mardi 10 novembre 2009

OLHAR NOVO

A mensagem cristã traz-nos um convite estimulante: ver as pessoas e as coisas, a partir da situação em que se encontram e dar-lhes o justo valor. É o gesto da viúva pobre que Jesus aprecia e a censura dirigida aos escribas pela presunção. É a partilha abnegada e confiante da viúva de Sarepta com Elias. É a entrega de Cristo pela felicidade de todos.
A mensagem faz-se, hoje, oração para que Deus nos conceda um olhar novo e assim:
- eu veja os outros em profundidade, especialmente os que são esquecidos; não fique nas aparências, mas vá à realidade profunda das pessoas e das coisas com olhos transparentes.
- o meu grupo de amigos, de trabalho ou de apostolado aprecie mais a compreensão do que a crítica, mais a tolerância do que a intransigência, mais o amor do que a indiferença e o ódio.
- a minha família saiba construir cada vez mais a união e a concórdia entre nós e acolher, sem discriminações, os que precisam de ajuda, ainda que não o demonstrem de forma visível.
- a assembleia cristã, onde tomo parte na celebração da eucaristia, tenha horizontes rasgados e aprenda a olhar, à semelhança de Jesus, os empobrecidos e as vítimas de silêncios impostos.
- a sociedade a que pertenço crie uma cultura em que as pessoas valem mais que todo o ouro do mundo e a escala de valores é mais apreciada do que a tabela dos preços.

Senhor, dá-nos um olhar novo que seja o espelho do Teu modo de ver e de amar.


Pe. Aloísio

AO SABOR DA PENA, TRAÇOS DA VIDA...

Por vezes a vida reserva-nos surpresas... Quando menos esperamos, por um motivo ou por outro somos confrontados com acontecimentos, encontros ou momentos surpreendentes... A vida é caixinha de surpresas! Calcorreamos o passadiço da vida em movimentos leves para que o fino tapete da nossa vida não se quebre. Agendamos, prevenimos, calculamos, medimos cada centímetro do nosso existir e traçamos para ele as medidas exactas com que ele se há-de "vestir". Saboreamos os momentos, sentimos os instantes e tomamos consciência que o presente é marca para o futuro e reflexo do que foi o nosso passado.

Gostamos de estruturar a nossa vida, há quem lhe chame sonho ou simplesmente realização... Enfim, o sabor da vida!!! Saboreamos cada segundo como se ele fosse o último ou será que isso nem nos passa pela mente? Por vezes o inesperado bate-nos à porta... não sabemos de onde vem, apenas que está ali, à nossa espera, na expectativa da nossa reacção... E são tantos... tantos... tantos os momentos inesperados, não planificados, não calculados... Decerto que a vida se torna mais surpreendente com o inesperado... Coisas boas, coisas más... acontecimentos que não fazendo parte do que nós traçámos farão com toda a certeza parte de nós! Somos assim, feitos daquilo que a vida nos vai dando e do que nós vamos traçando...

A FESTA DOS NOSSOS IRMÃOS QUE CHEGARAM À CASA DO PAI...

Iniciamos o mês de Novembro com a solenidade de Todos os Santos. O nosso coração e pensamento voltam-se para os milhões de homens e mulheres que, ao longo da história, foram agraciados por Deus e aceitaram o Seu dom. Paulo Tillich dizia que «um santo é um pecador de quem Deus teve misericórdia».

Estamos celebrando, pois, a vida de seres humanos curados e salvos pela misericórdia de Deus. Não é um dia reservado para os heróis ou para uma elite que não tem nada a ver com nossas preocupações e alegrias. É a festa dos nossos irmãos e irmãs que chegaram à casa do Pai! A festa, pois, está caracterizada pela alegria e pelo agradecimento.

... É TAMBÉM A FESTA DA FELICIDADE!

