vendredi 8 octobre 2010

EDITORIAL

Recomeça...
se puderes,
sem angústia e sem pressa.

E os passos que deres
nesse caminho duro
do futuro
dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances
não descanses.

De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado
vai colhendo
ilusões sucessivas no pomar
sempre a sonhar
e vendo
acordado,
o logro da aventura.

És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
onde com lucidez, te reconheças.

Miguel Torga

Sem pressas, sem angústias, eis-nos a re-começar, a começar de novo. Não em círculo vicioso mas em espiral de crescimento. Já não estamos onde estávamos. Estamos mais adiante: Muito adiante? Pouco adiante? Cada um o dirá por si no que respeita à intensidade. No tempo, estamos um ano mais adiante.
Ao passado olhamo-lo como lição, ao presente como re-começo carregado de esperança na oportunidade que o futuro nos traz.
A atitude cristã perante a vida afasta os fatalismos e os medos que paralisam e faz-nos avançar, prudentemente, mas avançar, sabendo “em quem pomos a nossa confiança” [2 Tm 1, 12]. Parafraseando Martin Luther King, também nós dizemos neste início de ano pastoral: “Não sabemos o que o futuro traz, mas sabemos QUEM traz o futuro”. Por isso nos atrevemos a re-começar.
Neste mês de Outubro, em que Maria nos aparece em destaque [mês do rosário], olhemos, pois, para aquEla que acreditou, aquEla que acolheu a novidade como oportunidade de crescimento na fé.

Bom ano pastoral 20102011.


Pe. José Carlos

OUTUBRO, MÊS DO ROSÁRIO

Lembro-me bem de, em criança, ter dois colegas de escola e de brincadeiras que se chamavam « Rosário”: uma menina – Maria do Rosário, a quem chamávamos Rosinha – e um rapaz, Luís do Rosário – naturalmente conhecido por “Luís”.
Lembro-me de ter perguntado a minha mãe qual a razão por que aquele menino se chamava “Rosário”, julgando eu que este nome estaria reservado às meninas…
Lembro-me da resposta de minha mãe: “É porque nasceu no dia 7 de Outubro”.

Ao longo dos meus 20 anos de padre, tendo celebrado já umas boas centenas de baptismos (não andarão muito longe dos mil), somente por 3 ou 4 vezes alguém se me dirigiu, por ocasião de um nascimento, para perguntar o nome do santo do dia. Lembro-me da Ti Balbina, com os seus mais de 70 anos, ter vindo à missa no dia em que lhe nasceu o neto mais novo, para me perguntar: “Senhor padre, qual é o santo de hoje? É que a minha nora teve um menino esta manhã…”.
Lembro-me de lhe ter respondido: “Ora deixe lá ver, Tia Balbina, hoje, 29 de Janeiro, é São Pedro Nolasco”. O Pedro terá agora os seus 15 ou 16 anos, e conhece esta história. Perguntei-lhe há tempos: “Sabes, Pedro, por que razão tens esse nome?”. E ele respondeu-me: “Sei, sim senhor, a minha avó contou-me”.

Hoje, aonde é que os pais vão buscar os nomes dos filhos? Alguns, ingenuamente, respondem que não foram influenciados por ninguém, simplesmente gostaram daquele nome… Na verdade, porém, os gostos são influenciados pelas modas, pelos tempos…
E as modas de hoje podem não ser as de amanhã… O melhor mesmo é escolher os nomes que nunca passam de moda (José, João, Pedro, Filipe, Margarida, Sofia, Maria…)!

Tudo isto vem a propósito do mês de Outubro, chamado o MÊS DO ROSÁRIO (também é conhecido como Mês Missionário ou das Missões).
A palavra Rosário significa 'Coroa de Rosas'. É uma antiga devoção católica, e tem este significado: de cada vez que se reza uma Ave-Maria entrega-se à Virgem Maria uma rosa e por cada Rosário completo é-lhe entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo o Rosário, de igual modo, também tido como a mais importante de todas as devoções.
A oração do Santo Rosário surge por volta do ano 800, à volta dos mosteiros. Dado que os monges rezavam os salmos (que são150), os leigos, que na sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Ave Marias, ou seja 150 louvores em honra de Maria.
Segundo a tradição, a Igreja Católica recebeu o Rosário na sua forma actual em 1206, quando a Virgem teria aparecido a São Domingos e entregou-lhe o Rosário como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores. Desde então, a sua devoção propagou-se rapidamente em todo o mundo.
Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena, a meditação de um episódio da vida de Jesus ou de Maria e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios: 5 Mistérios Gloriosos (rezados à Quarta e ao Domingo), 5 Mistérios Gozosos (rezados à Segunda e ao Sábado) e 5 Mistérios Dolorosos (rezados à Terça e à Sexta).
Mais de 500 anos depois, em Outubro de 2002, no Ano Mariano, o papa João Paulo II fez uma pequena alteração ao Rosário, acrescentando-lhe os Mistérios Luminosos (que se meditam à Quinta-feira).

