mardi 16 décembre 2008

TEMPO DE PARTILHA

As ruas estão enfeitadas, a cidade fica iluminada, as compras, os preparativos para a ceia, o encontro com a família…
O Natal está próximo!
Será que neste tempo nos apercebemos do verdadeiro sentido do Natal?
A igreja propõe-nos o tempo do advento para que ao longo destas semanas possamos descobrir a importância do nascimento de Cristo e nos deixemos inundar pelo seu amor.
Aproveitemos esta data para nos aproximarmos do próximo e partilharmos a alegria dos pastores frente ao nascimento do Salvador.


Pe. Aloísio

Nª. Sª. DA CONCEIÇÃO, PADROEIRA DE PORTUGAL

Perde-se no decurso dos séculos, o sentimento honroso a que obedeceu a criação solene de tomar como Padroeira de Portugal a Imaculada Conceição. Hoje, estamos porventura esquecidos, desde que a partir de 1917 se desviaram as intenções para o culto e devoção em honra de Nª Sª de Fátima.
Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade, de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja, o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição.
O Rei D. João IV, não esqueceu a exortação de Frei João de S. Bernardino, e nas cortes de 28 de Dezembro de 1645, conduziu os três Estados do Reino, a elegerem Nª Sª da Conceição, por defensora e protectora de Portugal e seus territórios.


A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:
“assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição, na forma dos Breves do Santo Padre Urbano 8º, obrigando-me a aceitar a confirmação da Santa Sé Apostólica e lhe ofereço em meu nome e do príncipe D. Theodósio, e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos a Sua Santa Caza da Conceição sita em Vila Viçosa”.

O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais propriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. Para que em todo o tempo haja a certeza desta nossa Eleição, promessa e juramento, firmada e estabelecida em Cortes, mandamos fazer dela três autos públicos, um que vai ser levado de imediato à Corte de Roma para se expedir a confirmação da Santa Sé Apostólica, outro que se juntará a esta confirmação, e o terceiro com cópia se guarde no Cartório da Caza de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e na nossa Torre do Tombo - Lisboa, aos 25 de Março de 1646; Baltazar Roiz Coelho, o fez; Pedro Vieira da Silva, o escreveu.
Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.
A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV, que faziam manter suspensas as nossas relações com a Santa Sé. Finalmente em 1671, Clemente X, aprovou e confirmou o decreto de el-Rei D. João IV. O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".
Com carácter excepcional, permitam-me os caros leitores, referir um facto que me ocorre na consciência e até no meu imaginário. Desde a minha infância aprendi e habituei-me a memorizar que o dia 8 de Dezembro, de Nª Sª da Imaculada Conceição, estava associado ao "Dia da Mãe".

In http://carlosnogueira.tripod.com/id27.html

ÀS PORTAS DO NATAL

O Advento é o tempo em que somos convidados a preparar o Natal de Jesus. Dito de outro modo: o Advento é o tempo para ABRIR PORTAS.
Para nós, os amigos de Jesus, abrir portas significa preparar o coração para que Jesus venha e reine... na nossa vida e no nosso coração.

Neste Advento, e à luz dos textos litúrgicos do Ano B, somos convidados a colocarmo-nos ÀS PORTAS DO NATAL, para, semana a semana, abrirmos portas a pessoas que nos ajudam a acolher Jesus que veio à dois mil anos, vem hoje e virá sempre que encontre uma Porta Aberta...
Na primeira semana do Advento, com ISAÍAS e os (outros) profetas, vamos abrir a PORTA DA ESPERA.
Queremos aguardar a vinda de Jesus, o Filho de Deus, que nos vem visitar... Vamos esperar como os profetas.
Na segunda semana, JOÃO BAPTISTA, convida-nos a abrir a PORTA DA PREPARAÇÃO. O desafio é o de preparar o caminho do coração para a vinda de Jesus, o Filho de Deus.
Na terceira semana, S. JOSÉ ajuda-nos a abrir a PORTA DA ALEGRIA. Trata-se de sentir e viver a alegria por poder acolher Jesus, que vem ao nosso coração...
Na quarta semana, MARIA ensina-nos a abrir a PORTA DO ACOLHIMENTO. É preciso receber bem Jesus...
O Tempo do Natal é de encontro. Trata-se de, com todas as PORTAS ABERTAS, nos encontrarmos com Jesus e vivermos o calor de Deus presente à nossa vida.
A Epifania ou Festa dos Reis é um convite a abrir a porta que ainda falta – a PORTA DA MANIFESTAÇÃO de Deus. Como os Magos, também nós queremos mostrar Jesus a toda a gente; queremos que todos abram a PORTA DA VIDA a Jesus...

