vendredi 13 mars 2009

MENSAGEM QUARESMAL

Já estamos na Quaresma!
Com o sempre apressado passar do tempo, cresce o desafio cada vez maior a não deixarmos que o tempo passe por nós, mas a sabermos comandar o moliceiro da nossa própria vida.
Quanto mais crescemos em saber, ciência, conhecimento, tanto mais deverá crescer o apelo à autêntica sabedoria em ler tudo o que somos e fazemos como um serviço à humanidade amada por Deus...a fim de sermos células novas no mundo.
Dizer, sentir "Quaresma", terá de significar o reinventar do projecto, criar novos laços de amizade, partilha, gosto em trilhar novos rumos, metas sempre mais altas...ser assertivo (construir positividade colectiva).
Que queremos desta Quaresma? Que renovados objectivos apontar?
Haverá lugar para a esperança motivadora e capaz da entusiasta dinâmica, presença de espírito, viva participação, sede de viver com um sentido profundo...até à escola do Evangelho? Que lugar para tudo isto? Que metas queremos para nós próprios?
Este é o tempo de dar tudo! Tempo apreciável, desafio à superação, apuramento de humilde sensibilidade, mas em capacidade corajosa para acreditar no futuro. Altura de escutar, como Abraão, "Deixa a tua terra"; de compartilhar a missão como Paulo faz com Timóteo, "sofre comigo pelo Evangelho"; mas de acolher aquela Luz transfigurada que tudo recria, em que o medo se dissipa e se acolhe, sabiamente, "Escutai-O" (Evangelho)!
Grupos corais; grupos de catequistas; colaboradores; Comunidade...que escutamos? Como escutamos? Ainda O escutamos?!...
Quaresma será viva “resposta” !

Pe. Aloísio

PARA QUE NOS SERVE HOJE A QUARESMA ?

Desde o dia 25 de Fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, os Cristãos (tanto católicos como protestantes) estão a viver o tempo da Quaresma.
São 40 dias que - conforme nos recorda a Igreja e aprendemos na Catequese - servem de preparação para a grande Festa da Páscoa, o acontecimento mais importante do ano cristão e da nossa fé. Trata-se de uma preparação que deve acontecer, em primeiro lugar, no nosso interior, no coração, na conversão pessoal e comunitária – é dentro de nós (e não fora!) que tudo se decide na nossa vida!


Porém, esta mudança interior precisa de ser completada e ajudada por certas atitudes exteriores: pelo JEJUM e a ABSTINÊNCIA (seja de carne, seja de outras coisas que nos agradam: o tabaco, o café, o álcool, as guloseimas, o consumo desnecessário do telemóvel ou da internet, etc.), pela ORAÇÃO mais intensa e pela PARTILHA com os irmãos carenciados (que na Bíblia aparece sob a palavra «esmola»).
Mas que significado tem para nós a Quaresma? Já não pergunto o que é que os cristãos sabem acerca da Quaresma! Muitos na nossa sociedade sabem talvez mais sobre o Ramadão do que sobre a Quaresma. Há dias, um português, emigrante em França há muitos anos, contava que naquele país, quando alguém perguntava « o que é isso da Quaresma? », para a pessoa entender alguma coisa tinha de se lhe responder: «é o Ramadão dos católicos»!

Teremos mesmo necessidade da Quaresma?
Não é essa, todavia, a questão que nos interessa agora. O que eu pergunto é se temos mesmo necessidade de Quaresma? Se a Quaresma faz sentido e tem valor na nossa vida? Se conta mesmo ou se é apenas para cumprir calendário, como aqueles jogos do campeonato que já não decidem nada e os jogadores estão ali dentro de campo a arrastar as botas à espera que chegue o minuto 90! Estaremos nós apenas a fazer tempo até que o Domingo de Páscoa chegue, para então beijar a cruz e ter um almoço de arromba?
Em primeiro lugar, para que a Quaresma faça algum sentido, temos de nos sentir pequeninos e necessitados de Deus. Se alguém se basta a si mesmo, esse não precisa da Quaresma para nada! A Quaresma é para quem se sente pecador, ou seja, frágil e pequeno diante de Deus! Porque Quaresma é tempo de olhar para dentro de nós, para a nossa vida, para aquilo que só eu e Deus sabemos (e Deus conhece-me a mim melhor que eu próprio, disse Santo Agostinho) e procurarmos juntos (Deus e eu) um caminho de arrependimento, de perdão e de graça.