Mas por que motivo o Mês do Rosário é Outubro e não outro mês qualquer (o mês de Maio, por exemplo, como gostariam os devotos de Fátima)? Deve-se à festividade de Nossa Senhora do Rosário a 7 de Outubro. No dia 7 de Outubro de 1571, deu-se uma grande batalha naval, ao largo de Lepanto (cidade das costas da Grécia), opondo cristãos e turcos (muçulmanos). Dependendo do resultado do combate, as tropas turcas poderiam avançar por toda a Europa. O papa pediu então a todos os católicos que rezassem o Terço para que Nossa Senhora alcançasse a vitória dos cristãos.
Segundo a História, a batalha foi muito rápida, pois durou apenas 3 horas. E apesar das tropas turcas serem consideradas mais fortes, os cristãos venceram de maneira surpreendente! O resultado da Batalha foi considerado um verdadeiro Milagre, atribuído à intercessão de Nossa Senhora e à oração do Rosário. É essa a razão pela qual, ainda hoje, se celebra a Festa de Nossa Senhora do Rosário no dia 7 de Outubro e todo este mês é chamado «Mês do Rosário».
Esta festividade é um verdadeiro desafio e um apelo para que cada um de nós – e cada uma das nossas famílias – através da oração (e em particular da oração do terço), coloque em Maria, Mãe e Protectora, o seu olhar e a sua Esperança.


Pe. José Anastácio Alves

NOVOS PRESBÍTEROS PARA A MCLP

Com a partida do Pe Aloísio para Lucerna, a Unidade Pastoral (UP) da Missão Católica de Língua Portuguesa no Cantão de Vaud (MCLP-VD) sofreu uma reorganização. Antes de partir, o Pe. Aloísio fez todos os esforços para que mais dois padres viessem trabalhar para a nossa UP. E conseguiu. De origem brasileira, temos connosco e em pleno trabalho os padres Pedro e Hélder, membros desta família que fala português.
O Pe. Hélder chegou no dia 02 de Setembro e logo nesse dia teve a sua apresentação aos Conselhos das Comunidades (CC) da MCLP-VD onde já trabalha: Nord-Vaudois (Orbe e Yverdon-les-Bains) e Broye (Payerne).
O encontro foi em Yverdon, onde foi apresentado e onde se combinou com os membros dos diferentes CC’s o desenrolar da apresentação do novo presbítero à restante comunidade, na eucaristia de domingo.
Logo de seguida, tivemos uma partilha de comes-e-bebes muito agradável e que contribuiu para acentuar o agradável ambiente criado e proporcionou um tempo para que cada pessoa pudesse dialogar um pouco com o Pe. Hélder.

O Pe. Pedro chegou no dia 01 de Setembro, mas foi no dia 03 que, em Montreux, foi apresentado aos CC’s da Riviera (Vevey, Montreux e Aigle).
Tudo começou com uma visita guiada pelo Pe António Lopes à bonita igreja de Montreux. Aí o Pe. Lopes pôs o Pe. Pedro ao corrente de tudo o que era necessário para se sentisse à vontade quando viesse celebrar a eucaristia.
Chegados ao edifício da antiga Missão de Montreux, esperava-nos um excelente manjar: chanfana de cordeiro (perdoem-me se não é este o nome: só sei que estava excelente) preparada pelo Carlos Abrantes.
No fim (imaginem o sacríficio ...) foram as apresentações oficiais. Também aqui se combinou com os membros dos diferentes CC’s o desenrolar da apresentação do novo presbítero à restante comunidade, na eucaristia de domingo.
Tempo de conversa, tempo para se colocarem assuntos em dia e assim terminou este agradável encontro.

Ao Pe. Hélder e ao Pe. Pedro as nossas boas-vindas. Muito obrigado pela vossa disponibilidade em trabalhar nesta parcela do povo de Deus que fala em português, nestas terras helvéticas.
Esperamos que vos sintais muito bem entre nós.

