mardi 16 décembre 2008

TEMPO DE PARTILHA

As ruas estão enfeitadas, a cidade fica iluminada, as compras, os preparativos para a ceia, o encontro com a família…
O Natal está próximo!
Será que neste tempo nos apercebemos do verdadeiro sentido do Natal?
A igreja propõe-nos o tempo do advento para que ao longo destas semanas possamos descobrir a importância do nascimento de Cristo e nos deixemos inundar pelo seu amor.
Aproveitemos esta data para nos aproximarmos do próximo e partilharmos a alegria dos pastores frente ao nascimento do Salvador.


Pe. Aloísio

Nª. Sª. DA CONCEIÇÃO, PADROEIRA DE PORTUGAL

Perde-se no decurso dos séculos, o sentimento honroso a que obedeceu a criação solene de tomar como Padroeira de Portugal a Imaculada Conceição. Hoje, estamos porventura esquecidos, desde que a partir de 1917 se desviaram as intenções para o culto e devoção em honra de Nª Sª de Fátima.
Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade, de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja, o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição.
O Rei D. João IV, não esqueceu a exortação de Frei João de S. Bernardino, e nas cortes de 28 de Dezembro de 1645, conduziu os três Estados do Reino, a elegerem Nª Sª da Conceição, por defensora e protectora de Portugal e seus territórios.


A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:
“assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição, na forma dos Breves do Santo Padre Urbano 8º, obrigando-me a aceitar a confirmação da Santa Sé Apostólica e lhe ofereço em meu nome e do príncipe D. Theodósio, e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos a Sua Santa Caza da Conceição sita em Vila Viçosa”.

O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais propriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. Para que em todo o tempo haja a certeza desta nossa Eleição, promessa e juramento, firmada e estabelecida em Cortes, mandamos fazer dela três autos públicos, um que vai ser levado de imediato à Corte de Roma para se expedir a confirmação da Santa Sé Apostólica, outro que se juntará a esta confirmação, e o terceiro com cópia se guarde no Cartório da Caza de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e na nossa Torre do Tombo - Lisboa, aos 25 de Março de 1646; Baltazar Roiz Coelho, o fez; Pedro Vieira da Silva, o escreveu.
Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.
A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV, que faziam manter suspensas as nossas relações com a Santa Sé. Finalmente em 1671, Clemente X, aprovou e confirmou o decreto de el-Rei D. João IV. O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".
Com carácter excepcional, permitam-me os caros leitores, referir um facto que me ocorre na consciência e até no meu imaginário. Desde a minha infância aprendi e habituei-me a memorizar que o dia 8 de Dezembro, de Nª Sª da Imaculada Conceição, estava associado ao "Dia da Mãe".

In http://carlosnogueira.tripod.com/id27.html

ÀS PORTAS DO NATAL

O Advento é o tempo em que somos convidados a preparar o Natal de Jesus. Dito de outro modo: o Advento é o tempo para ABRIR PORTAS.
Para nós, os amigos de Jesus, abrir portas significa preparar o coração para que Jesus venha e reine... na nossa vida e no nosso coração.

