centenas de crianças, a cada dia que passa.

in Agência Ecclesia

SUÍÇOS SÃO CONTRA A CONSTRUÇÃO DE NOVOS MINARETES

Apoiada pela União Democrática do Centro (UDC), e a União Democrática Federal (UDF), ambas de direita conservadora, mas combatida por todos os outros partidos, pelo Governo e pelo Parlamento, a iniciativa anti-minaretes seduziu claramente os eleitores suíços, cuja participação foi de quase 53%, mais elevada do que a média habitual.

Os resultados definitivos são claros: 57,5% dos eleitores aprovaram a inicitiva que proíbe a construção de novos minaretes. Apenas em quatro cantões a iniciativa foi rejeitada, em resultado surpreendente. A aprovação de uma iniciativa popular exige a dupla maioria, dos eleitores e dos cantões, o que foi claramente o caso: a iniciativa foi aprovada em 22 dos 26 estados. Só foi rejeitada em Genebra, Vaud, Neuchâtel e Bâle Campagne.
Os Bispos católicos da Suíça reagiram com uma dura condenação aos resultados do referendo sobre a construção de minaretes no país.
Para Walter Müller, responsável pela comunicação da Conferência Episcopal Suíça, este resultado é um “obstáculo e um grande desafio para o percurso de integração através do diálogo e do respeito recíproco”.
Para os Bispos suíços, a vitória do «Sim» vem “aumentar os problemas de convivência entre as religiões e as culturas”.
O secretário-geral da Conferência Episcopal Suíça, Felix Gmür, afirmou tratar-se de "um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração".

Montesquieu dizia, no século XVIII (1721): “Confesso que a história está cheia de guerras de religiões. Mas atenção, não é a multiplicidade das religiões que levou a essas guerras, mas sim o espírito de intolerância”.
Hoje, em pleno século XXI, leis como a iniciativa anti-minaretes são aceites, a intolerância continua, infelizmente, de actualidade.

José Martinho

ALMA MATER: CD DE BENTO XVI

O final do mês de Novembro foi a altura escolhida para o lançamento mundial do álbum “Alma Mater. Music from the Vatican”. As palavras recitadas e cantadas por Bento XVI estão na base da obra que mistura a tradição gregoriana e a música clássica contemporânea, com apontamentos do mundo árabe e hindu.
Oito peças inéditas de três compositores combinam-se com as orações e reflexões sobre a Virgem Maria que o Papa apresentou no Vaticano e nas suas peregrinações por todo o mundo, em particular pelos diversos santuários marianos.
O resultado final é uma fusão surpreendente, em que até a voz do Papa surge com uma doçura a que mesmo os seus ouvintes mais fiéis não estão habituados. Somos quase sempre remetidos para um mundo cinematográfico, mais do que estritamente religioso, procurando provocar emoções e surpreender.
Neste conjunto, destaca-se a notável combinação entre a tradição musical católica e a música tradicional árabe, feita por Nour Eddine. Este compositor marroquino, muçulmano, admite que nunca tinha tido nenhum contacto prévio com o universo musical do Gregoriano e diz mesmo que, quando lhe foi dirigido o convite para participar no projecto, pensou tratar-se de uma partida para os famosos “apanhados” da TV.

CATEDRAL DE LAUSANNE CHEIA PARA ASSISTIR À EUCARISTIA DO BISPO DE LAUSANNE, GENÈVE E FRIBOURG (LGF)

Cerca de um milhar de católicos vindos de todo o cantão assistiram à Eucaristia de entrada no Advento presidida por Monsenhor Bernard Genoud, Sábado 28 de Novembro, na catedral de Lausanne.

Perto de 30 sacerdotes rodearam Bernard Genoud e Jean-Robert Allaz, Vigário episcopal, nesta concelebração. O Bispo de LGF agradeceu a Esther Gaillard, Presidente do Conselho Sinodal da Igreja Protestante o facto de esta acolher os católicos na catedral. Edificada antes da Reforma, os católicos têm, com efeito, a possibilidade de ali celebrar uma vez por ano.

Os delegados das Uniões pastorais, Missões linguísticas e representantes dos vários departamentos da Igreja católica do cantão, associaram-se igualmente ao evento, levando, em procissão, um grande círio até junto do altar.

No decurso da sua homilia, o Bispo da diocése apelou aos cerca de 1’000 fiéis que respondam com amor e pelo perdão às mensagens de ódio neste mundo de indiferença face aos valores cristãos.

A oração universal foi dita em francês, italiano, espanhol, português, alemão, inglês e polaco.
O montante angariado durante o ofertório vai ser doado à Associação Bethraïm, de Lausanne, que acolhe e acompanha pessoas que sofrem de dependências e de dificuldades físicas.

José Martinho

mardi 10 novembre 2009

OLHAR NOVO

A mensagem cristã traz-nos um convite estimulante: ver as pessoas e as coisas, a partir da situação em que se encontram e dar-lhes o justo valor. É o gesto da viúva pobre que Jesus aprecia e a censura dirigida aos escribas pela presunção. É a partilha abnegada e confiante da viúva de Sarepta com Elias. É a entrega de Cristo pela felicidade de todos.
A mensagem faz-se, hoje, oração para que Deus nos conceda um olhar novo e assim:
- eu veja os outros em profundidade, especialmente os que são esquecidos; não fique nas aparências, mas vá à realidade profunda das pessoas e das coisas com olhos transparentes.
- o meu grupo de amigos, de trabalho ou de apostolado aprecie mais a compreensão do que a crítica, mais a tolerância do que a intransigência, mais o amor do que a indiferença e o ódio.
- a minha família saiba construir cada vez mais a união e a concórdia entre nós e acolher, sem discriminações, os que precisam de ajuda, ainda que não o demonstrem de forma visível.
- a assembleia cristã, onde tomo parte na celebração da eucaristia, tenha horizontes rasgados e aprenda a olhar, à semelhança de Jesus, os empobrecidos e as vítimas de silêncios impostos.
- a sociedade a que pertenço crie uma cultura em que as pessoas valem mais que todo o ouro do mundo e a escala de valores é mais apreciada do que a tabela dos preços.

Senhor, dá-nos um olhar novo que seja o espelho do Teu modo de ver e de amar.


Pe. Aloísio

AO SABOR DA PENA, TRAÇOS DA VIDA...