se queres ser feliz, sê santo; se queres ser mais feliz, sê mais santo; se quiser ser muito feliz, sê muito santo!” O segredo da felicidade é, sem dúvida, a santidade, o desejo sincero e a luta diária por agradar a Deus. O santo é necessariamente feliz, nesta terra com tribulações; no céu, sem elas. Felicidade e santidade vão sempre de mãos dadas. É inevitável! Como não estar feliz junto de Deus?
A Igreja, ao celebrar este mês a solenidade de todos os santos, celebra também a santidade daqueles que não foram canonizados, ou seja, daqueles cuja santidade não foi reconhecida publicamente pela mesma Igreja, celebra todos os santos.
Só Deus é santo! Os santos participam da santidade de Deus. A santidade é, portanto, uma obra de Deus em nós. Ele começa essa obra em nós no momento do nosso baptismo, a partir daí vem todo um processo no qual a graça de Deus e a nossa colaboração – que consiste principalmente em deixar que Deus faça a sua obra – são imprescindíveis.
Os santos foram e são pessoas de carne e osso, como tu e como eu. Não nos referimos neste momento aos santos anjos, mas aos santos homens e às santas mulheres, pessoas que tinham dentro de si todas as desordens que a concupiscência provocara e que, com a graça de Deus e esforço pessoal, foram, pouco a pouco, vencendo até chegar à glória do céu onde são eternamente felizes.

SANTOS E FIÉIS DEFUNTOS

O mês de Novembro, na tradição da Santa Igreja, é dedicado à memória de Todos-os-Santos e Fiéis Defuntos. É um acontecimento que desdobra diante de nós o mistério profundo da Vida e da Morte. Com a Vida, todos os dias me confronto e nela mergulho sem facilmente lhe descobrir a nascente. A Morte, todos os dias a recuso e nela me aperto sem vislumbrar o seu poente.
A Morte é uma lu
z que nos permite clarear o que rigorosamente somos. A Vida é um plano que desenvolvemos e a cada instante nos constituímos responsáveis, lentamente, cada acto, cada palavra, cada sentimento.
A Vida é quem nos lê, canta o poeta José Rég
io mas a Morte é quem nos julga, diz o catecismo católico.
A Vida deixa-nos à entrada p
or onde a Morte passa e, nesse sítio, sem roupagens nem disfarces, coloca-nos na "prespectiva dos acabamentos celestes", onde, na presença de Cristo Ressuscitado, Senhor da Eternidade, cada um se expõe ao seu julgamento.

VAMOS RECOMEÇAR

A vida, quando a interrogamos, diz-nos sempre: começa... recomeça...
A vida não permite que baixemos os braços...
A vida exige pensamentos elevados e profunda reflexão...
A vida é impossível sem uma vontade determinada...
A vida não pode estar voltada e entregue ao egoísmo e
ao mero interesse pessoal...
A vida de cada homem tem uma finalidade, um objectivo social e encaixa-se sempre na Comunidade.
Mas a vida de um cristão, por maioria de razão, deve ter e sentir o pendor para os homens- irmãos.
Ninguém pode ser excluído. Por esta razão e porque fomos enviados, devemos espalhar à nossa volta a luz que o Espírito em nós infundiu.
Urge dar o "salto” diário para mais e melhor.
Por isso, em exame de consciência muito sincero e profundo, cada um de nós deve olhar a sua vida, no âmbito apostólico e não só... e RECOMEÇAR.

Monsenhor Melo Peixoto

FESTA DA VERDADE

Celebraremos no próximo dia 22 Novembro, a Festa de Cristo Rei.
Provém de Pio XI, em 1925, altura em que Hitler e Lenine agitam a cena política na Europa e tendem a dominá-la. Manifesta a certeza dos cristãos: Jesus Cristo é um Rei original e exerce a sua realeza de um modo especial.
Hoje, mantém-se a mesma necessidade, apesar de ser outro o contexto social marcado pelo avanço do ideal democrático e da sociedade pluralista. Mudaram as pessoas, mas permanece a intriga política, a manipulação das consciências. Mudaram os regimes, mas mantém-se a urgência da transparência nas formas de relacionamento entre as pessoas e as instituições. Mudou a pretensão de hegemonia de uns sobre os outros, mas fica em evidência o ideal de servir o bem comum, de sempre escutar e seguir a verdade.
Jesus está perante Pilatos. É a sua última oportunidade.
Tem todas as condições para lhe dar um show que deslumbre.
Pode também optar pela ironia sarcástica. Prefere a atitude serena e humilde, o diálogo directo e interpelante, a declaração firme da sua missão:
"Sou Rei, vim ao mundo para dar testemunho da verdade".
Sabe que corre riscos. Apesar disso, acrescenta taxativamente: "Todo aquele que ama a verdade escuta a minha voz".

Por isso, a festa que celebramos é a festa da verdade, da escuta fiel da palavra de Deus, do testemunho ousado e corajoso, do diálogo franco, da presença activa na sociedade, do confronto sereno de ideias e projectos de vida, da afirmação da identidade cristã.
Somos discípulos de Cristo. Queremos segui-Lo nas reacções e nos comportamentos.
O auto controle e a harmonia pessoal, a solidariedade fraterna e o espírito de serviço aos outros, a relação filial com Deus manifestam quem somos e o que pretendemos: servir a verdade.