Neste Advento, e à luz dos textos litúrgicos do Ano B, somos convidados a colocarmo-nos ÀS PORTAS DO NATAL, para, semana a semana, abrirmos portas a pessoas que nos ajudam a acolher Jesus que veio à dois mil anos, vem hoje e virá sempre que encontre uma Porta Aberta...
Na primeira semana do Advento, com ISAÍAS e os (outros) profetas, vamos abrir a PORTA DA ESPERA.
Queremos aguardar a vinda de Jesus, o Filho de Deus, que nos vem visitar... Vamos esperar como os profetas.
Na segunda semana, JOÃO BAPTISTA, convida-nos a abrir a PORTA DA PREPARAÇÃO. O desafio é o de preparar o caminho do coração para a vinda de Jesus, o Filho de Deus.
Na terceira semana, S. JOSÉ ajuda-nos a abrir a PORTA DA ALEGRIA. Trata-se de sentir e viver a alegria por poder acolher Jesus, que vem ao nosso coração...
Na quarta semana, MARIA ensina-nos a abrir a PORTA DO ACOLHIMENTO. É preciso receber bem Jesus...
O Tempo do Natal é de encontro. Trata-se de, com todas as PORTAS ABERTAS, nos encontrarmos com Jesus e vivermos o calor de Deus presente à nossa vida.
A Epifania ou Festa dos Reis é um convite a abrir a porta que ainda falta – a PORTA DA MANIFESTAÇÃO de Deus. Como os Magos, também nós queremos mostrar Jesus a toda a gente; queremos que todos abram a PORTA DA VIDA a Jesus...

NASCE NO NOSSO CORAÇÃO

O tempo de Natal proporciona muitas festas, particularmente ao nível das idades relativas à Catequese da Infância e da Adolescência. Não deixa de ser um contributo para a formação dos mais novos através das canções, poesia, encenações de diversos tipos. Também entre nós irá isso mesmo acontecer, na Festa de Natal, para as crianças da catequese das nossas Comunidades, terminando com uma celebração eucarística.
Numa das minhas pesquisas e leituras, neste contexto de Natal e Catequese, encontrei uma carta escrita por um grupo de adolescentes, de uma paróquia do patriarcado de Lisboa, que acharam que haviam de escrever ao Menino Jesus aconselhando-o onde ele hoje não devia nascer.
Para nossa reflexão aí vai o texto da carta:

“Não nasças no continente europeu: vão fazer de ti um consumista e um egoísta. Não nasças no continente americano: na América do Norte, ensinavam-te logo a ser capitalista, a fazer guerras e a seres dono do mundo; na América do Sul, punham-te logo a cortar cana de açúcar, a pedir esmola e acabas em menino da rua. Não nasças no continente africano: ficas logo com sida, com diarreia, põem-te uma espingarda nas mãos, se entretanto não morreres de fome. Não nasças no continente asiático: põem-te logo a fazer roupa, calçado e brinquedos para os meninos dos outros continentes e tu ficas sem infância.
No entanto, não deixes de nascer, mas o único lugar seguro é o coração de cada um de nós”.

MENSAGEM DO PRESÉPIO DE BELÉM

Todos os anos o Natal nos oferece a oportunidade de contemplar a Beleza e o Mistério do Presépio de Belém.
A manjedoira com o Menino, Nossa Senhora e S. José a contemplá-lo, os próprios animais por perto, parecendo querer associar-se, a serenidade e a paz que a noite inspira naquele campo de pastores, longe dos jogos de interesses próprios de ambientes palacianos – é este o quadro escolhido pelo próprio Deus para entrar no coração da Humanidade, fazendo-se um de nós, pobre com os pobres e amigo de todos, a começar pelos excluídos.

O Filho Único de Deus nasce, de facto, fora da cidade, num curral de animais, porque não havia para ele lugar nas casas das famílias nem nas hospedarias. Passou despercebido ao burburinho da cidade onde os populares se cruzavam, intensamente absorvidos pelos negócios e pela política (era tempo de recenseamento).
Mas Ele tem uma palavra para dizer a todos, aos que estão dentro e aos que estão fora da cidade; aos bem incluídos no processo e nos programas do desenvolvimento, como também aos que deles ficam excluídos.
É essa palavra dirigida a todos que nós queremos descobrir, este Natal, olhando para o Presépio montado em nossas casas, nos serviços públicos ou pelas ruas da nossa cidade.
Uma palavra que denuncia o materialismo e consumismo de muitos, mas também anuncia o amor de Deus para todos; palavra que convida a participar na aventura de construirmos em conjunto uma sociedade mais humana e solidária. Que o Menino de Belém seja o grande presente deste Natal para todos os homens e mulheres de boa vontade, principalmente para aqueles de quem mais depende a defesa dos direitos de todos e a definição do futuro da nossa sociedade.