NOVOS SACERDOTES APRESENTAM-SE: PADRE HÉLDER

Eu sou o Padre Hélder Agenor Benedet da Silva. Os meus pais são vivos e se chamam: Agenor Isaac da Silva e a minha mãe é a Ermelinda Benedet da Silva. Nos somos 7 irmãos e eu nasci em Praia Grande (SC) no dia 28 de Julho de 1962, mas cresci na cidade de Ararangua (SC), aonde estudei no colégio dos padres josefinos de São Leonardo Murialdo.

Estive muitos anos em Itália, em diversas cidades. Na cidade de Nápoles, estudei Teologia e fiz o meu mestrado em Teologia Bíblica. Fui ordenado padre no dia 19 de Março de 1994 pela Diocese de Carolina (MA) – Brasil. Na Itália, trabalhei alguns anos na Diocese de Rieti como pároco.
Em 2004 vim para a Suiça para ser pároco de São Jorge em Lostallo no cantão dos Grisões. Eu dava catequese na Escola Elementar da minha paróquia e também na cidade de Grono. O ano passado eu peguei para trabalhar as paróquias de Cauco, Santa Domenica, Augio e Rossa no Vale da Calanca. Tive uma boa experiência de catequese e de pastoral na paróquia Suiça de língua italiana.

O padre deve ser o pai espiritual da comunidade. Gostaria que as pessoas me chamassem quando tem algum doente no hospital ou em casa e também para visitar as famílias para nos conhecermos melhor. A Igreja é uma família. Vejo que é muito necessário fazer catequese, não somente para as crianças mas também para os adultos. Eu estou disponível para celebrar os Sacramentos mas também para ensinar e aprender a Palavra de Deus todos os dias. Jesus Cristo não é uma doutrina mas uma pessoa, que é viva no meio de nos. Temos que ama-lo e deseja-lo na nossa vida inteira.

Que Deus abençõe todos vocês.


Pe. Hélder

NOVOS SACERDOTES APRESENTAM-SE: PADRE PEDRO

Nasci em Lago da Pedra, Estado do Maranhão, no dia 6 de Dezembro de 1970. Meus pais José Benedito de Paulo (já falecido) e minha mãe Maria Lucimar Pereira de Paulo sempre participaram na Igreja e desde cedo ensinaram aos filhos o caminho de JESUS. Na igreja diante do testemunho e do zelo de frades alemães despertei desde cedo para a vida sacerdotal, ao tempo que admirava a coragem e audácia com que aqueles frades tinham deixado para trás uma vida e partido para uma terra distante numa época em que os meios de comunicações ainda eram muito precários. Diante de tal realidade despertei para um sonho de um dia também poder retribuir por tão grande generosidade. Partir em missão, partilhar de nossa pobreza de vocações passou a fazer parte do meu ideal de vida.
Em Fevereiro de 1988, deixei o lar paterno e parti para Bacabal para cursar o ensino médio, morando nesta cidade por 3 anos em casas de famílias que acolhiam os vocacionados, período em que estudava, trabalhava e participava do grupo vocacional, grupo de jovens e participava da liturgia na igreja São Francisco de Assis.
Em Fevereiro de 1991 deixei a cidade Bacabal e parti para São Luís ainda no meu Estado do Maranhão para ingressar no Seminário Interdiocesano Santo António. Após 5 anos de estudos, vi me obrigado a pedir um tempo, não desistindo, mas tendo a certeza de retornar algum tempo depois, o que realmente se concretizou. Neste período fiquei em Minas Gerais, onde trabalhei e continuei minha vida de Igreja, também ajudando em uma paróquia.
Em Minas Gerais ouvi um apelo da Igreja do norte daquele Estado.
Ingressei no Seminário Maior Imaculado Coração de Maria, onde estudei teologia, não chegando a concluir ali os teológicos, pois acompanhei meus pais que estavam retornando para o Nordeste. Em Teresina, no Estado do Piaui, durante aquelas ferias de Dezembro de 2000 reflecti bastante chegando a conclusão de deixar o seminário de Montes Claros para ficar mais próximo dos meus pais que necessitavam de minha atenção, e naquele período mais ainda meu pai que necessitava de cuidados especiais.