NASCE NO NOSSO CORAÇÃO

O tempo de Natal proporciona muitas festas, particularmente ao nível das idades relativas à Catequese da Infância e da Adolescência. Não deixa de ser um contributo para a formação dos mais novos através das canções, poesia, encenações de diversos tipos. Também entre nós irá isso mesmo acontecer, na Festa de Natal, para as crianças da catequese das nossas Comunidades, terminando com uma celebração eucarística.
Numa das minhas pesquisas e leituras, neste contexto de Natal e Catequese, encontrei uma carta escrita por um grupo de adolescentes, de uma paróquia do patriarcado de Lisboa, que acharam que haviam de escrever ao Menino Jesus aconselhando-o onde ele hoje não devia nascer.
Para nossa reflexão aí vai o texto da carta:

“Não nasças no continente europeu: vão fazer de ti um consumista e um egoísta. Não nasças no continente americano: na América do Norte, ensinavam-te logo a ser capitalista, a fazer guerras e a seres dono do mundo; na América do Sul, punham-te logo a cortar cana de açúcar, a pedir esmola e acabas em menino da rua. Não nasças no continente africano: ficas logo com sida, com diarreia, põem-te uma espingarda nas mãos, se entretanto não morreres de fome. Não nasças no continente asiático: põem-te logo a fazer roupa, calçado e brinquedos para os meninos dos outros continentes e tu ficas sem infância.
No entanto, não deixes de nascer, mas o único lugar seguro é o coração de cada um de nós”.

MENSAGEM DO PRESÉPIO DE BELÉM

Todos os anos o Natal nos oferece a oportunidade de contemplar a Beleza e o Mistério do Presépio de Belém.
A manjedoira com o Menino, Nossa Senhora e S. José a contemplá-lo, os próprios animais por perto, parecendo querer associar-se, a serenidade e a paz que a noite inspira naquele campo de pastores, longe dos jogos de interesses próprios de ambientes palacianos – é este o quadro escolhido pelo próprio Deus para entrar no coração da Humanidade, fazendo-se um de nós, pobre com os pobres e amigo de todos, a começar pelos excluídos.

O Filho Único de Deus nasce, de facto, fora da cidade, num curral de animais, porque não havia para ele lugar nas casas das famílias nem nas hospedarias. Passou despercebido ao burburinho da cidade onde os populares se cruzavam, intensamente absorvidos pelos negócios e pela política (era tempo de recenseamento).
Mas Ele tem uma palavra para dizer a todos, aos que estão dentro e aos que estão fora da cidade; aos bem incluídos no processo e nos programas do desenvolvimento, como também aos que deles ficam excluídos.
É essa palavra dirigida a todos que nós queremos descobrir, este Natal, olhando para o Presépio montado em nossas casas, nos serviços públicos ou pelas ruas da nossa cidade.
Uma palavra que denuncia o materialismo e consumismo de muitos, mas também anuncia o amor de Deus para todos; palavra que convida a participar na aventura de construirmos em conjunto uma sociedade mais humana e solidária. Que o Menino de Belém seja o grande presente deste Natal para todos os homens e mulheres de boa vontade, principalmente para aqueles de quem mais depende a defesa dos direitos de todos e a definição do futuro da nossa sociedade.

OS MAGOS DO NOSSO TEMPO

Uma fila enorme de pessoas caminha para a Gruta de Belém. Não levam incenso, mirra, ouro. Levam um coração sofrido, dorido, esmagado. Esperam que o Menino o aceite e o transforme.

- Senhor, eu sou o Ibraim. Saí do meu país pobre em busca de um pedaço de pão mais abundante. Alguém, sem escrúpulos, prometeu-me um futuro radioso, mas exigiu-me tudo o que tinha. E eu vim, com intensas saudades dos que deixei, mas com uma esperança enorme de os ajudar. O barquito em que vinha amontoado despejou-nos na costa de um país rico e fomos abandonados. Fui levado ao tribunal como malfeitor. Por sorte, autorizaram-me a ficar. Caí nas mãos de um empregador sem escrúpulos que me pagava mal - quando pagava! Muitas vezes recorri aos caixotes do lixo para entreter a fome...

- Senhor, eu sou a Lisa. Fui raptada por criminosos e levada para a prostituição. Tinha 12 anos quando aconteceu. Meus pais continuam a procurar-me angustiadamente, mas os raptores puseram-me incomunicável. Destruíram-me e reduziram-me a um farrapo humano.

- Senhor, eu sou o Bonga. No meu país africano, vivo nas ruas de uma grande cidade com milhares de outras nas mesmas circunstâncias. Enxotam-nos como moscas desprezíveis e somos olhados com um misto de receio e de desprezo. A fome é mais do que muita e disputámos os restos podres dos caixotes como se fôssemos ratos.

- Senhor, eu sou a Frederica. No meu país, ganho o ordenado mínimo. Mas ainda bem que tenho trabalho... Meu marido caiu nos braços de uma outra mulher que era mais cheirosinha, bem vestida e de palavras enleantes. Fiquei só com os três filhinhos. Ele desapareceu e nunca mais quis saber. Tento ser mãe e pai. Mas é tão difícil! Renda de casa, vestir, calçar, comida, estudos... O dinheiro não chega. Já não sei o que hei-de fazer!