Por vezes a vida reserva-nos surpresas... Quando menos esperamos, por um motivo ou por outro somos confrontados com acontecimentos, encontros ou momentos surpreendentes... A vida é caixinha de surpresas! Calcorreamos o passadiço da vida em movimentos leves para que o fino tapete da nossa vida não se quebre. Agendamos, prevenimos, calculamos, medimos cada centímetro do nosso existir e traçamos para ele as medidas exactas com que ele se há-de "vestir". Saboreamos os momentos, sentimos os instantes e tomamos consciência que o presente é marca para o futuro e reflexo do que foi o nosso passado.

Gostamos de estruturar a nossa vida, há quem lhe chame sonho ou simplesmente realização... Enfim, o sabor da vida!!! Saboreamos cada segundo como se ele fosse o último ou será que isso nem nos passa pela mente? Por vezes o inesperado bate-nos à porta... não sabemos de onde vem, apenas que está ali, à nossa espera, na expectativa da nossa reacção... E são tantos... tantos... tantos os momentos inesperados, não planificados, não calculados... Decerto que a vida se torna mais surpreendente com o inesperado... Coisas boas, coisas más... acontecimentos que não fazendo parte do que nós traçámos farão com toda a certeza parte de nós! Somos assim, feitos daquilo que a vida nos vai dando e do que nós vamos traçando...

A FESTA DOS NOSSOS IRMÃOS QUE CHEGARAM À CASA DO PAI...

Iniciamos o mês de Novembro com a solenidade de Todos os Santos. O nosso coração e pensamento voltam-se para os milhões de homens e mulheres que, ao longo da história, foram agraciados por Deus e aceitaram o Seu dom. Paulo Tillich dizia que «um santo é um pecador de quem Deus teve misericórdia».

Estamos celebrando, pois, a vida de seres humanos curados e salvos pela misericórdia de Deus. Não é um dia reservado para os heróis ou para uma elite que não tem nada a ver com nossas preocupações e alegrias. É a festa dos nossos irmãos e irmãs que chegaram à casa do Pai! A festa, pois, está caracterizada pela alegria e pelo agradecimento.

... É TAMBÉM A FESTA DA FELICIDADE!

se queres ser feliz, sê santo; se queres ser mais feliz, sê mais santo; se quiser ser muito feliz, sê muito santo!” O segredo da felicidade é, sem dúvida, a santidade, o desejo sincero e a luta diária por agradar a Deus. O santo é necessariamente feliz, nesta terra com tribulações; no céu, sem elas. Felicidade e santidade vão sempre de mãos dadas. É inevitável! Como não estar feliz junto de Deus?
A Igreja, ao celebrar este mês a solenidade de todos os santos, celebra também a santidade daqueles que não foram canonizados, ou seja, daqueles cuja santidade não foi reconhecida publicamente pela mesma Igreja, celebra todos os santos.
Só Deus é santo! Os santos participam da santidade de Deus. A santidade é, portanto, uma obra de Deus em nós. Ele começa essa obra em nós no momento do nosso baptismo, a partir daí vem todo um processo no qual a graça de Deus e a nossa colaboração – que consiste principalmente em deixar que Deus faça a sua obra – são imprescindíveis.
Os santos foram e são pessoas de carne e osso, como tu e como eu. Não nos referimos neste momento aos santos anjos, mas aos santos homens e às santas mulheres, pessoas que tinham dentro de si todas as desordens que a concupiscência provocara e que, com a graça de Deus e esforço pessoal, foram, pouco a pouco, vencendo até chegar à glória do céu onde são eternamente felizes.

SANTOS E FIÉIS DEFUNTOS

O mês de Novembro, na tradição da Santa Igreja, é dedicado à memória de Todos-os-Santos e Fiéis Defuntos. É um acontecimento que desdobra diante de nós o mistério profundo da Vida e da Morte. Com a Vida, todos os dias me confronto e nela mergulho sem facilmente lhe descobrir a nascente. A Morte, todos os dias a recuso e nela me aperto sem vislumbrar o seu poente.
A Morte é uma lu
z que nos permite clarear o que rigorosamente somos. A Vida é um plano que desenvolvemos e a cada instante nos constituímos responsáveis, lentamente, cada acto, cada palavra, cada sentimento.
A Vida é quem nos lê, canta o poeta José Rég
io mas a Morte é quem nos julga, diz o catecismo católico.
A Vida deixa-nos à entrada p
or onde a Morte passa e, nesse sítio, sem roupagens nem disfarces, coloca-nos na "prespectiva dos acabamentos celestes", onde, na presença de Cristo Ressuscitado, Senhor da Eternidade, cada um se expõe ao seu julgamento.

VAMOS RECOMEÇAR

A vida, quando a interrogamos, diz-nos sempre: começa... recomeça...
A vida não permite que baixemos os braços...
A vida exige pensamentos elevados e profunda reflexão...
A vida é impossível sem uma vontade determinada...
A vida não pode estar voltada e entregue ao egoísmo e
ao mero interesse pessoal...
A vida de cada homem tem uma finalidade, um objectivo social e encaixa-se sempre na Comunidade.
Mas a vida de um cristão, por maioria de razão, deve ter e sentir o pendor para os homens- irmãos.
Ninguém pode ser excluído. Por esta razão e porque fomos enviados, devemos espalhar à nossa volta a luz que o Espírito em nós infundiu.
Urge dar o "salto” diário para mais e melhor.
Por isso, em exame de consciência muito sincero e profundo, cada um de nós deve olhar a sua vida, no âmbito apostólico e não só... e RECOMEÇAR.

Monsenhor Melo Peixoto

FESTA DA VERDADE

Celebraremos no próximo dia 22 Novembro, a Festa de Cristo Rei.
Provém de Pio XI, em 1925, altura em que Hitler e Lenine agitam a cena política na Europa e tendem a dominá-la. Manifesta a certeza dos cristãos: Jesus Cristo é um Rei original e exerce a sua realeza de um modo especial.
Hoje, mantém-se a mesma necessidade, apesar de ser outro o contexto social marcado pelo avanço do ideal democrático e da sociedade pluralista. Mudaram as pessoas, mas permanece a intriga política, a manipulação das consciências. Mudaram os regimes, mas mantém-se a urgência da transparência nas formas de relacionamento entre as pessoas e as instituições. Mudou a pretensão de hegemonia de uns sobre os outros, mas fica em evidência o ideal de servir o bem comum, de sempre escutar e seguir a verdade.
Jesus está perante Pilatos. É a sua última oportunidade.
Tem todas as condições para lhe dar um show que deslumbre.
Pode também optar pela ironia sarcástica. Prefere a atitude serena e humilde, o diálogo directo e interpelante, a declaração firme da sua missão:
"Sou Rei, vim ao mundo para dar testemunho da verdade".
Sabe que corre riscos. Apesar disso, acrescenta taxativamente: "Todo aquele que ama a verdade escuta a minha voz".