AJUDA-TE A TI MESMO(A)...

“O sofrimento faz parte da vida, mas há muito sofrimento desnecessário que não fazia falta existir e que Deus não quer.
Nós sofremos, muitas vezes porque não sabemos orientar bem o nosso pensamento e as nossas emoções. Somos maus para nós mesmos.
Muito sofrimento vem porque nós pensamos e damos valor a coisas que não devíamos dar e amamos coisas ou pessoas de forma incorrecta.
O nosso pensar é muito importante. Se pensarmos em coisas boas, no bem, na bondade, na amizade, teremos alegria e felicidade.
Se não dermos importância ao mal, se não dermos importância ao que os outros pensam ou dizem de nós, não ocupamos o pensamento com isso e se dermos valor à nossa pessoa, o nosso sofrimento será muito menor.
O primeiro passo a dar é: PURIFICAR O NOSSO PENSAMENTO. Ter boas ideias, não pensar no mal, nem se preocupar com o que os outros dizem ou pensam de nós. Ignorar isso. Não dar importância nenhuma a isso.O segundo passo é PURIFICAR AS NOSSAS EMOÇÕES: os nossos sentimentos, o nosso coração: AMAR DE FORMA CORRECTA.

Amar-se a si mesmo, amar os outros, a começar pelos pais, marido, esposa, filhos, irmãos, parentes. Ter um BOM CORAÇÃO. TER BONS SENTIMENTOS. Gostar, amar a começar por si mesmo (a).
Por isso, eu digo-te ajuda-te a ti mesmo (a). Gosta de ti mesmo (a). Respeita-te a ti mesmo (a).
Só assim SERÁS FELIZ A SÉRIO.
A causa da maior parte do teu sofrimento não vem de fora, mas de dentro de ti mesmo: do teu pensar e do teu sentir.
Pede luz a Deus para teres boas ideias e um bom coração, bens sentimentos. Não desejes o mal a ninguém; faz o bem aos outros, ama-te a ti mesmo e toda a tua vida será luminosa, pacífica, serena.
Como Jesus e Maria de Nazaré, sê manso, humilde, bom, puro, pacífico, generoso, casto, paciente, caridoso, moderado. E SERÁS FELIZ e o teu sofrimento será muito menor.
Não te iludes, não te enganes. A culpa do teu sofrimento não é dos outros, o mal que te faz sofrer não vem de fora, mas de dentro de ti mesmo.
O mal não vem do demónio, nem dos espíritos, nem das almas do outro mundo, nem dos maus-olhados, nem dos males de inveja, nem das pragas que os outros te rogam. Não acredites nisso. Tudo isso é conversa mentirosa, engano, ilusão.
O mal que te faz sofrer, na maior parte das vezes, vem de dentro de ti mesmo: do teu pensamento e das tuas emoções: pensas mal e sentes mal. Pensas o que não deves e amas o que não deves…
A luta que tens de travar na tua vida não é contra os outros, mas contra o mal que há em ti mesmo: na tua cabeça e no teu coração.
Quando essas duas realidades estiverem livre de lixo, de porcaria, de veneno, de maldade, eu garanto-te que TU SERÁS MUITO FELIZ”.
in "operfumededeus"

PESSOAS BALÃO

Um balão pode ser uma boa metáfora para falarmos de alguns tipos de pessoas, em determinados momentos da sua vida, se parecem com os balões:

1. Alguns estão aparentemente cheios de vida, e preocupam-se em acumular bens e riquezas, apenas o ter, e o interior nada mais têm que ar. Por isso Jesus fala que um rico (não apenas de dinheiro, mas de egoísmo, de intolerância, preconceito…) terá dificuldade de entrar no reino dos céus, um dia, e feliz agora. Não se deve fazer demagogia contra o dinheiro, mas ao que muita gente perde por causa dele. “Quero ficar rico para que não falte nada à família”. Mas já falta… alguém que está ausente por causa do dinheiro… e um dia tem dinheiro, mas não tem família. Preocupemo-nos em investir mais no nosso interior, em aprender a reciclar emoções e pensamentos, a fortalecer o nosso espírito e a nossa mente.

