samedi 6 juin 2009

MÊS DE JUNHO – MÊS DO CORAÇÃO

Escutar o coração é a atitude mais acessível para ouvir e reconhecer a “voz” de Deus que ressoa no seu íntimo. Daí a importância de saber escutar, fazer silêncio interior, criar familiaridade com a linguagem e os segredos que lhe são próprios.
Sozinho, o coração não se sente bem nem é feliz, precisa de alguém amigo e acompanhante. Centrado apenas em si, atrofia a sua riqueza comunicativa.
Aberto e exposto a inúmeros estímulos, faz-se caixa de ressonância de sons recebidos que, quase sempre, abafam as aspirações mais genuínas e interpelantes.
Respeitado e educado na sua autenticidade mais original, torna-se fonte de vida e de comunhão, abre caminhos de infinito, cria oportunidades de encontro com o transcendente, faz ressoar a voz de Deus vibrante no seu íntimo, acolhe e dá resposta ao apelo de Jesus Cristo: Ide por todo o mundo; eu estou sempre convosco; olhai o meu coração.
Aprender de Jesus a ser pessoa, eis o desafio que nos é feito. Aprender de Jesus quem é Deus, eis a oferta sempre renovada. Em Jesus, brilha este desafio e está patente esta oferta.

Jesus garante-nos que Deus não é um ser solitário, mas uma comunhão de amor; que Deus não vive para si mesmo, mas para se comunicar com toda a humanidade; que Deus não é indiferente ao que possa acontecer no mundo, mas revigora discretamente as energias humanas a fim de prosseguirem o bem universal, que Deus não se cala, mas vai falando em surdina, de mil maneiras; que Deus não se resigna perante o fracasso humano, mas está sempre disponível para “estender a mão” amiga, que Deus não é uma invenção alienante, mas a realidade primeira, fonte da verdade e do bem.
O nosso Deus tem o seu reflexo no coração humano. É comunhão de três pessoas unidas pelo amor. É dinamismo expansivo na função que cada uma realiza no projecto de salvação. É família feliz que quer receber-nos na sua intimidade, respeitando sempre a nossa liberdade responsável.

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