Ora, numa sociedade em que praticamente nada é pecado («senhor padre, para dizer a verdade, não vejo que eu tenha pecados!» - perguntem aos padres quantas vezes já ouviram isto!) ou em que tudo vale desde que a pessoa goste ou tire daí algum proveito («se achas que isso te dá gozo, é contigo, não digo que não!» - e quando esse «gozo» mete droga, álcool, horas perdidas na net, etc., como é?!), então a Quaresma, de facto, não faz sentido nem tem lugar. Ou serve, como caso do futebol, apenas para cumprir calendário!

Apostar num caminho de Conversão
Só como proposta de CONVERSÃO (de mudança de vida) é que a Quaresma faz sentido e tem lógica! De outro modo, é só aparência. Mesmo eu, padre, tenho de estar alerta para que a Quaresma não se torne em rotina. «Mais uma Quaresma!». Não há «mais uma» Quaresma! Cada Quaresma é sempre nova, porque nova é a vida em cada ano. Desde a Quaresma do ano passado, quantos coisas, umas mais extraordinárias do que outras, se passaram na minha vida? E na vida de todos nós? E na tua vida? E o facto de estarmos todos um ano e pico…(a Páscoa no ano passado foi a 23 de Março) mais velhos também nos faz ver a vida com outros olhos.
Que cada um ou cada uma de nós, seja através de atitudes pessoais (nos pequenos gestos de renúncia e partilha) seja comunitárias (participando na Eucaristia, na Via-Sacra e na Reconciliação, por exemplo), possa encontrar o seu próprio caminho quaresmal que o conduza uma feliz Páscoa do Senhor Ressuscitado.
Santa Quaresma para todos.
Pe. José Anastácio Alves

O QUE SIGNIFICAM AS PALAVRAS...

QUARESMA: do latim «quadragesima», quer dizer 40… São os 40 dias desde as Cinzas até o Domingo de Ramos (25 Fev -5Abril);
VIA-SACRA: significa Caminho da Cruz; são os passos de Jesus, desde o palácio de Pilatos até à morte na Cruz - são 14 estações;
PÁSCOA: quer dizer «passagem» - pela Sua Ressurreição, Jesus passa da morte para uma VIDA nova, que jamais terá fim!
JEJUM: devemos tomar apenas uma refeição leve; os dias de JEJUM são somente dois: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa;
ABSTINÊNCIA: é privar-se de algo que nos agrada: a carne, a sobremesa, etc. Todas as Sextas da Quaresma são de abstinência;
RENÚNCIA QUARESMAL: durante toda a Quaresma, devemos fazer pequenos sacrifícios (de bebidas alcoólicas ou sumos, doces, guloseimas, cafés, tabaco, etc.) para ajudar os mais necessitados.

QUARESMA 2009 – MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI

«No início da Quaresma, a Liturgia propõe-nos três práticas muito queridas à tradição bíblica e cristã: a oração, a esmola e o jejum…»
O jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor. O verdadeiro jejum é cumprir a vontade do Pai celeste.
Com o jejum e a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus…
Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente. Encorajo as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando também a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola.
A Quaresma seja valorizada em cada família e em cada comunidade.»

Bento XVI

OS TRES PILARES DA QUARESMA

Os três pilares da Quaresma, são, portanto: o JEJUM, renunciando a tudo aquilo que não é essencial, a ORAÇÃO mais cuidadosa e a ESMOLA. Actualmente, preferimos falar de PARTILHA em vez da palavra esmola!

E, então, a que se destina a nossa PARTILHA deste ano?????

Parte da PARTILHA (também chamada Renúncia Quaresmal) destina-se à: «Campagne œcuménique de Carême 2009, du 25 février au 12 avril, sur la justice climatique, pour la garantie du pain quotidien…»

Outra parte será enviada para projectos que aos quais a nossa Missão, através das suas diversas Comunidades vão acarinhando...

Escolinha FLORINHAS DO AEROPORTO, de Maputo, Moçambique!
Escola Santa Maria Brasil!
Associação combate à pobreza!

JEJUM E ABSTINÊNCIA

O Jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a uma refeição, embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições.
Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que constituam verdadeira privação ou penitência.
A abstinência, por sua vez, consiste numa alimentação simples e pobre. A sua concretização na disciplina tradicional da igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhável manter esta forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma. Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo mais requintados e dispendiosos ou da especial preferência de cada um.
Contudo, devido à evolução das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretização pode não bastar para praticar a abstinência como acto penitenciai. Lembrem-se os fiéis de que o essencial do espírito de abstinência é o que dizemos acima, ou seja, a escolha de uma alimentação simples e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento. Só assim a abstinência será privação e se revestirá de carácter penitencial.