Por isso, a festa que celebramos é a festa da verdade, da escuta fiel da palavra de Deus, do testemunho ousado e corajoso, do diálogo franco, da presença activa na sociedade, do confronto sereno de ideias e projectos de vida, da afirmação da identidade cristã.
Somos discípulos de Cristo. Queremos segui-Lo nas reacções e nos comportamentos.
O auto controle e a harmonia pessoal, a solidariedade fraterna e o espírito de serviço aos outros, a relação filial com Deus manifestam quem somos e o que pretendemos: servir a verdade.

AJUDA-TE A TI MESMO(A)...

“O sofrimento faz parte da vida, mas há muito sofrimento desnecessário que não fazia falta existir e que Deus não quer.
Nós sofremos, muitas vezes porque não sabemos orientar bem o nosso pensamento e as nossas emoções. Somos maus para nós mesmos.
Muito sofrimento vem porque nós pensamos e damos valor a coisas que não devíamos dar e amamos coisas ou pessoas de forma incorrecta.
O nosso pensar é muito importante. Se pensarmos em coisas boas, no bem, na bondade, na amizade, teremos alegria e felicidade.
Se não dermos importância ao mal, se não dermos importância ao que os outros pensam ou dizem de nós, não ocupamos o pensamento com isso e se dermos valor à nossa pessoa, o nosso sofrimento será muito menor.
O primeiro passo a dar é: PURIFICAR O NOSSO PENSAMENTO. Ter boas ideias, não pensar no mal, nem se preocupar com o que os outros dizem ou pensam de nós. Ignorar isso. Não dar importância nenhuma a isso.O segundo passo é PURIFICAR AS NOSSAS EMOÇÕES: os nossos sentimentos, o nosso coração: AMAR DE FORMA CORRECTA.

Amar-se a si mesmo, amar os outros, a começar pelos pais, marido, esposa, filhos, irmãos, parentes. Ter um BOM CORAÇÃO. TER BONS SENTIMENTOS. Gostar, amar a começar por si mesmo (a).
Por isso, eu digo-te ajuda-te a ti mesmo (a). Gosta de ti mesmo (a). Respeita-te a ti mesmo (a).
Só assim SERÁS FELIZ A SÉRIO.
A causa da maior parte do teu sofrimento não vem de fora, mas de dentro de ti mesmo: do teu pensar e do teu sentir.
Pede luz a Deus para teres boas ideias e um bom coração, bens sentimentos. Não desejes o mal a ninguém; faz o bem aos outros, ama-te a ti mesmo e toda a tua vida será luminosa, pacífica, serena.
Como Jesus e Maria de Nazaré, sê manso, humilde, bom, puro, pacífico, generoso, casto, paciente, caridoso, moderado. E SERÁS FELIZ e o teu sofrimento será muito menor.
Não te iludes, não te enganes. A culpa do teu sofrimento não é dos outros, o mal que te faz sofrer não vem de fora, mas de dentro de ti mesmo.
O mal não vem do demónio, nem dos espíritos, nem das almas do outro mundo, nem dos maus-olhados, nem dos males de inveja, nem das pragas que os outros te rogam. Não acredites nisso. Tudo isso é conversa mentirosa, engano, ilusão.
O mal que te faz sofrer, na maior parte das vezes, vem de dentro de ti mesmo: do teu pensamento e das tuas emoções: pensas mal e sentes mal. Pensas o que não deves e amas o que não deves…
A luta que tens de travar na tua vida não é contra os outros, mas contra o mal que há em ti mesmo: na tua cabeça e no teu coração.
Quando essas duas realidades estiverem livre de lixo, de porcaria, de veneno, de maldade, eu garanto-te que TU SERÁS MUITO FELIZ”.
in "operfumededeus"

PESSOAS BALÃO

Um balão pode ser uma boa metáfora para falarmos de alguns tipos de pessoas, em determinados momentos da sua vida, se parecem com os balões:

1. Alguns estão aparentemente cheios de vida, e preocupam-se em acumular bens e riquezas, apenas o ter, e o interior nada mais têm que ar. Por isso Jesus fala que um rico (não apenas de dinheiro, mas de egoísmo, de intolerância, preconceito…) terá dificuldade de entrar no reino dos céus, um dia, e feliz agora. Não se deve fazer demagogia contra o dinheiro, mas ao que muita gente perde por causa dele. “Quero ficar rico para que não falte nada à família”. Mas já falta… alguém que está ausente por causa do dinheiro… e um dia tem dinheiro, mas não tem família. Preocupemo-nos em investir mais no nosso interior, em aprender a reciclar emoções e pensamentos, a fortalecer o nosso espírito e a nossa mente.

2. Outros parece terem opinião própria, muito seguros, mas deixam-se levar pela mais suave brisa. Jesus diz no evangelho: “Porque me chamas bom? Bom só Deus”. Jesus não se preocupa com a aparência de bondade. Por causa de sermos aceites, de querer que gostem de nós, muitas vezes deixamos de fazer ou dizer aquilo que deveríamos e acreditamos, para que pensem bem de nós. E no fim, nem agradamos aos outros nem a nós. Por isso Jesus nos alerta para não nos preocuparmos em aparentarmos sermos bons para que pensem bem de nós. Não vivamos com essa angústia.

3. Por fim, alguns vivem como se fossem balões cheios, prestes a rebentar; vasta que alguém os provoque com alguma ofensa ou opinião contrária estouram. Quanto mais nos preocuparmos apenas com o exterior, quanto maior for o vazio interior, quantas menos resistências tivermos no nosso interior para gerir as nossas emoções e pensamentos, mais tensos andaremos, e mais facilmente explodiremos, e, tal como o balão, pouco sobra.
in "Partilhar"