Em Fevereiro de 2001 em Teresina, no Estado do Piaui, estudei por um ano o curso de teologia, vindo a concluir o estudo teológico. Em Fevereiro de 2002 fui ordenado diácono, sendo ordenado Presbítero no dia 9 de Agosto daquele mesmo ano. Exerci a função de pároco nas seguintes cidades: Lagoa Alegre, Novo Oriente (este abrangia também Barra de Alcântara e Várzea Grande), Santa Teresa e auxiliar nas paroquias Santíssima Trindade e Imaculada Conceição, na vila Bandeirantes, sendo estas duas ultimas citadas, em Teresina.
No período em que estive na paróquia de Santa Teresa de Ávila tive a oportunidade de ir ao Santuário de Fátima, onde após alguns dias de atendimento nas confissões, resolvi realizar um sonho: O de visitar a sepultura de um frade alemão que tinha sido um factor importante para o prosseguimento dos meus estudos durante a minha adolescência. Estive por dez dias na Alemanha, em Dortmund, onde me hospedei na residência de um sacerdote piauiense, o qual faz parte da OCPM (Obra Católica Portuguesa das Migrações) e nesta cidade exerce sua missão junto aos portugueses. O Padre Edivaldo Batalha falou-me com muito zelo sobre a necessidade de mais sacerdotes para trabalhar junto aos portugueses, o que me levou a compreender ainda mais que a Igreja de Deus é uma só.

Quero colaborar com esta missão, mesmo que haja também necessidades em meu Pais, mas há um ditado que diz: “Não há ninguém tão pobre que nada possa dar e ninguém tão rico que nada possa receber”. Também o que me conforta e recordar sempre que sou fruto do anuncio e da coragem dos nossos irmãos europeus que nos precederam nesta fé.
Quero dizer a Deus:” Eis-me aqui Senhor, para fazer tua vontade, para viver do teu amor.”


Pe. Pedro

BEM-HAJAS, PADRE ALOÍSIO...

Marcaste indelevelmente a realidade da Missão Católica de Língua Portuguesa neste Cantão de Vaud (MCLP-VD). Fizeste um enorme esforço de aproximação e abertura da MCLP-VD em todos os sentidos e direcções.
Na comunidade de Yverdon, ao longo de seis anos, na comunidade de Lausanne, ao longo de quatro anos, marcaste, com a tua simplicidade e disponibilidade o coração de quantos te procuravam e de quantos te aproximaste.
Na relação com os teus irmãos no sacerdócio de Cristo, foste de uma solicitude e de uma amizade ímpar. Mesmo que, por vezes, incompreendido, não deixaste de fazer tuas as suas alegrias e tristezas, num verdadeiro martírio (testemunho) de quem se dá sem procurar retorno.
Com os padres que chegavam para aqui trabalhar, onde me incluo eu, tudo fizeste para que se sentissem em casa, para que a ruptura gerada com a saída do país natal tivesse o menor impacto possível. E, por mim falo, conseguiste e de que maneira. Tornaste tudo tão fácil com a tua amizade sincera.
Estás tão só a duas horas de distância, mas sem dúvida que é diferente: já não estás na porta ao lado, onde a qualquer hora podia bater, para contigo trocar duas de conversa (bom, ok, também duas ... de cerveja, não mais... quatro? ... enfim ...). Quantas gargalhadas, quantas preocupações, quantos problemas, quanta dor partilhadas e, assim, suavizadas pela partilha amiga e ajuda mútua.
A excelente recepção que a Comunidade de Lucerna te fez, na pessoa do seu Presidente, foi mais que merecida. As excelentes condições que te proporcionaram deixam-me numa alegria sem fim. Estou certo que o excelente trabalho que por cá fizeste o vais fazer também aí.
Que a Senhora do Rosário continue a ser a tua companheira de viagem e que o nosso Bom Deus te cumule das suas bênção e faça frutificar cem por um o teu trabalho.

Até sempre, amigo!


Pe. José Carlos


P. S. - Ah! Não penses que te livraste de nós...

... E BEM-HAJA PADRE ANTÓNIO LOPES

Não deixo de confessar que tenho uma pontinha de inveja do senhor: com essa excelente forma física e mental parte para o bem-bom e eu caquéctico fico no duro. Mas enfim, a vida é feita destas injustiças...
Muito obrigado por tudo. Pelo seu trabalho e dedicação ao serviço do Reino, pela sua proximidade, pela sua amizade e camaradagem.
O exemplo que vocês, os sacerdotes mais rodados na vida, nos dão a nós, os menos rodados, são um excelente estímulo a prosseguirmos em frente, no amor e serviço ao povo de Deus.


Que Jesus Cristo, o Único e Verdadeiro Sacerdote, o cumule das suas bênçãos e lhe continue a proporcionar uma excelente saúde para aproveitar o melhor possível e durante muito tempo, esta nova temporada em que está a entrar.