FALTAM AGENTES PASTORAIS NAS COMUNIDADES MIGRANTES

Crescimento das comunidades e alteração do emigrante português lança novos desafios à mobilidade humana

Existe um grande défice de sacerdotes nas comunidades portuguesas emigrantes. Frei Francisco Sales, Director da Obra Católica Portuguesa das Migrações, lamenta a falta de meios humanos para trabalhar numa realidade que cresce.
O sacerdote responsável pela OCPM esteve recentemente na Suíça, junto das comunidades portuguesas e nota, à Agência ECCLESIA, um grande crescimento das comunidades portuguesas. “Muitas famílias novas, que chegam com crianças a meio do processo de catequese, mais pessoas a pedir apoio nas missões, o que mostra que a crise chegou também a estas realidades”.
O trabalho pastoral é “muito amplo e intenso”, explica, o que os leva a recorrer a sacerdotes do Brasil e de África.
O Frei Sales aponta a falta de sensibilidade dos bispos portugueses que “naturalmente se compreende, pois com a falta de vocações, muitos sacerdotes em Portugal têm várias paróquias sob sua responsabilidade. E não há padres a sobrar para ir para fora”. No entanto, frisa que apesar da carência em Portugal, “é uma responsabilidade da Igreja portuguesa dar uma resposta aos que estão fora”.

Trabalho com os emigrantes
O trabalho dos agentes pastorais nas comunidades de emigrantes são essencialmente religiosas. Mas as missões são também pólos de cultura “em parceria com as associações de imigrantes”. Esta é uma forma de os portugueses se manterem ligados à sua cultura natal. Mas os pedidos de apoio estendem-se às questões de legalização, apoio social, questões laborais e também apoio material.
Não existem dados sobre quantos portugueses estão emigrados. A não obrigatoriedade de inscrição nos consulados e a cidadania europeia são factores que tornam difícil o cálculo.
O Director da OCPM afirma, no entanto que “a percentagem de imigrantes que entram em Portugal é menor do que o número de portugueses a sair”, uma realidade esquecida. “Estão a sair altos quadros para o estrangeiro e não são aproveitados em Portugal”, lamenta o sacerdote. Os altos quadros no estrangeiro mudam a identidade do emigrante português. “Mais novos e licenciados que não conseguiram trabalho em Portugal”.
Face a uma realidade mutante e confrontados com a falta de sacerdores, os agentes pastorais que se encontram no terreno são obrigados a responder a uma imigração diferente do passado. “Adaptar estruturas pastorais para dar uma resposta incarnada na realidade. Se antes as famílias partiam separadas, sendo o pai o primeiro a tentar a vida no estrangeiro, hoje vão muitas mulheres sozinhas e muitos jovens”.
Em Inglaterra, por exemplo, “estamos muito centrados em Londres e necessitamos de alargar a nossa acção, pois com meio milhão de portugueses presentes no Reino Unido, muitos não têm apoio”. E Frei Sales centra o problema nos imigrantes que contactam as missões, pois “há muitos que não estão em contacto com a pastoral cristã”.
“Necessitamos de criar novos meios para nos desdobrar em mais serviços do que a capacidade permite”.

Formação catequética
O encontro dos coordenadores das Comunidades de Língua Portuguesa da Europa debruçou-se sobre a catequese e a «Caminhada de fé no contexto das comunidades de Língua Portuguesa».
Esteve em análise um projecto para a catequese, mas, Frei Sales explica, “os países são muito diferentes com realidades muito diversas”. Com vista a perceber de que forma se pode encontrar um resposta comum, Lisboa vai acolher um workshop com representantes das várias comunidades portuguesas no estrangeiro para discutir esta questão. No entanto, os responsáveis “já perceberam que não é viável um guião comum que responda às necessidades de todos os países”.
Um das soluções a desenvolver poderá passar pela edição bilingue dos novos manuais de catequese, “que são simples, que apelam ao visual e menos às palavras”. Esta seria também uma forma de “as crianças se manterem ligadas à língua portuguesa”.