- Senhor, eu sou o Dino. Tenho 20 anos, embora pareça ser um kota. Este gosto de experimentar tudo e de ultrapassar todos os limites... Para não me sentir menos que os outros, experimentei a droga. Maldito dia e malditos amigos! Amigos??? Quem me pôs neste estado é tudo menos amigo. Fui expulso de casa, já estive preso por assaltos e zaragatas. Sinto-me só, desprezado, olhado de lado... Estou farto!

- Senhor, eu sou o Hussan. Sou de um país rico em petróleo que foi invadido com pretextos falsos. Uma vez, ao sair da oração, um bomba explode e fiquei sem braços. Ao meu lado, só via cadáveres. Mas esta cena repete-se diariamente e o meu país é um cemitério gigante...

- Senhor, sou a Dalila e tenho 75 anos. Vivo na rua de uma grande cidade europeia. Durmo no meio de caixotes abandonados e pedincho uma côdea para sobreviver. Mesmo quem me dá, afasta a cara. Outros nem olham e ouço piadas e chacotas que já nem magoam...

- Senhor, eu sou um bebé sem nome. Não tive a sorte de ter uns pais como tu. Minha mãe abortou e eu fui despejado ... E agora estou aqui, sem nome, sem identidade, sem futuro.

- Senhor, eu sou a Didinha e tenho sida. Nunca quis desistir de viver e procurei trabalho. Sempre fui cuidadosa e exigente no que toca à saúde dos outros. Mas quando souberam da doença que tenho, fui despedida com argumentos de ocasião. Mais que a doença, magoa-me o desprezo, o preconceito, o afastamento com que tantos e tantos me tratam.

- Senhor, eu sou o Joky, sou casado e tenho seis filhos. Sou alcoólico. O vício roubou-me a força e o gosto pelo trabalho. A vida da minha família é um inferno. Ninguém respeita ninguém e a violência física e verbal é o pão nosso de cada dia. Vale-nos o ordenado mínimo, que nunca nos chega porque não o sabemos administrar. Enquanto há, é um regabofe. Depois... Mas preocupam-me os meus filhos! Gerados no álcool, criados na violência e no sem-amor, que será deles? Mas eu não tenho forças para largar o maldito vício...

- Senhor, eu sou a Sila. Minha mãe é viúva e trabalhou e poupou quanto pôde para eu estudar. Acabei o meu curso universitário com boa nota. Mas estou desempregada e já me doem os pés e a alma de tanto procurar emprego. Sou muito humilde e não tenho cunhas. Tenho ocupado o tempo a pastorear as ovelhitas da minha mãe. Mas foi para isto que ela fez um esforço sobre-humano?

- Senhor, eu sou o Xavi. Escrevo nos jornais, já publiquei livros que tiveram grande recepção. Sou uma referência no meio intelectual do meu país. Alinho pela moda dominante e tenho usado o engenho e a inteligência para combater Deus, a Igreja, os crentes. Mas sinto-me vazio. O meu coração parece um deserto e sinto necessidade de procurar. O orgulho tolhe-me os passos e rebolo-me na angústia...

A fila é interminável. O Menino Jesus a todos acolhe, para todos sorri. Só se mostrou contrariado quando São José pediu às pessoas que deixassem descansar um bocadinho o Menino. José olha para o Pequeno e cala-se para Maria acrescentar: "O prazer deste Menino é estar no meio dos homens. Deixa-o estar que nós vamos estar com Ele também."

QUANDO FOR NATAL

Quando for Natal vamos viver em harmonia e em paz! Quando for Natal a humanidade pode enganar-se falando de temos esquecidos e já quase não vividos… Enfim, quando for Natal podemos viver o que não vivemos durante o resto do ano! Será este o Natal que desejamos, ou será que o resto do ano é que anda às desavenças com aquilo que verdadeiramente queremos? Sempre que celebramos o Natal ou tentamos encetar a tarefa de lhe dedicar algumas palavras, tentamos escolher adjectivos e verbos para fazer sobressair a época festiva. Falamos de harmonia, paz, alegria... tantas palavras que soam tão bem nesta época natalícia. Pois é... tentamos criar em alguns dias do ano a ilusão de que todo o ano é assim vivido. Ficamos com o nosso íntimo pleno de satisfação por enfeitarmos uma árvore de Natal com arrebiques coloridos e transportamos para o nosso ser essa ilusão: adornamos os nossos sentimentos e o nosso ser nesta altura do ano. Podemos viver numa aversão total aos valores natalícios durante o ano mas nesta altura, sim, nesta altura parece bem! Há uma expressão de âmbito popular que diz que o Natal é sempre que o Homem quiser. Enfim, será mesmo assim?
Pois é... O Natal está próximo. Sentimentos e desejos para esta festa? Sim, há muitos... Mas gostaria de expressar um só neste ano: que cada dia seja vivido com a verdadeira alegria cristã do nascimento de Jesus Cristo. Que a paz e comunhão transmitidas por este tempo festivo se estendam por todo o ano. Um santo e feliz Natal para todos.