lundi 9 novembre 2009

LIBERDADE RELIGIOSA RETROCEDE NO OCIDENTE

Parece claro que nas últimas décadas estamos a assistir a um retrocesso da liberdade religiosa no mundo. Como exemplo, estão as perseguições contra os cristãos, que às vezes são violentíssimas, com mortes e expulsões de territórios.
O século XX foi chamado século dos mártires. Por ocasião do grande jubileu do ano 2000, a Santa Sé reuniu num livro testemunhos de pessoas que padeceram a morte por causa da sua fé. Recolheu-se o testemunho de 12’692 pessoas dos cinco continentes.
Desde 2000, não parece que as perseguições diminuíram. Em outubro de 2008, a organização evangélica “Release International” advertiu que em 2009 haveria 300 milhões de cristãos que sofreriam perseguição no mundo por causa da sua fé. O observador da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Celestino Migliore, no último dia 21 de Outubro, falou em 200 milhões.
No entanto, existem outros atentados à liberdade religiosa, mais assolapados, ainda que não sejam violentos, e ocorrem na Europa Ocidental. Nesta região do mundo, está a ser difundida uma doutrina laicista radical que pretende desterrar a fé cristã – ou qualquer outra crença religiosa – da vida pública. Em nome do laicismo, tenta-se proíbir qualquer manifestação pública da fé. Expulsam-se os crucifixos de lugares públicos, proíbem-se celebrações religiosas nas ruas, ou o que é pior: censura-se a opinião dos bispos com o único argumento de que é um bispo.
Chegou-se a limites que parecem ridículos, como a denúncia na FIFA contra a seleção brasileira, em julho deste ano, porque, depois de ganhar o troféu, os jogadores fizeram uma oração de acção de graças a Deus. Ou a tentativa, na Catalunha, de trocar o nome das férias de Natal ou de Semana Santa por férias de Inverno ou de Primavera, neste ano académico.

EVANGELIZAÇÃO E COMUNHÃO EXIGEM COMUNICAÇÃO

A comunicação é decisiva para a evangelização e a comunhão na Igreja, assegura o Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé.
O porta-voz analisou no editorial do último número de “Octava Dies”, jornal do Centro Televisivo Vaticano – do qual também é director –, o trabalho da assembleia plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, realizada no Vaticano de 26 a 29 de Outubro, para avançar na redação de um futuro documento sobre pastoral da comunicação.

O sacerdote revela que nesse encontro se repetiram “afirmações fortes e densascomo “a Igreja é comunicação”, ou “a comunhão é fruto da comunicação”.
Toda a reflexão e todo projeto deve começar não tanto pelo fascínio que produzem os novos meios de comunicação, mas pela própria natureza e missão da Igreja, que nasce do anúncio da Palavra de Deus e cresce como comunidade, chamada por sua vez a anunciar”, acrescenta o sacerdote.
De facto, reconhece, “a comunicação penetra em toda a vida da Igreja, a actividade de seus membros, sejam pastores ou fiéis”.
“E, se se quer que a mensagem chegue às pessoas do nosso tempo, em particular também aos jovens – aos ‘nativos digitais’ –, a comunicação da Igreja deve encarnar-se com valentia nas novas linguagens, deve saber ter em conta as novas técnicas e as novas atitudes psicológicas”.
Falando do desafio de “manter inalterado o conteúdo’ do Evangelho, mas de ‘fazê-lo compreensível com instrumentos e maneiras adequadas à mentalidade e as culturas de hoje”, o Papa lembrou no final do Conselho Pontífico que se “devem utilizar as novas tecnologias e as linguagens dos média na aldeia global e há que fazê-lo com toda a paixão e inteligência que surgem da convicção de ter uma Palavra preciosa que comunicar: uma Palavra tão inesgotável e bela que poderá inspirar sem fim toda nova expressão criativa e dar dignidade a toda nova linguagem”.
É importante que, nesta sociedade da comunicação, todos na Igreja sejam conscientes disso”, conclui.

IGREJA SENSIBILIZA PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O Santuário de Fátima volta a acolher mais uma edição, a 22ª, do Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, uma iniciativa organizada pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, agendada para o Centro Pastoral Paulo VI, entre os próximos dias 30 de Novembro e 3 de Dezembro. A temática da edição deste ano procurará reflectir e sensibilizar sobre “Transplante de órgãos, doação para a vida”.
Na mensagem aos participantes deste Encontro, D. Carlos Moreira Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, entende que a escolha deste tema representa o alargamento e a renovação “do olhar sobre problemas novos sempre a emergir”, nesta área da Saúde.
“É temática actualíssima conhecer as possibilidades científicas e a perspectiva cristã relativa aos caminhos abertos no domínio da doação e transplante de órgãos”, refere D. Carlos Azevedo que, no que respeita à perspectiva cristã, sublinha que “os cristãos não só não têm preconceitos religiosos condutores a rejeitar a doação, como, pelo contrário, encontram no gesto de doação um novo caminho de caridade, aberto pelas ciências médicas”.
Na nota de abertura publicada no programa impresso deste XXII Encontro, Mons. Feytor Pinto, coordenador nacional da Pastoral da Saúde, também destaca que “a doação de um órgão é sempre acto de amor”.
Há inúmeros doentes à espera de um órgão para receber um transplante que lhes restituía a saúde e a qualidade de vida que perderam. Todos podem intervir na colheita de sangue e na oferta de órgãos em vida ou depois da morte, participando na felicidade de muitas pessoas que, de outra forma, não iriam sobreviver”, refere.
Assente no objectivo geral “incentivar a doação de órgãos, mesmo em vida, como expressão máxima da caridade cristã” a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde entende que a edição deste ano do Encontro Nacional tem como especiais destinatários os vários profissionais da área da Saúde, da Acção Social, da Formação e da Pastoral.


in Agência Ecclesia

OLHAR

Olhe para trás! Veja os obstáculos que já superou! Veja o quanto já aprendeu nesta vida e o quanto já cresceu.
Olhe para a frente! Não fique prostrado, levante-se quando tropeçar. Estabeleça alvos e metas, prossiga com firmeza.
Olhe para dentro (de si)! Sonde as suas motivações, conheça e purifique o seu coração. Não deixe o orgulho, a vaidade, a inveja, a mentira o(a) dominar.
Olhe para o lado! Socorra quem precisa de si. Ame o próximo e esteja sensível às suas necessidades.
Olhe para baixo! Não pise em ninguém, perceba os pequenos e aprenda com eles.
Olhe para cima! Há um DEUS maior que você, que o ama muito.

Olhe para DEUS e perceba a profundidade, riqueza e abrangência de um DEUS que o está olhando com os olhos e AMOR de um PAI.

FESTA DO ACOLHIMENTO

A nossa Missão está mais rica. É impossível viver "a fé que actua pelo amor" (Gal 5,6), fora de uma comunidade crente. Por isso, no fim de semana de 24 e 25 de Outubro, várias dezenas de crianças foram acolhidas pela primeira vez, como fazendo parte da grande família da Catequese das nossas comunidades de Notre Dame (Valentin) e Mon-Gré.
Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles” (Mc 10, 14).
No inicio desta caminhada de Fé, era fundamental para estas crianças sentirem-se acolhidas no meio da comunidade. Com efeito, o acolhimento é a expressão viva do amor.
Depois da homilia as crianças manifestaram o seu desejo de, pela Catequese, conhecer melhor Jesus, como o melhor amigo e assim desenvolver o dom da Fé que receberam no Baptismo. Para o efeito depositaram um pequeno coração de papel que traziam consigo no grande coração aberto de Jesus que se encontrava frente ao altar, fazendo, a seguir, juntamente com os pais e restante Comunidade, a profissão de Fé.