In Agência Ecclesia

DEUS E TU


Só Deus pode criar, mas tu podes valorizar o que Ele criou.
Só Deus pode dar a vida, mas tu podes transmiti-la e respeitá--la.
Só Deus pode dar a saúde, mas tu podes orientar e guiar.
Só Deus pode dar a fé, mas tu podes dar o seu testemunho.
Só Deus pode infundir esperança, mas tu podes restituir a confiança ao teu irmão.
Só Deus pode dar o amor, mas tu podes ensinar o teu irmão a amar.
Só Deus pode dar a paz, mas tu podes semear a união.
Só Deus pode dar a alegria, mas tu podes sorrir a todos.
Só Deus pode dar a força, mas tu podes apoiar quem desanimou.
Só Deus é o caminho, mas tu podes indicá-lo aos outros.
Só Deus é a luz, mas tu podes faze-la brilhar aos olhos dos teus irmãos.
Só Deus é a vida, mas tu podes restituir aos outros o desejo de viver.
Só Deus pode fazer milagres, mas tu podes ser aquele que trouxe os cinco pães e os dois peixes.
Só Deus pode fazer o que parece impossível, mas tu podes fazer o possível.
Só Deus se basta a si mesmo, mas ele preferiu contar contigo.

ANO PAULINO

S. Paulo, migrante, Apóstolo das Gentes

1 Cor 6, 13-20: Os vossos corpos são membros de Cristo

“... hoje o Filho de Deus e de Maria fala-nos também através da Igreja e do sucessor de Pedro, o Santo Padre, convidando-nos a celebrar o dia mundial do migrante e do refugiado. Na sua mensagem para este dia o Papa Bento XVI apresenta-nos S. Paulo como migrante e apóstolo das gentes, isto é, de toda a humanidade, sem exclusão de nenhum povo. Ao apresentar S. Paulo como modelo para a missão da Igreja junto de todos os deslocados das suas terras de origem, seja por motivos económicos seja forçados pelo desrespeito da sua dignidade, dos seus direitos como cidadãos, o Santo Padre desafia-nos a acompanhar estas pessoas, a defendê-las e anunciar-lhes o Evangelho da verdade, da sua dignidade de filhos de Deus e irmãos nossos, sendo solidários com eles e acompanhando-os no caminho para a pátria definitiva. S. Paulo soube tornar-se próximo de todos, sem acepção de pessoas, exortando-os a viverem a sua liberdade de filhos de Deus, de concidadãos de uma pátria, onde não há homens livres e escravos, estrangeiros e cidadãos, mas um só povo de irmãos.
É este mesmo S. Paulo de quem hoje escutámos um excerto da sua primeira carta aos Coríntios, uma comunidade formada na sua segunda viagem apostólica e que se deixou seduzir por alguns costumes pagãos, indignos da sua pertença a Cristo e da sua identidade de filhos de Deus. Aos Coríntios outrora, como a nós, hoje, Paulo diz-nos que somos templos do Espírito Santo e que fomos resgatados da escravidão do pecado pelo dom da vida de Cristo na cruz. Por isso já não somos pertença dos poderes deste mundo, mas de Cristo e devemos viver de acordo com essa pertença e dignidade.
Disto devemos ser também testemunhas no mundo de hoje, fazendo-nos eco das exortações de S. Paulo junto dos nossos irmãos migrantes, não ficando calados e inertes perante a exploração dos estrangeiros na nossa sociedade, a quem muitas vezes é roubada a sua dignidade, separando-os das suas famílias, não retribuindo com justiça o seu trabalho ou explorando os seus corpos como mercadoria de prazer dos nossos vícios. Afinal não temos consciência de que o pobre e o estrangeiro são o rosto de Cristo e templos do Espírito Santo? Como ousamos atentar contra a dignidade da pessoa humana e contra Deus, fazendo dos nossos corpos instrumentos do mal, da corrupção, da degradação do ser humano?”...

Extracto da homilia feita por D. António Vitalino,
no encerramento das jornadas sócio-pastorais das migrações

MARÇO…

O mês de Março é rico em acontecimentos e datas especiais.
Enquanto avançamos pela Quaresma, rumo à Páscoa e à Ressurreição, temos a dia 8, o dia Internacional da Mulher, a 19 o dia de S. José, que também é celebrado como o dia do Pai e a 21 preparamo–nos para receber a Primavera.
Neste tempo em que a Natureza se prepara para a chegada da nova estação, em que tudo parece renascer, em que o sol brilha mais, somos também convidados a preparar o nosso coração para a Páscoa. Usando as poderosas armas que a Igreja nos dá (oração, jejum e partilha), abramos espaço no nosso coração para que Cristo Ressuscitado nos possa arrastar consigo para a Vida.
E já agora pensemos um pouco no sentido que faz para a sociedade em que vivemos, dias da Mulher e dias do Pai... Numa sociedade em que a vocação e a dignidade da mulher são tantas vezes postas em causa pelas próprias...