Pe. A. Araújo

O EXEMPLO DA VIRGEM MARIA

Conta uma história que, «em certa terra, havia uma mãe que não conseguia que o filho voltasse para casa antes do pôr-do-sol. Então, resolveu meter-lhe medo, dizendo-lhe que o caminho que ele fazia de regresso a casa ficava cheio de assombrações mal o sol se punha. O rapaz, deste modo, assustou-se de verdade e o problema da mãe ficou resolvido: antes de o sol se pôr, lá estava o filho em casa.
O problema é que, com a idade, ele tornou-se um jovem medroso. Temia tanto o escuro da noite e as almas do outro mundo que era constantemente atormentado por pesadelos. Por isso, ao entardecer, era incapaz de sair de casa, fosse por que motivo fosse.
Então a mãe, preocupada, ofereceu-lhe uma medalha e disse que, se ele usasse aquela medalha, as assombrações e as almas penadas nunca lhe fariam mal.
A partir de então, o rapaz deixou de ter medo de sair à noite, mas fazia-o sempre com a medalha bem apertada ao peito».
Alguém se reconhece nesta história do padre António de Mello, contada no seu livro «O canto do Pássaro»?
Talvez muitos de vós respondam imediatamente: «sim, eu reconheço-me nesta história». É que esta história é o espelho de muita religião que por aí anda. Uma religião baseada no medo e na superstição. Havia alguma assombração para atormentar o rapaz? É claro que não! Mas ele acreditava que sim e não era capaz de sair à noite por causa dela… Aquela medalha livrava da assombração? É claro que não, mas ele acreditava que sim e andava seguro sempre que a trazia consigo!


Vamos celebrar o Advento e o Natal, que não nos anuncia uma religião do medo mas da confiança. Deus enviou o Seu Filho ao mundo para nos livrar do medo – do medo de viver e do medo de morrer. Quando, mesmo sem o querer, transmitimos às novas gerações uma religião do medo (quando vezes se pede o Baptismo porque se tem medo que a criança morra ou fique doente???; quando vezes se pede para benzer um carro ou uma casa por medo da inveja dos vizinhos ou da própria família???) estamos a dar cabo da religião! É certo que também houve um tempo em que os próprios padres pregavam uma religião baseada no medo; e o resultado foi que as igrejas ficaram cada vez mais vazias! Porque a religião do medo não se aguenta durante muito tempo!
Quantas pessoas iam à Missa por medo de que lhes acontecesse alguma coisa má? Quando perceberam que não lhes acontecia nada se faltassem à missa, deixaram de ir… Já uma vez alguém disse que não ia à Missa porque, como trabalhava por conta própria a consertar aparelhos eléctricos, cada vez que fosse à Missa perdia umas dezenas de euros…
Mas a Bíblia fala do «temor de Deus», dirão alguns de vós. É claro que fala! O «temor de Deus» é mesmo um dos sete Dons do Espírito Santo! Mas será que «temor de Deus» quer dizer «medo de Deus»? Afinal, qual é o pai que fica contente por um filho ou uma filha ter medo dele? E será que Deus fica contente se tivermos medo d’Ele?
O que é, então, o «temor de Deus»? O «temor de Deus» é o respeito devido a Deus. É dar a Deus o lugar que só Ele deve ter. É dar-lhe SEMPRE o primeiro lugar na nossa vida, porque mais nenhum Lhe serve! Deus não Se contenta com os restos, com o que nos sobra (do nosso tempo ou do nosso amor). Por isso, procuramos conhecer os Seus caminhos e a Sua vontade. Seguindo o exemplo da Virgem Maria, Mãe de Jesus.
No dia 8 de Dezembro celebramos a Imaculada Conceição, padroeira de Portugal. É certo que nos encontramos longe da pátria (e não vamos poder contar com o feriado!), mas, nesse dia, procuremos todos lembrar e homenagear Aquela que Jesus nos deixou como Mãe e a quem o rei D. João IV, em 1646, coroou como Rainha de Portugal.
Pe. José Anastácio Alves

KERMESSE DA MISSÃO

Foi um enorme sucesso a kermesse da nossa Missão, realizada nos dias 15 e 16 de Novembro. Centenas de pessoas acorreram à sala da paróquia de Ste-Thérèse afim de partilharem um momento de convívio e fraternidade, à volta de vários petiscos portugueses e uma boa garrafa de vinho tinto.
A kermesse (do flamengo Kerkmisse – Missa na Igreja) designa nos nossos dias uma festa paroquial de solidariedade ou uma feira anual.
Houve de tudo na nossa, desde a celebração de uma Eucaristia à venda de produtos diversos na perspectiva de angariar fundos para a Missão (o Bruno revelou-se um excelente comerciante), passando pelos tradicionais “comes e bebes” à portuguesa.
O bar foi gerido com audácia pelos elementos do grupo de jovens “Os Tugas” e o bailarico animado ao longo dos dois dias de festa pel’ “Os Emigrantes”, um grupo musical recem-constituído, e que nos proporcionaram em avant-première a sua estreia mundial...
Quem sabe, o começo de uma grande e promissora carreira!!!