Não se esqueça de nós!
Um grande abraço.



Pe. José Carlos

A MISSÃO, APELO A TODA A IGREJA

O Dia Mundial das Missões que se celebra cada ano no penúltimo domingo de Outubro, constitui um chamamento a todos os cristão do mundo, a colaborar no anúncio da Boa Nova.
Este chamamento tem a sua raiz mais profunda no mandato missionário de Jesus, que, depois de ressuscitado, apareceu aos seus discípulos e disse-lhes: “Ide por todo o mundo e proclamai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15).
Respondendo a este mandato, desde os tempos das primeiras comunidades cristãs podemos ver algumas das formas por meio das quais os cristãos cooperam no anúncio da Boa Nova. Em primeiro lugar a oração (Act 6, 5; Fl 4, 6) e a ajuda material, por exemplo, as colectas feitas em favor da Igreja de Jerusalém (1Cor 16s), acompanhadas sempre de sacrifícios e jejuns gratos aos olhos de Deus.
A história da Igreja, ao longo de todos os séculos, está cheia de diferentes respostas ao mandato de Cristo que muitos cristãos deram, servindo com generosidade e entrega, cooperando assim na construção do Reino. A acção missionária da Igreja continua a ser urgente e necessária.

Na difícil tarefa da evangelização, a Igreja sente-se apoiada e acompanhada pela certeza de que o Dono da messe está com ele e guia sem cessar o seu povo.
Cristo é a fonte inesgotável da missão da Igreja.
Temos todos que tomar consciência da urgente necessidade de impulsionar novamente a acção missionária, diante dos múltiplos e graves desafios do nosso tempo. Fica ainda muito por fazer para responder cabalmente ao chamamento missionário que o Senhor não cessa de fazer aos baptizados.
Oremos juntamente com o Santo Padre, este mês para que, motivados pela celebração do Dia Mundial das Missões, cada cristão assuma a sua própria tarefa de anunciar a Cristo, como “serviço necessário e irrenunciável que a Igreja esta chamada a desempenhar em favor de toda a humanidade”, segundo as palavras da Intenção Missionária deste mês.


António Coelho, s.j.
in Mensageiro do Coração de Jesus, Outubro 2010

É PRECISO VOLTAR A ANUNCIAR

É preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do Cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano.

A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja.
Portanto a nossa fé tem fundamento, mas é preciso que a nossa fé se torne vida em cada um de nós.
Assim há um vasto esforço capilar a fazer para que cada cristão se transforme em testemunha capaz de dar conta a todos e sempre da esperança que o anima (cf. 1Pd 3, 15): só Cristo pode satisfazer plenamente os anseios profundos de cada coração humano e responder às suas questões mais inquietantes acerca do sofrimento, da injustiça e do mal, sobre a morte e a vida do Além.
Bento XVI
Homilia em Lisboa, 11 de Maio 2010

APRESENTADAS AS JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE 2011

Foram apresentadas no Vaticano as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que se realizarão em Madrid, de 16 a 21 de Agosto de 2011, com a presença programada de Bento XVI.
"Se cada Jornada Mundial da Juventude é um presente para toda a Igreja, também é, em primeiro lugar, para a Igreja local que a recebe", afirmou o Cardeal Antonio María Rouco Varela, arcebispo da capital espanhola.

A Espanha é o primeiro país a acolher as JMJ pela segunda vez. Em 1989, este evento foi realizado em Santiago de Compostela, quando o Cardeal Rouco Varela era ali arcebispo.
No dia 16 de Agosto de 2011 acontece a Missa de inauguração na Plaza de Cibeles, de Madrid. De 17 a 19 de Agosto, haverá catequeses em diferentes paróquias da capital espanhola.
No dia 18, os jovens darão as boas-vindas ao Papa. No dia 19, tem lugar a Via-sacra e no dia 20, a vigília no aeródromo Cuatro Vientos.
O evento termina no dia 21 de Agosto, com a Missa de encerramento e o anúncio da sede das JMJ de 2014.

A história das JMJ, que se realizam a cada 3 anos desde 1985, "é uma história fascinante, do nascimento de uma nova geração de jovens", disse o Cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.
"Temos certeza de que, também desta vez, os jovens responderão ao convite do Papa e Madrid se vai converter no lugar de uma nova epifania, de uma Igreja jovem, radicada e fundada em Cristo, sólida na fé", concluiu.