Quanto ao dia do Pai, para que tal faça sentido, torna-se desejável que não se perca o valor fundamental que cimenta a própria sociedade, e que é a família.
Pois bem, aproveitemos este tempo propício à oração, para pedirmos ao Senhor que nos ajude a viver à semelhança da Sagrada Família de Nazaré.
Na certeza de que nesse espírito, viveremos certamente de acordo com a vocação a que é chamado cada ser humano (homem ou mulher):
ser feliz!


Elsa Mestrinho

LEVAR A ORAÇÃO À VIDA

A oração tem que modificar a minha vida. Se rezo e tudo fica na mesma, se não saio mais caridoso, mais justo, mais irmão dos outros, mais compreensivo e delicado, mais atento aos que precisam de mim. mais alegre e confiante, é mau sinal: é índice de que a minha prece talvez seja mal feita ou até hipócrita.
Se rezo, é necessário que a minha oração faça sentir os seus efeitos na minha vida familiar, no meu trabalho, no meu descanso, no trato com os outros. Para pouco ou para nada vale uma oração que não me converte, não me santifica, não me diviniza. Se a oração é contacto e diálogo com Deus, se a faço bem, tenho que sair mais "Deus", mais luz para os outros, mais fermento na sociedade, na vida do dia a dia.
Daqui se depreende que muitas das nossas oraç
ões são más, ou pelo menos pouco perfeitas. Se na minha oração me limito a pedir bens materiais ou a fazer "comércio" com Deus através de promessas, normalmente esta atitude em nada influi no meu agir cristão. Se a minha oração se limita a "papaguear" umas fórmulas que aprendi de cor e não lhe coloco o meu coração e o meu ser, é evidente que saio da oração igual ou pior do que entrei.

E bom que cada um de nós pergunte a si próprio o que é que pede a Deus. Ser
a que, nos nossos diálogos com o Senhor, Lhe pedimos que nos faça crescer na fé, no amor, na esperança? É usual pedirmos a Deus os dons do Espírito Santo, uma maior intimidade com Ele? Será que pedimos que nos conceda a graça de sermos mais justos, mais caridosos, mais apóstolos? Pedimos sobretudo que nos faça sair da oração dando testemunho d'Ele, através duma vida cristã mais autêntica, mais evangélica?
Moisés quando falava com Deus saía com o rosto iluminado e este sinal exterior impressionava muito o povo hebreu. Da nossa oração não saímos de rosto iluminado mas é necessário que a mudança que ela opera em nós seja testemunho para os outros e os ajude a aproximarem-se mais de Deus.
L
evar a vida à oração e sair desta com o desejo de viver melhor. Se me esforço por levar a vida à oração, pouco a pouco a vida transforma-se e torna-se toda ela uma oração.
Levando a vida à oraç
ão e a oração à vida, transformaremos os nossos dias num "círculo virtuoso".
Saberemos rezar melhor e melhor será a nossa vida.
Pe. Dário Pedroso

ENCONTRO EUROPEU DOS COORDENADORES DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Nos passados dias 16, 17 e 18 de Fevereiro realizou-se em Morges, o Encontro de Coordenadores das Comunidades de Língua Portuguesa da Europa, sob o tema “Caminhada de fé no Contexto das Comunidades de Língua Portuguesa”.Os trabalhos foram muito centrados na catequese e nas metodologias utilizadas, pretendendo delinear um itinerário específico para as comunidades emigrantes, e, se possível, organizar uma equipa internacional para trabalhar nos respectivos subsídios.

Neste momento de partilha, e construção conjunta de um projecto catequético específico para a realidade das nossas comunidades migrantes contamos com a presença do D. António Vitalino Dantas, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana e o Frei Francisco Sales Diniz, Director da Obra Católica Portuguesa de Migrações.

Aproveitou-se também para se realizar uma percepção sobre o como a actual crise está afectar a vida dos nossos emigrantes nos diferentes países.
Pe. Aloísio Araújo, Coordenador nacional