2. Outros parece terem opinião própria, muito seguros, mas deixam-se levar pela mais suave brisa. Jesus diz no evangelho: “Porque me chamas bom? Bom só Deus”. Jesus não se preocupa com a aparência de bondade. Por causa de sermos aceites, de querer que gostem de nós, muitas vezes deixamos de fazer ou dizer aquilo que deveríamos e acreditamos, para que pensem bem de nós. E no fim, nem agradamos aos outros nem a nós. Por isso Jesus nos alerta para não nos preocuparmos em aparentarmos sermos bons para que pensem bem de nós. Não vivamos com essa angústia.

3. Por fim, alguns vivem como se fossem balões cheios, prestes a rebentar; vasta que alguém os provoque com alguma ofensa ou opinião contrária estouram. Quanto mais nos preocuparmos apenas com o exterior, quanto maior for o vazio interior, quantas menos resistências tivermos no nosso interior para gerir as nossas emoções e pensamentos, mais tensos andaremos, e mais facilmente explodiremos, e, tal como o balão, pouco sobra.
in "Partilhar"

lundi 9 novembre 2009

LIBERDADE RELIGIOSA RETROCEDE NO OCIDENTE

Parece claro que nas últimas décadas estamos a assistir a um retrocesso da liberdade religiosa no mundo. Como exemplo, estão as perseguições contra os cristãos, que às vezes são violentíssimas, com mortes e expulsões de territórios.
O século XX foi chamado século dos mártires. Por ocasião do grande jubileu do ano 2000, a Santa Sé reuniu num livro testemunhos de pessoas que padeceram a morte por causa da sua fé. Recolheu-se o testemunho de 12’692 pessoas dos cinco continentes.
Desde 2000, não parece que as perseguições diminuíram. Em outubro de 2008, a organização evangélica “Release International” advertiu que em 2009 haveria 300 milhões de cristãos que sofreriam perseguição no mundo por causa da sua fé. O observador da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Celestino Migliore, no último dia 21 de Outubro, falou em 200 milhões.
No entanto, existem outros atentados à liberdade religiosa, mais assolapados, ainda que não sejam violentos, e ocorrem na Europa Ocidental. Nesta região do mundo, está a ser difundida uma doutrina laicista radical que pretende desterrar a fé cristã – ou qualquer outra crença religiosa – da vida pública. Em nome do laicismo, tenta-se proíbir qualquer manifestação pública da fé. Expulsam-se os crucifixos de lugares públicos, proíbem-se celebrações religiosas nas ruas, ou o que é pior: censura-se a opinião dos bispos com o único argumento de que é um bispo.
Chegou-se a limites que parecem ridículos, como a denúncia na FIFA contra a seleção brasileira, em julho deste ano, porque, depois de ganhar o troféu, os jogadores fizeram uma oração de acção de graças a Deus. Ou a tentativa, na Catalunha, de trocar o nome das férias de Natal ou de Semana Santa por férias de Inverno ou de Primavera, neste ano académico.

EVANGELIZAÇÃO E COMUNHÃO EXIGEM COMUNICAÇÃO

A comunicação é decisiva para a evangelização e a comunhão na Igreja, assegura o Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé.
O porta-voz analisou no editorial do último número de “Octava Dies”, jornal do Centro Televisivo Vaticano – do qual também é director –, o trabalho da assembleia plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, realizada no Vaticano de 26 a 29 de Outubro, para avançar na redação de um futuro documento sobre pastoral da comunicação.

O sacerdote revela que nesse encontro se repetiram “afirmações fortes e densascomo “a Igreja é comunicação”, ou “a comunhão é fruto da comunicação”.
Toda a reflexão e todo projeto deve começar não tanto pelo fascínio que produzem os novos meios de comunicação, mas pela própria natureza e missão da Igreja, que nasce do anúncio da Palavra de Deus e cresce como comunidade, chamada por sua vez a anunciar”, acrescenta o sacerdote.
De facto, reconhece, “a comunicação penetra em toda a vida da Igreja, a actividade de seus membros, sejam pastores ou fiéis”.
“E, se se quer que a mensagem chegue às pessoas do nosso tempo, em particular também aos jovens – aos ‘nativos digitais’ –, a comunicação da Igreja deve encarnar-se com valentia nas novas linguagens, deve saber ter em conta as novas técnicas e as novas atitudes psicológicas”.
Falando do desafio de “manter inalterado o conteúdo’ do Evangelho, mas de ‘fazê-lo compreensível com instrumentos e maneiras adequadas à mentalidade e as culturas de hoje”, o Papa lembrou no final do Conselho Pontífico que se “devem utilizar as novas tecnologias e as linguagens dos média na aldeia global e há que fazê-lo com toda a paixão e inteligência que surgem da convicção de ter uma Palavra preciosa que comunicar: uma Palavra tão inesgotável e bela que poderá inspirar sem fim toda nova expressão criativa e dar dignidade a toda nova linguagem”.
É importante que, nesta sociedade da comunicação, todos na Igreja sejam conscientes disso”, conclui.