OS MAGOS DO NOSSO TEMPO

Uma fila enorme de pessoas caminha para a Gruta de Belém. Não levam incenso, mirra, ouro. Levam um coração sofrido, dorido, esmagado. Esperam que o Menino o aceite e o transforme.

- Senhor, eu sou o Ibraim. Saí do meu país pobre em busca de um pedaço de pão mais abundante. Alguém, sem escrúpulos, prometeu-me um futuro radioso, mas exigiu-me tudo o que tinha. E eu vim, com intensas saudades dos que deixei, mas com uma esperança enorme de os ajudar. O barquito em que vinha amontoado despejou-nos na costa de um país rico e fomos abandonados. Fui levado ao tribunal como malfeitor. Por sorte, autorizaram-me a ficar. Caí nas mãos de um empregador sem escrúpulos que me pagava mal - quando pagava! Muitas vezes recorri aos caixotes do lixo para entreter a fome...

- Senhor, eu sou a Lisa. Fui raptada por criminosos e levada para a prostituição. Tinha 12 anos quando aconteceu. Meus pais continuam a procurar-me angustiadamente, mas os raptores puseram-me incomunicável. Destruíram-me e reduziram-me a um farrapo humano.

- Senhor, eu sou o Bonga. No meu país africano, vivo nas ruas de uma grande cidade com milhares de outras nas mesmas circunstâncias. Enxotam-nos como moscas desprezíveis e somos olhados com um misto de receio e de desprezo. A fome é mais do que muita e disputámos os restos podres dos caixotes como se fôssemos ratos.

- Senhor, eu sou a Frederica. No meu país, ganho o ordenado mínimo. Mas ainda bem que tenho trabalho... Meu marido caiu nos braços de uma outra mulher que era mais cheirosinha, bem vestida e de palavras enleantes. Fiquei só com os três filhinhos. Ele desapareceu e nunca mais quis saber. Tento ser mãe e pai. Mas é tão difícil! Renda de casa, vestir, calçar, comida, estudos... O dinheiro não chega. Já não sei o que hei-de fazer!

- Senhor, eu sou o Dino. Tenho 20 anos, embora pareça ser um kota. Este gosto de experimentar tudo e de ultrapassar todos os limites... Para não me sentir menos que os outros, experimentei a droga. Maldito dia e malditos amigos! Amigos??? Quem me pôs neste estado é tudo menos amigo. Fui expulso de casa, já estive preso por assaltos e zaragatas. Sinto-me só, desprezado, olhado de lado... Estou farto!

- Senhor, eu sou o Hussan. Sou de um país rico em petróleo que foi invadido com pretextos falsos. Uma vez, ao sair da oração, um bomba explode e fiquei sem braços. Ao meu lado, só via cadáveres. Mas esta cena repete-se diariamente e o meu país é um cemitério gigante...

- Senhor, sou a Dalila e tenho 75 anos. Vivo na rua de uma grande cidade europeia. Durmo no meio de caixotes abandonados e pedincho uma côdea para sobreviver. Mesmo quem me dá, afasta a cara. Outros nem olham e ouço piadas e chacotas que já nem magoam...

- Senhor, eu sou um bebé sem nome. Não tive a sorte de ter uns pais como tu. Minha mãe abortou e eu fui despejado ... E agora estou aqui, sem nome, sem identidade, sem futuro.

- Senhor, eu sou a Didinha e tenho sida. Nunca quis desistir de viver e procurei trabalho. Sempre fui cuidadosa e exigente no que toca à saúde dos outros. Mas quando souberam da doença que tenho, fui despedida com argumentos de ocasião. Mais que a doença, magoa-me o desprezo, o preconceito, o afastamento com que tantos e tantos me tratam.