Que estas crianças, pelo acolhimento que receberam, se vão tornando, também elas, agentes de acolhimento.
José Martinho

dimanche 4 octobre 2009

EDITORIAL

Outubro, mês de retorno à normalidade, mês definitivo do arranque da nossa catequese.
Depois da euforia do Verão e do calor, o Outono surge-nos como o mês da troca de Estação. Começa o frio a apertar, os dias a diminuírem, as pessoas chegam a casa cada vez mais de noite e parece que uma melancolia geral nos invade, ajudada pelo aspecto geral da paisagem, que começa a abandonar os seus tons esverdeados, adoptando uma coloração acastanhada.
Para a nossa Missão, no entanto, Outubro é tradicionalmente um mês de festa: é o mês da festa do acolhimento dos pequeninos do 1º Catecismo, que pela 1ª vez vêm descobrir a realidade da catequese, à descoberta do amigo Jesus.

É o mês da festa de Maria, Mês do Rosário.
Temos motivos para estar alegres, e fugir à melancolia que os dias normais de trabalho e de escola provocam em muitos de nós. Há que aproveitar estes acontecimentos para levar um bocadinho do Espírito Santo connosco.
Só ele pode tornar menos cinzentos os nossos dias e fazer-nos enfrentar com um sorriso nos lábios todas as adversidades que nos aparecem, tendo a certeza que, por muito difíceis que as coisas possam ser, dias menos cinzentos virão, tal como na natureza as plantas voltarão a nascer quando chegar a Primavera.

Pe. Aloísio

ANO SACERDOTAL

"Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote"
A Igreja Católica celebra em todo o mundo o Ano Sacerdotal, convocado pelo Papa Bento XVI para salientar a importância do papel e missão dos padres na igreja e na sociedade.
A abertura do Ano Sacerdotal, em dia da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, ocorreu na data em que se comemoram 150 anos sobre a morte de São João Maria Vianney, mais conhecido pelo Santo Cura de Ars, proclamado como padroeiro de todos os sacerdotes do mundo.
Em Roma, o papa deu início ao Ano Sacerdotal com a celebração das Vésperas na Basílica de S. Pedro, no Vaticano, perante as relíquias do santo, levadas pelo bispo de Belley-Ars.
Um encontro mundial de sacerdotes, na praça de São Pedro, assinalará, a 19 de Junho de 2010, o encerramento da iniciativa.
"Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote" é o tema escolhido pelo Papa para o Ano Sacerdotal, durante o qual está prevista a edição de uma espécie de guia para confessores e directores espirituais e a publicação de um conjunto de textos de Bento XVI sobre questões essenciais da vida e da missão sacerdotal.
Na homilia da Solenidade do Corpo e Sangue de Jesus, o Papa fez um alerta para os perigos da secularização intrínseca na Igreja, apelando aos sacerdotes para que sejam exemplo "do que é uma verdadeira devoção à Eucaristia".
"É sempre forte a tentação de reduzir a oração a momentos superficiais e apressados, deixando-se submergir pelas actividades e preocupações terrenas", disse o Papa.

O Ano Sacerdotal é ainda visto como uma oportunidade para aprofundar o sentido pastoral, teológico e espiritual do sacerdócio, pretendendo-se que os sacerdotes redescubram a sua missão, na unidade com os outros presbíteros e com o bispo da respectiva diocese.
Pe. A. Araújo

IGREJA CELEBRA EM OUTUBRO O MÊS DO ROSÁRIO...

Assim como o alimento é indispensável para o corpo, a oração é essencial para o Espírito. É exactamente na oração que encontramos forças para viver os ensinamentos de Cristo e enfrentar as dificuldades que a vida diariamente nos apresenta. Quem reza busca forças para imitar a Maria, mãe de Jesus e dizer o seu "sim" ao projecto de Deus.

Por ter respondido positivamente ao chamamento de Deus e ter aceitado ser Mãe de Jesus e nossa Mãe, Maria é venerada por toda a Igreja como modelo de Missionária e a nossa mais poderosa intercessora junto ao Pai. O Rosário é uma forma que encontramos de dialogar com o Senhor através de Maria, serva Bem-Aventurada, repleta de virtudes, que iluminam e motivam a caminhada da Igreja.

... E O MÊS DAS MISSÕES

O mês de Outubro, em toda comunidade cristã, é celebrado como o Mês das Missões! Tempo de lembrarmos, de maneira especial, todos os missionários que dedicaram suas vidas pelo bem do próximo. Ainda hoje, são muitos os que deixam suas terras e partem para lugares desconhecidos e necessitados de ajuda humanitária…

O jesuíta São Francisco Xavier é o patrono das Missões. Em pleno século XVI, ele deixou a Espanha e foi à Índia, depois ao Japão e sonhou em chegar até a China…
Que força interior motivava esse gigante a tanta proeza?
Ao tomar conhecimento da sua vida, percebe-se a clareza que ele tinha, na sua visão de mundo e de missão. Ele tinha uma “causa” que o impulsionava: anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo!

É necessário, de facto, na nossa vida, ter uma “causa” que nos motive a assumir com determinação a própria existência.
Dizemos com tanta facilidade que a nossa sociedade está carente de líderes e esquecemo-nos de que cada um de nós, no seu lugar de origem, tem esta grande tarefa que é fazer a diferença no meio onde se encontra.
Nos dias de hoje, vivemos rodeados de vasta literatura e inúmeros cursos que apontam para a necessidade de termos consciência da nossa missão pessoal, para sermos líderes competentes nas funções que exercemos… Somos instigados a resgatar a liderança inerente a toda pessoa e o que cada um tem de melhor e colocá-lo a serviço dos demais.

Inácio de Loyola, Francisco Xavier, fizeram a diferença no tempo em que viveram e deixaram as suas marcas… A actuação de cada um permanece como setas indicando um caminho a seguir… Deram suas vidas para o bem da humanidade.
Lembranças mais recentes trazem-nos à memória Abbé Pierre ou Madre Teresa, que também deixaram marcas significativas na história da Igreja. Eles tinham o dom de acolher as pessoas, independentemente da sua classe social, devolvendo-lhes a dignidade e o sentido da vida…
Sabemos que os exemplos arrastam… Olhemos, pois, para esses luzeiros que apontam que dedicar a própria vida a uma causa, vale de facto a pena!