IGREJA SENSIBILIZA PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O Santuário de Fátima volta a acolher mais uma edição, a 22ª, do Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, uma iniciativa organizada pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, agendada para o Centro Pastoral Paulo VI, entre os próximos dias 30 de Novembro e 3 de Dezembro. A temática da edição deste ano procurará reflectir e sensibilizar sobre “Transplante de órgãos, doação para a vida”.
Na mensagem aos participantes deste Encontro, D. Carlos Moreira Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, entende que a escolha deste tema representa o alargamento e a renovação “do olhar sobre problemas novos sempre a emergir”, nesta área da Saúde.
“É temática actualíssima conhecer as possibilidades científicas e a perspectiva cristã relativa aos caminhos abertos no domínio da doação e transplante de órgãos”, refere D. Carlos Azevedo que, no que respeita à perspectiva cristã, sublinha que “os cristãos não só não têm preconceitos religiosos condutores a rejeitar a doação, como, pelo contrário, encontram no gesto de doação um novo caminho de caridade, aberto pelas ciências médicas”.
Na nota de abertura publicada no programa impresso deste XXII Encontro, Mons. Feytor Pinto, coordenador nacional da Pastoral da Saúde, também destaca que “a doação de um órgão é sempre acto de amor”.
Há inúmeros doentes à espera de um órgão para receber um transplante que lhes restituía a saúde e a qualidade de vida que perderam. Todos podem intervir na colheita de sangue e na oferta de órgãos em vida ou depois da morte, participando na felicidade de muitas pessoas que, de outra forma, não iriam sobreviver”, refere.
Assente no objectivo geral “incentivar a doação de órgãos, mesmo em vida, como expressão máxima da caridade cristã” a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde entende que a edição deste ano do Encontro Nacional tem como especiais destinatários os vários profissionais da área da Saúde, da Acção Social, da Formação e da Pastoral.


in Agência Ecclesia

OLHAR

Olhe para trás! Veja os obstáculos que já superou! Veja o quanto já aprendeu nesta vida e o quanto já cresceu.
Olhe para a frente! Não fique prostrado, levante-se quando tropeçar. Estabeleça alvos e metas, prossiga com firmeza.
Olhe para dentro (de si)! Sonde as suas motivações, conheça e purifique o seu coração. Não deixe o orgulho, a vaidade, a inveja, a mentira o(a) dominar.
Olhe para o lado! Socorra quem precisa de si. Ame o próximo e esteja sensível às suas necessidades.
Olhe para baixo! Não pise em ninguém, perceba os pequenos e aprenda com eles.
Olhe para cima! Há um DEUS maior que você, que o ama muito.

Olhe para DEUS e perceba a profundidade, riqueza e abrangência de um DEUS que o está olhando com os olhos e AMOR de um PAI.

FESTA DO ACOLHIMENTO

A nossa Missão está mais rica. É impossível viver "a fé que actua pelo amor" (Gal 5,6), fora de uma comunidade crente. Por isso, no fim de semana de 24 e 25 de Outubro, várias dezenas de crianças foram acolhidas pela primeira vez, como fazendo parte da grande família da Catequese das nossas comunidades de Notre Dame (Valentin) e Mon-Gré.
Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles” (Mc 10, 14).
No inicio desta caminhada de Fé, era fundamental para estas crianças sentirem-se acolhidas no meio da comunidade. Com efeito, o acolhimento é a expressão viva do amor.
Depois da homilia as crianças manifestaram o seu desejo de, pela Catequese, conhecer melhor Jesus, como o melhor amigo e assim desenvolver o dom da Fé que receberam no Baptismo. Para o efeito depositaram um pequeno coração de papel que traziam consigo no grande coração aberto de Jesus que se encontrava frente ao altar, fazendo, a seguir, juntamente com os pais e restante Comunidade, a profissão de Fé.

Que estas crianças, pelo acolhimento que receberam, se vão tornando, também elas, agentes de acolhimento.
José Martinho