- Senhor, eu sou o Joky, sou casado e tenho seis filhos. Sou alcoólico. O vício roubou-me a força e o gosto pelo trabalho. A vida da minha família é um inferno. Ninguém respeita ninguém e a violência física e verbal é o pão nosso de cada dia. Vale-nos o ordenado mínimo, que nunca nos chega porque não o sabemos administrar. Enquanto há, é um regabofe. Depois... Mas preocupam-me os meus filhos! Gerados no álcool, criados na violência e no sem-amor, que será deles? Mas eu não tenho forças para largar o maldito vício...

- Senhor, eu sou a Sila. Minha mãe é viúva e trabalhou e poupou quanto pôde para eu estudar. Acabei o meu curso universitário com boa nota. Mas estou desempregada e já me doem os pés e a alma de tanto procurar emprego. Sou muito humilde e não tenho cunhas. Tenho ocupado o tempo a pastorear as ovelhitas da minha mãe. Mas foi para isto que ela fez um esforço sobre-humano?

- Senhor, eu sou o Xavi. Escrevo nos jornais, já publiquei livros que tiveram grande recepção. Sou uma referência no meio intelectual do meu país. Alinho pela moda dominante e tenho usado o engenho e a inteligência para combater Deus, a Igreja, os crentes. Mas sinto-me vazio. O meu coração parece um deserto e sinto necessidade de procurar. O orgulho tolhe-me os passos e rebolo-me na angústia...

A fila é interminável. O Menino Jesus a todos acolhe, para todos sorri. Só se mostrou contrariado quando São José pediu às pessoas que deixassem descansar um bocadinho o Menino. José olha para o Pequeno e cala-se para Maria acrescentar: "O prazer deste Menino é estar no meio dos homens. Deixa-o estar que nós vamos estar com Ele também."

QUANDO FOR NATAL

Quando for Natal vamos viver em harmonia e em paz! Quando for Natal a humanidade pode enganar-se falando de temos esquecidos e já quase não vividos… Enfim, quando for Natal podemos viver o que não vivemos durante o resto do ano! Será este o Natal que desejamos, ou será que o resto do ano é que anda às desavenças com aquilo que verdadeiramente queremos? Sempre que celebramos o Natal ou tentamos encetar a tarefa de lhe dedicar algumas palavras, tentamos escolher adjectivos e verbos para fazer sobressair a época festiva. Falamos de harmonia, paz, alegria... tantas palavras que soam tão bem nesta época natalícia. Pois é... tentamos criar em alguns dias do ano a ilusão de que todo o ano é assim vivido. Ficamos com o nosso íntimo pleno de satisfação por enfeitarmos uma árvore de Natal com arrebiques coloridos e transportamos para o nosso ser essa ilusão: adornamos os nossos sentimentos e o nosso ser nesta altura do ano. Podemos viver numa aversão total aos valores natalícios durante o ano mas nesta altura, sim, nesta altura parece bem! Há uma expressão de âmbito popular que diz que o Natal é sempre que o Homem quiser. Enfim, será mesmo assim?
Pois é... O Natal está próximo. Sentimentos e desejos para esta festa? Sim, há muitos... Mas gostaria de expressar um só neste ano: que cada dia seja vivido com a verdadeira alegria cristã do nascimento de Jesus Cristo. Que a paz e comunhão transmitidas por este tempo festivo se estendam por todo o ano. Um santo e feliz Natal para todos.