Em algum momento de sua história, você já parou para pensar na sua missão pessoal? Qual a causa que move a sua existência?
Que a nossa missão seja, verdadeiramente, a razão da nossa existência.

José Martinho

NOTÍCIAS DA CATEQUESE

Neste início de ano lectivo, a nossa catequese está em constante actividade.
Para que o ano começasse em força, no início de Setembro os catequistas realizaram a reunião de preparação e distribuição de grupos.
Nos passados dias 25 a 27 de Setembro, realizou-se um fórum cantonal de Catequistas ( ver artigo nesta edição) em que oramos, reflectimos e partilhamos idéias para melhorar a Catequese.
A partir dos dia 3 e 4 de Outubro, a Catequese regressa aos horários e locais específicos de cada ano, preparada para mais uma caminhada que se quer fecunda e persistente. Para isso contamos com o precioso apoio dos pais dos nossos catequizandos.
Nos próximos dias 24 e 25 de Outubro, iremos realizar a Celebração de acolhimento da Catequese.
Receber em festa os pequeninos que iniciam a sua caminhada na catequese e descobrem o “amigo Jesus”.

“ÉCLATS 09” : UM FÓRUM PARA CATEQUISTAS DO CANTÃO DE VAUD

Esta iniciativa foi realizada pela primeira vez, em Echallens e Etagnières, no fim de semana de 25, 26 e 27 de Setembro, contando com a participação de algumas e alguns catequistas da Missão portuguesa.

A idéia amadureceu durante muitos meses: proporcionar aos cerca de 850 catequistas voluntários do cantão de se encontrarem e conhecerem. O objetivo de tal evento foi, numa primeira abordagem, a possibilidade da Igreja exprimir a sua gratidão a todos quantos disponibilizam o seu tempo e energia pela causa da Catequese. Sem eles, como poderá a Palavra de Deus ressoar nos ouvidos (a palavra "catequese" significa precisamente "eco") das crianças e adolescentes do cantão?
Mas foi também uma oportunidade de pensar o futuro. Não raras vezes, a(o) catequista considera que a sua paróqia se encontra geográficamente delimitada. “Eclats 09” quis dar a possibilidade de ver mais longe: estamos todos envolvidos num movimento que vai além dos nossos limites pessoais. O contacto e intercâmbio com outros catequistas, levando a mesma missão, abre horizontes, revigora, e proporciona novos vôos.

Acredito que quem participou nos ateliers perceberá que as palavras não chegam para descrever a experiência vivida.

O evento terminou com a Eucaristia do envio dos catequistas de todo o cantão, e contou com a presença de muitos dos nossos.
Com um abraço e um muito obrigado à Igreja Católica por ter organizado esta iniciativa, e à nossa Missão por nos ter inscrito.


Patrícia Sampaio

PASSEIO DE CATEQUISTAS

Como já é habitual, com o terminar do ano catequético é tempo de festejar e celebrar
com os catequistas da nossa comunidade de Lausanne. Desta vez surgiu a idéia da realização de um passeio com almoço-convívio fora da nossa cidade. Foi no dia 28 de Junho, um dia na zona mais alta da suiça francófona, uma saída para um convívio e partilha na montanha.

Um pouco diferente do que é habitual, este passeio foi “uma espécie de gesto de agradecimento e reconhecimento pelo trabalho, quase sempre silencioso e difícil, que os catequistas realizam em favor da comunidade semana após semana, mês após mês, ano após ano, gastando o seu tempo, a sua paciência, e muitas vezes o seu dinheiro e a sua saúde em favor do próximo”.
A saída do autocarro aconteceu pela frescura da manhã. Ao iniciarmos o nosso périplo, logo à saída, uma oração de viagem feita pelo padre Aloísio.
Uma pequena paragem para tomar o pequeno-almoço e partimos logo de seguida, pelas curvas bem fechadas e sinuosas da subida até ao famoso lago dos dez. Entre algum receio e bastante fascínio, lá chegámos.

Um tempo de partilha muito proveitoso , saboroso e longo como o piquenique.
Após o almoço fomos visitar a barragem. Aqui e ali íamos sentindo o cansaço que uma experiência destas sempre representa. Subir a pé, ou de teleférico para aqueles cuja mobilidade já não é a mesma de outrora. Mas iam sempre surgindo momentos revitalizantes e revigorantes que superavam esse cansaço, os risos e as bricadeiras daqueles que ainda gostam de jogar com a neve em pleno mês de Junho.

O tempo passa rapido e é preciso deixar este lindo pico da barragem da grande Dixance para voltar às nossas casas. Já o sol tinha fugido quando chegámos a Lausanne, mas a alegria e convívio entre todos foi excelente. De facto, muita alegria e emoção marcaram este nosso encontro!

Foi-nos proporcionado um momento bonito, uma experiência diferente. E que haja mais, pois... "Ser feliz é fazer os outros felizes".
algumas catequistas

UMA TARDE BONITA!...

Outubro. Primeiro Sábado.
O sol raiava no dia...
Crianças, adolescentes,
Enchiam o nosso templo
Para mais uma caminhada
De vida, luz, alegria.

Começava a catequese,
Era lançada a semente
Em canteiro generoso...
A semente irá florir,
Desanuviar, colorir
Este mundo nebuloso.

Cantavam alegremente
Ali, em frente ao Senhor,
Disponíveis para cuidar,
Com todo o zelo e ternura,
A semente pequenina
Em seus corações de amor.

Vozes, gritos juvenis
Ecoavam em nossa igreja.
A alegria reinava...
Foi uma tarde bonita!...
Nossa Senhora sorria
Nosso Jesus se alegrava.
Ana Maria Ramos

SINAIS DOS TEMPOS!!!