MORGES: GRUPO DE JOVENS “RAIOS DE LUZ” COMEMORAM 1°. ANIVERSÁRIO

No passado dia 1 de Novembro o grupo de jovens da Comunidade Católica Portuguesa de Morges, “Raios de Luz”, festejaram o seu primeiro ano de vida. Segundo a sua impulsionadora e responsável, Patrícia Sampaio, “o grupo iniciou-se no domingo 21 de Outubro 2007, com apenas 8 jovens conversando à porta da capela da Longeraie, no fim da Eucaristia. A nossa ideia primeira era de conviver, partilhar , escutar e tentar encontrar um lugar para nos reunirmos, praticando o exemplo de Jesus. Também queríamos dar um novo sopro a nossa comunidade que se deixava levar pela rotina”.

Ainda segundo Patrícia Sampaio num só ano de existência “já tivemos a oportunidade de organizar várias actividades: a 14 de fevreiro 2008 organizamos um convivio de carnaval onde houve karaoké, uma dança coregrafiada e executada pelos membros do nosso grupo, com uma pinhata gigante que as crianças adoraram e os pais muito mais; vários convivios com outros grupos de jovens como Lausanne, Etoy e Renens, com desportos, jogos e grelhadas; uma saída ao Karting de Payerne, para uma tarde cheia de brincadeiras No dia 26 de Outubro 2008 organizamos um terço com procissão de velas a nossa Senhora de Fatima peregrina, e temos feito varias actividades de grupo como pastelaria, compota e geleia de frutos e alguns debates, tais como, a vida de Cristo, a ecologia, etc.”A jovem Patrícia conclui dizendo que “não temos projectos defenidos para o futuro, mas desejamos todos continuar unidos como até agora e trazer ainda mais jovens ao nosso grupo. No dia 14 de Dezembro vamos ajudar as catequistas a organizar os cânticos com os meninos da catequese e nesse mesmo dia mais alguns cabazes de Natal.”
José Martinho

PARTILHA

Estando na época de Natal, sabemos que só nesta altura sentimos algo distinto, que é o Espírito de Natal. Um Espírito o qual um grupo da Catequese de adolescentes, VIVE há mais de 2 meses.
Com os seus catequitstas, decidiram unir-se para mais um projecto especial, que é poder ajudar as pessoas mais necessitadas. Nisto, decidiram fabricar com as suas próprias mãos objectos de adorno e utilidade, para poderem trazer mais luz a algumas pessoas.
Estes trabalhos manuais não fazem sentido depois de ser fabricados, se os fecharmos em nós,
teriam mais sentido, se eles fossem oferecidas para uns anos, se fossem utilizadas para decorar a sala de jantar, e ainda outras coisas mais...
Ao mesmo tempo estamos a ajudar a dar mais luz a outras famílias.

Assim no dia 30 de Novembro, este grupo de adolescentes e seus catequistas estão na Eucaristia de Mon-Gré, a partilharem e o seu projecto e efectuaram a venda dos seus objectos, de igual forma ajudaram a motivar a Comunidade a viver o Natal que se aproxima , olhando para o nosso próximo, que é Jesus.

Bem hajam.

mardi 4 novembre 2008

ACOLHE A VIDA

Retomadas as actividades habituais na nossa Missão e Comunidades, iniciadas outras tantas a estrear, eis - nos chegados ao mês de Novembro, que se inicia com a celebração de Todos os Santos, para de seguida nos lembrar os Fiéis Defuntos.
Nestes mês, festeja-se também o São Martinho, com as tradicionais castanhas e água-pé.
De festa em festa, ou simplesmente virando a página de cada dia, assim corre o Tempo Comum, à medida que se aproxima a festividade de Cristo Rei e o Advento já espreita...
Não tarda estaremos a falar de Natal e de Ano Novo!
Ao parar um pouco para escrever estas linhas, dou-me conta da velocidade a que o tempo passa e da forma como a vida nos escapa por entre os dedos...
Dou-me conta de que é urgente viver a cada dia a plenitude das grandes e das pequenas coisas!

Acolhe a VIDA.

Pe. Aloísio

NOVEMBRO, MÊS DA ESPERANÇA

Ao iniciar o mês de Novembro, o calendário cristão propõe-nos duas celebrações distintas, mas que se completam uma à outra. No primeiro dia, que é Dia Santo e feriado em Portugal, a Igreja celebra a solenidade de TODOS OS SANTOS. No dia 2, celebramos a memória dos FIÉIS DEFUNTOS. Foi de propósito que se colocou uma celebração imediatamente após a outra.
Para nos recordar a todos que, após havermos celebrado com alegria os santos e santas de todo o mundo e de todas as épocas, devemos também recordar os nossos falecidos, entre familiares, amigos, colegas e vizinhos.