Pe. A. Araújo

O EXEMPLO DA VIRGEM MARIA

Conta uma história que, «em certa terra, havia uma mãe que não conseguia que o filho voltasse para casa antes do pôr-do-sol. Então, resolveu meter-lhe medo, dizendo-lhe que o caminho que ele fazia de regresso a casa ficava cheio de assombrações mal o sol se punha. O rapaz, deste modo, assustou-se de verdade e o problema da mãe ficou resolvido: antes de o sol se pôr, lá estava o filho em casa.
O problema é que, com a idade, ele tornou-se um jovem medroso. Temia tanto o escuro da noite e as almas do outro mundo que era constantemente atormentado por pesadelos. Por isso, ao entardecer, era incapaz de sair de casa, fosse por que motivo fosse.
Então a mãe, preocupada, ofereceu-lhe uma medalha e disse que, se ele usasse aquela medalha, as assombrações e as almas penadas nunca lhe fariam mal.
A partir de então, o rapaz deixou de ter medo de sair à noite, mas fazia-o sempre com a medalha bem apertada ao peito».
Alguém se reconhece nesta história do padre António de Mello, contada no seu livro «O canto do Pássaro»?
Talvez muitos de vós respondam imediatamente: «sim, eu reconheço-me nesta história». É que esta história é o espelho de muita religião que por aí anda. Uma religião baseada no medo e na superstição. Havia alguma assombração para atormentar o rapaz? É claro que não! Mas ele acreditava que sim e não era capaz de sair à noite por causa dela… Aquela medalha livrava da assombração? É claro que não, mas ele acreditava que sim e andava seguro sempre que a trazia consigo!


Vamos celebrar o Advento e o Natal, que não nos anuncia uma religião do medo mas da confiança. Deus enviou o Seu Filho ao mundo para nos livrar do medo – do medo de viver e do medo de morrer. Quando, mesmo sem o querer, transmitimos às novas gerações uma religião do medo (quando vezes se pede o Baptismo porque se tem medo que a criança morra ou fique doente???; quando vezes se pede para benzer um carro ou uma casa por medo da inveja dos vizinhos ou da própria família???) estamos a dar cabo da religião! É certo que também houve um tempo em que os próprios padres pregavam uma religião baseada no medo; e o resultado foi que as igrejas ficaram cada vez mais vazias! Porque a religião do medo não se aguenta durante muito tempo!
Quantas pessoas iam à Missa por medo de que lhes acontecesse alguma coisa má? Quando perceberam que não lhes acontecia nada se faltassem à missa, deixaram de ir… Já uma vez alguém disse que não ia à Missa porque, como trabalhava por conta própria a consertar aparelhos eléctricos, cada vez que fosse à Missa perdia umas dezenas de euros…
Mas a Bíblia fala do «temor de Deus», dirão alguns de vós. É claro que fala! O «temor de Deus» é mesmo um dos sete Dons do Espírito Santo! Mas será que «temor de Deus» quer dizer «medo de Deus»? Afinal, qual é o pai que fica contente por um filho ou uma filha ter medo dele? E será que Deus fica contente se tivermos medo d’Ele?
O que é, então, o «temor de Deus»? O «temor de Deus» é o respeito devido a Deus. É dar a Deus o lugar que só Ele deve ter. É dar-lhe SEMPRE o primeiro lugar na nossa vida, porque mais nenhum Lhe serve! Deus não Se contenta com os restos, com o que nos sobra (do nosso tempo ou do nosso amor). Por isso, procuramos conhecer os Seus caminhos e a Sua vontade. Seguindo o exemplo da Virgem Maria, Mãe de Jesus.
No dia 8 de Dezembro celebramos a Imaculada Conceição, padroeira de Portugal. É certo que nos encontramos longe da pátria (e não vamos poder contar com o feriado!), mas, nesse dia, procuremos todos lembrar e homenagear Aquela que Jesus nos deixou como Mãe e a quem o rei D. João IV, em 1646, coroou como Rainha de Portugal.
Pe. José Anastácio Alves