Entramos em Outubro chamado, e bem, o mês do Rosário e o mês das Missões. No meio de tantos títulos que proliferam para quase todos os dias do ano e anos, bom seria que estas duas características não se volatilizassem e todos nós tomássemos a sério as exigências que isto implica, pois o Rosário é a oração dos crentes, a salmodia do povo, e o sentido missionário faz parte da vocação cristã. Ser missionário no anúncio, noutros povos e continentes e também sê-lo "aqui e agora. Ser sal da terra, ser a luz do mundo...", como nos encarregou Jesus, não pode ficar só em frase bonita e dela se fazer poesia ou dissecação química, mas temos que assumir com alegria pela fidelidade ao nosso baptismo a partir do qual fomos consagrados como "sacerdotes, profetas e reis".
Hoje é urgente que todo o cristão mostre, pelas palavras, opções, sentido de vida a grandeza da sua vocação e a coerência com ela, pois o mundo está a desertificar-se, no que diz respeito a valores, pois tudo é relativizado ao gosto de cada momento, mesmo que destrua. Leis há que se querem aprovar e que, à primeira vista, não são mais do que um pretender codificar "comportamentos desviantes" e, se calhar, dos que as propõem e assim poderem não ser apontados. Em nome da igualdade põe-se a vida e a morte como iguais ...revestindo de pele de ovelha os lobos devoradores.
Todos sabemos que se progrediu muito, na técnica, na ciência e outras realizações... mas em humanidade está a regredir-se milhares de anos.
Pe. Aloísio

PAPA VISITA PORTUGAL EM MAIO

Bento XVI aceitou o convite feito pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e vai visitar Portugal, pela primeira vez, em Maio do próximo ano, altura em que presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio, em Fátima.

"Sua Santidade o Papa Bento XVI efectuará uma visita a Portugal no próximo ano, em resposta ao convite que lhe foi endereçado pelo Presidente da República. Para lá do programa oficial, Sua Santidade o Papa Bento XVI deslocar-se-á ao Santuário Mariano de Fátima, onde presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio", lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.

A visita de Bento XVI a Fátima será a quinta deslocação de um Papa ao Santuário Mariano português. A primeira deslocação foi efectuada por Paulo VI, a 13 de Maio de 1967, para assinalar os 50 anos das primeiras aparições. Na altura, e para mostrar o desagrado do Vaticano para com o regime político português, Paulo VI deslocou-se unicamente a Fátima, tendo o avião da Alitália que o transportou aterrado na base de Monte Real. O papa João Paulo II efectuou três deslocações a Fátima, integradas em visitas a Portugal. A primeira foi a 13 de Maio de 1982 e destinava-se sobretudo a agradecer a Nossa Senhora a protecção que lhe concedeu no atentado de que fora vítima no ano anterior, a 13 de Maio, em plena Praça de São Pedro.

O Cardeal Joseph Ratzinger, agora com 82 anos, tornou-se o 266.º papa em 19 de Abril de 2005, 17 dias após a morte do polaco João Paulo II, que tinha visitado Portugal pela última vez em 12 e 13 de Maio de 2000.

DOMINGOS SOLIDÁRIOS

Pelo terceiro ano consecutivo, de Outubro a Março de 2010, sob o impulso do Departamento Solidariedade da Igreja católica VD, terão lugar os “Domingos Solidários”. Este ano, respondendo aos anseios manifestados desde o início pelos seus responsáveis, a novidade é que se realizarão em dois locais diferentes: na paróquia de Ste-Thérèse em Lausanne no 2°. Domingo de cada mês, e na paróquia de St-François em Renens no último Domingo de cada mês.
Para além de outras actividades, uma refeição comunitária é servida. Estas refeições são preparadas por voluntários, e destinam-se a todos, sobretudo aos mais desfavorecidos, às pessoas sós ou muito ocupadas… São um tempo e um espaço de fraternidade, de partilha, de criatividade, para aqueles que desejem viver o Domingo num espírito de convivialidade. Antídoto ao individualismo, proporcionando encontros agradáveis e priviligiando a permuta de idéias, estes almoços são uma experiência humana extremamente enriquecedora para quem neles participa.
No 2°. e último Domingos de cada mês, nas salas situadas no piso inferior da igreja Ste-Thérèse – Lausanne e St-François – Renens, respectivamente, sejam bem-vindos desde as 11:00 para um aperitivo sem álcool, seguido de uma entrada, um prato principal, uma sobremesa e um café.
Para mais informações: José Martinho, 079 277 92 14.

JOVENS “TUGAS” EM PARIS 19, 20 e 21 SETEMBRO – 3°. ANIVERSÁRIO

No ano passado, o grupo de jovens os “ Tugas” festejaram o seu 2° Aniversário na Itália. Este ano os animadores do grupo, o Nuno e a Ana Sofia, propuseram aos jovens comemorar em Paris. Todos gostaram da ideia.

No dia 19 de Setembro, tínhamos encontro às 02h00 da manhã em frente da estação de Lausanne para nossa viagem a Paris. A maior parte dos jovens não descansaram nada antes da partida, pois eles esperavam há muito tempo este dia. A nossa viagem de noite foi muito animada, com muita música, piadas e não foi muito fácil de dormir durante a viagem, mas o mais importante é que estávamos todos unidos.
A nossa primeira paragem foi Disneyland - Paris, um complexo
turístico da The Walt Disney Company. Os jovens divertiram-se muito neste grande parque de atracções, no final do dia assistimos à “parade”, um desfile com os grandes bonecos da Wald Disney. Foi mesmo um dia inesquecível para nós todos. No final da tarde fomos para Nogent Sur Marne, para o nosso hotel. De noite, os Tugas estavam cansados, mas o que eles queriam era aproveitar ao máximo este fim de semana, alguns foram passear, outros foram ao bowling e alguns ficaram no hotel a jogar à sueca.

No Domingo 20 de Setembro, fomos visitar a cidade de Paris, um guia estava à nossa espera para visitar esta linda cidade rica em história e com muitos monumentos.
Tivemos a oportunidade de ver:
- O Sacré Coeur, um templo da Igreja Católica Romana dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.
- A Igreja de São Pedro de Montmartre, a mais antiga da cidade de Paris.
- O Arco do Triunfo, construído em comemoração das vitórias militares de Napoleão Bonaparte.
- A Torre Eiffel inaugurada em 31 de Março de 1889, que foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa.
Na hora do almoço comemos no Champ de Mars, ao lado da Torre Eiffel, é uma das maiores áreas verdes em Paris. Na parte de tarde continuamos a nossa visita, fomos ver a Catedral de Notre Dame de Paris, dedicada a Maria, e acabamos a nossa visita no bairro des Marais, onde comemos crepes e gelados e onde os Tugas puderam mostrar os seus talentos de artistas da bola, houve bastante admiradores e fãs dos Tugas! À noite, estávamos todos cansados, mas não queríamos ir para cama, ainda tivemos coragem de sair para ver a Torre Eiffel iluminada, foi espectacular! No dia 21 tínhamos o dia livre, os jovens aproveitaram fazer shopping ou de passear. As 15h00 estávamos a caminho para regressar à Suiça.
Para concluir, este fim-de-semana correu muito bem, foi vivido com muita emoção, com divertimentos, visitas e descobertas. Os 30 jovens portaram-se muito bem. As saídas dos jovens Tugas permitem de continuar a consolidar o grupo, aprendendo a conhecer-nos melhor, a respeitar-nos e a alimentar uma amizade cada vez mais forte entre os membros do grupo. Estamos todos prontos para uma próxima viagem.