A primeira celebração, a do dia 1, chama-se «solenidade», quer dizer, dia solene, de festa. O dia 1 de Novembro não é dia das almas nem dia de pôr flores no cemitério (na verdade, a razão por que muitas pessoas começaram a ir neste dia ao cemitério é apenas por ser feriado e por o dia 2 ser um dia de trabalho). O 1º de Novembro é, portanto, dia de festa, de louvor e gratidão. É dia de alegrar-se com a vida de muitos homens e mulheres, de todas as épocas, idades e terras, que nos deixaram um exemplo de santidade cristã e de vida plena.
Os santos não são apenas padres e freiras. São também outros homens e mulheres, casados e solteiros, crianças, jovens e adultos. São tão santos o Francisco Marto e a Jacinta, que morreram com11 anos, como o santo Antão, que viveu até aos 105 anos!

O dia 2, esse sim, é dia dos Defuntos. A liturgia deste dia diz-nos que esta celebração é uma «memória». Ou seja, uma recordação de todos os que já partiram. Não somente para os chorar, como se apenas nos restassem as lágrimas e a saudade. Mas um dia para celebrar a Esperança que nos anima, a Esperança cristã que nos enche o coração.
Dia de recordar os defuntos, é claro, e de rezar por eles, mas animados pela Fé que nos diz que esses nossos irmãos e irmãs que já partiram deste mundo, se encontram agora mais perto de Deus do que quando caminhavam connosco sobre a terra.
São João da Cruz, grande santo e místico espanhol, compara a vida de Fé neste mundo a uma caminhada na «noite escura». Caminhar numa noite escura não é fácil…Viver realmente da fé não é fácil… Pode ser fácil acender uma vela a Nossa Senhora ou levar o filho à Igreja para receber o Baptismo ou a Primeira Comunhão… mas viver a vida inteira, 24 horas por dia, em atitude de verdadeira Fé, isso é muito mais difícil!
Por essa razão é que São João da Cruz compara a vida do crente neste mundo a uma «noite escura»! Uma «noite» no meio de medos e dúvidas, a par de esperanças e consolações.
Mas após a nossa morte, estaremos mais perto de Deus, havemos de estar com Ele face a face, e então já não é necessária a Fé. Os que morreram já não têm Fé, porque não precisam dela para nada! Eles estão junto de Deus, não precisam de acreditar n’Ele já que estão plenamente na Sua presença. Se estamos ao pé de alguém a quem amamos, não precisamos de fé para acreditar que essa pessoa está bem, pois vemo-la com os nossos próprios olhos!
Mete-nos medo imaginar que estaremos para sempre na presença de Deus? Só se tivermos de Deus uma ideia negativa e não a imagem de um Pai de Bondade e Misericórdia! Se amamos realmente a alguém mais do que tudo, poderemos sentir medo de estar junto dessa pessoa?


Oxalá este mês de Novembro sirva para fortalecer em todos nós a confiança no Amor infinito de Deus. A certeza deste amor de Deus dá-nos a garantia de que a nossa comunhão e amizade com os irmãos defuntos permanece para sempre.
Porque, como diz a Escritura, o Amor é mais forte do que a morte.


Pe. José Anastácio Alves

JESUS CRISTO PARA PAULO

Para Paulo, Jesus Cristo, veio ocupar o lugar que o Pentateuco (Lei) ocupava na sua mente e coração dos judeus. A Lei Nova substitui a Lei Antiga. Jesus é para ele o fim da Lei, é a Nova Aliança, a nova criação, é o único mediador da justificação e salvação do homem. Em 2Cor 5,18- 19, Paulo escreve: «Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação.»

Em Rm 1,4 Paulo afirma: «A promessa a Abraão concretizou-se em Cristo, constituído Filho de Deus com o poder do Espírito de santificação, através da ressurreição dos mortos».
Jesus Cristo é a sua vida, a sua esperança, o seu apoio, o seu modelo de vida, o seu Senhor e meta. (cf.Gl 2, 19-20). Jesus Cristo é o seu ponto de referência; é com Ele que relaciona todo o seu ser. Tudo sacrificou por Cristo. Para ele o viver é imitar Cristo, cristificar-se, anunciál’O e servi-l’O.
Em Ef 1,10 Paulo escreve: «Deus estabeleceu reunir todas as coisas em Cristo, uni-las a Ele como Cabeça da qual recebem orientação e força». Jesus Cristo aparece como a razão profunda da história e do futuro do homem: «Cristo, a glória esperada, está em vós.» (Cl 1,27).
Jesus Cristo é o fundamento em que se apoia, é o sangue que o faz viver, o modelo que ele procura imitar, é a meta que procura alcançar. Jesus faz nascer nele o ser novo, a «nova criatura» e o «homem interior» (2 Cor 4,16).

SÍNODO DOS BISPOS

No passado dia 5 de Outubro, quando ecoou no Vaticano o ‘veni creator spiritus’, começou oficialmente o Sínodo sobre “A Palavra de Deus na vida da Igreja”.

O que é o Sínodo dos Bispos?
Um Sínodo é uma assembleia representativa dos bispos de todo um mundo, convocada pelo Papa, para estudar, aprofundar e debater um tema actual na vida da Igreja. O tema “Palavra de Deus, experiência viva para todos”, é, sem dúvida, feliz e a exigir respostas aos desafios que a Palavra coloca aos cristãos.
O Sínodo concluíu-se, tecnicamente, a 26 de Outubro.
Mas um Sínodo nunca termina pois os seus frutos vêem-se tanto no tempo da preparação como na sucessão de acções a realizar.