KERMESSE DA MISSÃO

Foi um enorme sucesso a kermesse da nossa Missão, realizada nos dias 15 e 16 de Novembro. Centenas de pessoas acorreram à sala da paróquia de Ste-Thérèse afim de partilharem um momento de convívio e fraternidade, à volta de vários petiscos portugueses e uma boa garrafa de vinho tinto.
A kermesse (do flamengo Kerkmisse – Missa na Igreja) designa nos nossos dias uma festa paroquial de solidariedade ou uma feira anual.
Houve de tudo na nossa, desde a celebração de uma Eucaristia à venda de produtos diversos na perspectiva de angariar fundos para a Missão (o Bruno revelou-se um excelente comerciante), passando pelos tradicionais “comes e bebes” à portuguesa.
O bar foi gerido com audácia pelos elementos do grupo de jovens “Os Tugas” e o bailarico animado ao longo dos dois dias de festa pel’ “Os Emigrantes”, um grupo musical recem-constituído, e que nos proporcionaram em avant-première a sua estreia mundial...
Quem sabe, o começo de uma grande e promissora carreira!!!

MORGES: GRUPO DE JOVENS “RAIOS DE LUZ” COMEMORAM 1°. ANIVERSÁRIO

No passado dia 1 de Novembro o grupo de jovens da Comunidade Católica Portuguesa de Morges, “Raios de Luz”, festejaram o seu primeiro ano de vida. Segundo a sua impulsionadora e responsável, Patrícia Sampaio, “o grupo iniciou-se no domingo 21 de Outubro 2007, com apenas 8 jovens conversando à porta da capela da Longeraie, no fim da Eucaristia. A nossa ideia primeira era de conviver, partilhar , escutar e tentar encontrar um lugar para nos reunirmos, praticando o exemplo de Jesus. Também queríamos dar um novo sopro a nossa comunidade que se deixava levar pela rotina”.

Ainda segundo Patrícia Sampaio num só ano de existência “já tivemos a oportunidade de organizar várias actividades: a 14 de fevreiro 2008 organizamos um convivio de carnaval onde houve karaoké, uma dança coregrafiada e executada pelos membros do nosso grupo, com uma pinhata gigante que as crianças adoraram e os pais muito mais; vários convivios com outros grupos de jovens como Lausanne, Etoy e Renens, com desportos, jogos e grelhadas; uma saída ao Karting de Payerne, para uma tarde cheia de brincadeiras No dia 26 de Outubro 2008 organizamos um terço com procissão de velas a nossa Senhora de Fatima peregrina, e temos feito varias actividades de grupo como pastelaria, compota e geleia de frutos e alguns debates, tais como, a vida de Cristo, a ecologia, etc.”A jovem Patrícia conclui dizendo que “não temos projectos defenidos para o futuro, mas desejamos todos continuar unidos como até agora e trazer ainda mais jovens ao nosso grupo. No dia 14 de Dezembro vamos ajudar as catequistas a organizar os cânticos com os meninos da catequese e nesse mesmo dia mais alguns cabazes de Natal.”
José Martinho

PARTILHA

Estando na época de Natal, sabemos que só nesta altura sentimos algo distinto, que é o Espírito de Natal. Um Espírito o qual um grupo da Catequese de adolescentes, VIVE há mais de 2 meses.
Com os seus catequitstas, decidiram unir-se para mais um projecto especial, que é poder ajudar as pessoas mais necessitadas. Nisto, decidiram fabricar com as suas próprias mãos objectos de adorno e utilidade, para poderem trazer mais luz a algumas pessoas.
Estes trabalhos manuais não fazem sentido depois de ser fabricados, se os fecharmos em nós,
teriam mais sentido, se eles fossem oferecidas para uns anos, se fossem utilizadas para decorar a sala de jantar, e ainda outras coisas mais...
Ao mesmo tempo estamos a ajudar a dar mais luz a outras famílias.

Assim no dia 30 de Novembro, este grupo de adolescentes e seus catequistas estão na Eucaristia de Mon-Gré, a partilharem e o seu projecto e efectuaram a venda dos seus objectos, de igual forma ajudaram a motivar a Comunidade a viver o Natal que se aproxima , olhando para o nosso próximo, que é Jesus.

Bem hajam.