Como no ano anterior, aproveitamos para agradecer ao Pe. Aloísio e à nossa Presidente Adozinda da Silva, que sempre nos fizeram confiança e que nos apoiaram desde que o grupo foi criado, aos pais dos Jovens que nos confiaram outra vez os seus filhos e que tiveram confiança nos animadores do grupo e a todas as pessoas da Comunidade que também nos apoiaram até hoje.
No Inicio de Outubro, o Grupo de Jovens os “TUGAS” terá novos projectos, continuaremos ainda com o nosso projecto social ajudar as associações como l’ARFEC (Association Romande des Familles d'Enfants atteints d'un Cancer) e ELA (maladies génétiques orphelines). Quem quiser pode visitar o nosso website
www.grupojovenstugas.com para lerem os objectivos do grupo e as nossas actividades.
Nuno Pires e Ana Sofia Fernandes

samedi 6 juin 2009

AS FÉRIAS BATEM À PORTA...?

Férias! Encerrámos para férias?!
Fechámos os grupos, a casa de Deus, a dos homens, o seu interior?
Não estamos cá?...
Acabaram-se durante as férias as reflexões, os actos de culto, as acções simples e cristãs, o abraço e sorriso amigo, a leitura do irreverente Evangelho, a ajuda carinhosa de quem gosta de partilhar a vida, os bens, a alegria?
Como seria se Deus fosse de férias?!
Bem sabemos que não nos podemos desligar de nós próprios e que, se Deus fosse de férias, poderíamos correr o risco de nos vermos perdidos e desorientados, procurando um outro sentido para a vida na escuridão da nossa auto-suficiência, do nosso egoísmo e da nossa vaidade.
Leva Deus no bolso, na mala do carro, em palavras que confortam, no pensamento, na leitura silenciosa de ideias que enchem o coração.
Leva-O nos momentos mais relaxantes e agradáveis da tua vida.
Terás um rosto novo, o conforto e a sabedoria de que a tua vida está a ser construída com alicerces de quem sabe o que quer e para onde vai.

A todos vós, boas férias.


Pe. Aloísio

MÊS DE JUNHO – MÊS DO CORAÇÃO

Escutar o coração é a atitude mais acessível para ouvir e reconhecer a “voz” de Deus que ressoa no seu íntimo. Daí a importância de saber escutar, fazer silêncio interior, criar familiaridade com a linguagem e os segredos que lhe são próprios.
Sozinho, o coração não se sente bem nem é feliz, precisa de alguém amigo e acompanhante. Centrado apenas em si, atrofia a sua riqueza comunicativa.
Aberto e exposto a inúmeros estímulos, faz-se caixa de ressonância de sons recebidos que, quase sempre, abafam as aspirações mais genuínas e interpelantes.
Respeitado e educado na sua autenticidade mais original, torna-se fonte de vida e de comunhão, abre caminhos de infinito, cria oportunidades de encontro com o transcendente, faz ressoar a voz de Deus vibrante no seu íntimo, acolhe e dá resposta ao apelo de Jesus Cristo: Ide por todo o mundo; eu estou sempre convosco; olhai o meu coração.
Aprender de Jesus a ser pessoa, eis o desafio que nos é feito. Aprender de Jesus quem é Deus, eis a oferta sempre renovada. Em Jesus, brilha este desafio e está patente esta oferta.

Jesus garante-nos que Deus não é um ser solitário, mas uma comunhão de amor; que Deus não vive para si mesmo, mas para se comunicar com toda a humanidade; que Deus não é indiferente ao que possa acontecer no mundo, mas revigora discretamente as energias humanas a fim de prosseguirem o bem universal, que Deus não se cala, mas vai falando em surdina, de mil maneiras; que Deus não se resigna perante o fracasso humano, mas está sempre disponível para “estender a mão” amiga, que Deus não é uma invenção alienante, mas a realidade primeira, fonte da verdade e do bem.
O nosso Deus tem o seu reflexo no coração humano. É comunhão de três pessoas unidas pelo amor. É dinamismo expansivo na função que cada uma realiza no projecto de salvação. É família feliz que quer receber-nos na sua intimidade, respeitando sempre a nossa liberdade responsável.

EVANGELIZAR O “CONTINENTE DIGITAL” – APELO AOS JOVENS

Celebrou-se no passado Domingo 24 de Maio, o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Para este dia, o Papa bento XVI escolheu o tema «Novas tecnologias, novas relações», e escreveu uma mensagem particularmente dirigida aos jovens.
O Papa começa por salientar que as novas tecnologias «são um verdadeiro dom para a humanidade», que ajuda a responder à vocação do homem, «uma vocação que está gravada na nossa natureza de seres criados à imagem e semelhança de Deus, o Deus da comunicação e da comunhão». Estas tecnologias devem ser usadas para a «promoção de uma cultura do respeito, do diálogo, da amizade». Mas, alerta o Papa, «seria triste se o nosso desejo de sustentar e desenvolver on-line as amizades fosse realizado à custa da nossa disponibilidade para a família, para os vizinhos e para aqueles que encontramos na realidade do dia a dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De facto, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo, a consequência é que a pessoa se isola, interrompendo a interacção social real. Isto acaba por perturbar também as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são desenvolvimento humano».
Termina esta mensagem com um apelo aos jovens católicos, exortando-os a levarem para o mundo digital o testemunho da fé: «Caríssimos, senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo ambiente comunicador e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa vida. Nos primeiros tempos da Igreja, os Apóstolos e os seus discípulos levaram a Boa Nova de Jesus ao mundo greco-romano: como então a evangelização, para ser frutuosa, requereu uma atenta compreensão da cultura e dos costumes daqueles povos pagãos com o intuito de tocar as suas mentes e corações, assim agora o anúncio de Cristo no mundo das novas tecnologias supõe um conhecimento profundo das mesmas para se chegar a uma sua conveniente utilização. A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste “continente digital”. Sabei assumir com entusiasmo o anúncio do Evangelho aos vossos coetâneos! Conheceis os seus medos e as suas esperanças, os seus entusiasmos e as suas desilusões: o dom mais precioso que lhes podeis oferecer é partilhar com eles a “boa nova” de um Deus que Se fez homem, sofreu, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade».Os jovens, que conhecem bem os anseios dos corações dos jovens do seu tempo, devem ser os primeiros a procurar dar-lhes uma resposta de fé compreensiva e actual.