Com que periodicidade se realiza um Sínodo?
Normalmente cada três anos.


O que esperamos deste Sínodo?
Esperamos uma maior valorização da Bíblia na nossa vida e na vida da Igreja:
- Ler, reflectir, interiorizar, meditar mais a Palavra de Deus escrita, na vida familiar e individual, como grande momento da revelação de Deus.
- Privilegiar mais a “Liturgia da Palavra” na Missa, nos Sacramentos, nas Celebrações, participando activamente e dando espaço maior à meditação.

A BELEZA DE DEUS

Há dias li um artigo na revista Notícias Sábado, assinado por Manuel Tavares, o seguinte:

Comigo a Igreja Católica teria de fazer um esforço grande e urgente para se tornar mais bonita e realista. Tornar-se mais atractiva”. E mais à frente: “Mesmo para o mais devoto dos padres ou dos leigos aspirar a ser bonito, a ter a sua igreja prazenteira, deve ser tanto ou até mais importante que ser caridoso”.

Vale a pena pensar nisto. Melhor: é preciso pensar nisto. A Igreja deve preocupar-se mais em mostrar a beleza de Deus em todos os seus sectores de actividade: celebrativo, catequese, pastoral juvenil, apoio socio-caritativo…
Permitam-me que faça esta pergunta: no que estamos a fazer, inseridos na Igreja, preocupamo-nos em manifestar a beleza de Deus? Preocupamo-nos em cativar
as pessoas? Colocamos sentimento nas coisas? Damos beleza à forma de as fazermos? Na minha opinião, a Igreja está a esquecer muito o sentimento. As pessoas cada vez mais vivem carentes, tristes, desanimadas. E é na Igreja que podem e devem encontrar um ambiente acolhedor, de amor, de alegria, de entusiasmo… e não de ameaças, de acusações, de doutores da lei que apenas ensinam aos outros… mas nem com um dedo tocam nos seus fardos (palavras de Jesus).
“Deus é amor”, diz S. João. Mas o amor é sobretudo sentimento. Isto quer dizer que Deus é sentimento. Então celebremos com sentimento, com vida, com entusiasmo, com festa. Falemos às crianças e jovens com sentimento, de uma forma atractiva, bela. Manifestemos isso mesmo também com as nossas atitudes, com o nosso sorriso, com o nosso olhar, com a nossa forma de falar e cantar. Como é possível ainda haver sacerdotes que se preocupem com se esta ou aquela música é litúrgica ou não, que uma viola ou outro instrumento que não seja o órgão, não possa entrar na igreja… Deus fica zangado? Que Deus é que essas pessoas conhecem? O meu não é certamente.
A Igreja está demasiado racionalizada, exageradamente preocupada com as leis e a transmissão da doutrina, que o faz sem beleza, sem cativar. Será atractivo o modo como fazemos as coisas?
“Cativar é criar laços”, diz Saint Exupery. Será que estamos a criar laços? Será que as pessoas os criam connosco? Será que podemos fazer alguma coisa para alterar este panorama? Ou vamos continuar orgulhosamente sós? Não nos ouçamos a nós mesmos. Perguntemos a opinião a essas pessoas a quem pretendemos chegar. Temos algo muito bonito a apresentar. E o que mostramos é, por vezes, demasiado feio, austero, sem vida, sem sentimento, sem brilho, sem alegria. Não adianta teimar em algo que já está comprovado que não está a atingir os seus fins. Façamos mudanças, avaliemos as metodologias e reajustemos as estratégias.

P.S. Deixo uma nota final. Não pensem que estou contra a Igreja ou que queira justificar quem dela se afastou (embora muitas vezes os compreenda). Apenas pretendo lançar desafios para que a Igreja (Bispos, padres, catequistas, cantores, etc) fique mais bela mostrando a beleza de Deus, com arte e sentimento.
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ENTREVISTA AO PE. JOSÉ ANASTÁCIO

O prometido é devido. Na última edição do Chama Viva demos-lhe conta da chegada de um novo Missionário, na pessoa do Pe. José Anastácio, e comprometemo-nos a dar a conhecê-lo melhor através desta entrevista que aqui publicamos:

Chama Viva - Conte-nos rapidamente o seu percurso como sacerdote.
Pe. José Anastácio
- Fui ordenado padre na Sé do Funchal no dia 28 de Julho de 1990. Depois de estar 2 anos a estudar em Roma, regressei em 1992 à Madeira e desde então trabalhei sempre em paróquias, quer como pároco, quer integrado em «equipa» pastoral. A vida de padre tem sido para mim uma experiência muito gratificante, que espero poder enriquecer ainda mais, com a partilha da fé com os emigrantes no país que nos acolhe a todos.

Chama Viva - Sei que já lecionou no estrangeiro, mas a Suíça é a sua primeira experiência nas Missões. O que é ser Missionário hoje, em nome de Jesus Cristo?
Pe. José Anastácio
- As minhas experiências no estrangeiro forma sempre muito curtas: um ou 2 meses, no máximo. Algumas vezes fui para leccionar nos Seminários (Maputo e Dili); noutras estive com os emigrantes portugueses, por exemplo, em certas ocasiões festivas.
Considero que ser missionário é procurar, em cada ambiente concreto, continuar a missão de Jesus. É sentir-se enviado (aliás, a palavra «missionário» quer dizer simplesmente «enviado»). Foi Ele que mandou aos seus discípulos que vivessem a sua fé como missionários: «Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova». Portanto, podemos ser missionários quando estamos na nossa própria terra, ou quando trabalhamos com os emigrantes ou ainda nas missões tradicionais em África ou no Oriente.

Chama Viva - Jesus Cristo confiou à Igreja, há 2000 anos atrás, a Missão de evangelizar todos os povos até aos confins extremos da Terra. Como se configura esta Missão hoje, no início do terceiro milénio, tendo em conta que devemos semear a palavra de Deus em meios hostis, de indiferença e violência, que tentam anular o bem ?
Pe. José Anastácio
- Naturalmente que, em cada época, a missão deve revestir características próprias desse tempo. Embora a tarefa da Igreja seja sempre a mesma (ou seja, anunciar Jesus Cristo e o seu projecto de salvação e libertação para todos), em cada época, ela precisa de estar atenta aos «sinais dos tempos».
O papa Paulo VI escreveu que «só há verdadeira evangelização quando a Igreja consegue ser fiel ao Evangelho e aos homens de cada tempo». Esta DUPLA FIDELIDADE é essencial em toda a evangelização: por exemplo, na catequese, na pregação, na atenção aos problemas das pessoas, etc. Se procuramos ser fiéis ao Evangelho mas não às pessoas do nosso tempo, as pessoas (sobretudo os jovens) não nos entendem, estamos a falar para o passado; mas se formos apenas fiéis ao tempo actual (às novidades) mas não ao Evangelho de Cristo, somos arrastados pelas modas e deixamos de evangelizar.
Se perdermos a «exigência» fundamental do Evangelho, que é o apelo à conversão, podemos tornar-nos num grupo como qualquer outro, uma espécie de clube de amigos, que é uma coisa interessante, sem dúvida, mas não é essa a missão da Igreja.

Chama Viva - Antigamente pensava-se que Missionário era aquele que partia para outras latitudes. A Europa enviava Missionários, não era território de Missão. No entanto, face às crescentes bolsas de paganismo, de abrandamento da fé, de situações de extrema pobreza e miséria, hoje já não é assim.
Pode dizer-se que hoje a Europa é território de Missão ? Mais, a Missão na Europa é uma realidade urgente ?
Pe. José Anastácio
- Na verdade, a terra inteira é terra de Missão. De modo especial a Europa. E até considero que a Missão na Europa é mais urgente e mais difícil do que em África. É que lá, quando chega o missionário, a sua presença é acolhida com alegria e entusiasmo, e depressa vê crescer o número de baptizados e de convertidos. Uma vez em Moçambique, estive numa celebração em que a maioria das pessoas ainda não era baptizada (a preparação para o Baptismo leva cerca de 3 a 4 anos) mas já ia todos os domingos à missa!
Na Europa, pelo contrário, todos acham que já nascem cristãos e já sabem tudo de religião. Pela minha experiência em Moçambique, vejo que uma criança ou adolescente em África, que anda na catequese e vai ser baptizada só aos 14 ou 16 anos, sabe mais de religião do que a maior parte dos nosso jovens e adultos que já foram crismados!
Portanto, na minha opinião, têm razão aqueles que pensam que a Europa de hoje é terra de Missão urgente! O problema é que, para a maior parte de nós, a fé é uma coisa quase morta, é como um prato sem gosto nem sabor, e isso torna mais difícil (mas mais urgente!) a Missão na Europa.

Chama Viva - Na sua Encíclica « Deus caritas est », o Papa Bento XVI reflecte sobre o facto de que cada comunidade cristã é chamada a fazer conhecer a palavra de Deus.
Diga-nos, Padre, de que forma poderemos fazer nascer um Missionário dentro de cada um de nós, cidadãos comuns ?
Pe. José Anastácio
- A primeira condição para cada um de nós se tornar missionário é tornar-se ouvinte da Palavra de Deus. O seguimento de Jesus faz-se, antes de mais nada, pela escuta. E as pessoas de hoje (não apenas as crianças e os jovens, mas também muitos dos adultos) têm muita dificuldade em escutar e em fazer silêncio. Gostamos de falar, mas não gostamos tanto de escutar, em especial nós portugueses: Portugal é o país da Europa que mais usa o telemóvel. Porquê? Porque gostamos muito de falar. É bom poder falar, mas é ainda melhor saber escutar. É por isso que Deus nos deu só uma boca, mas dois ouvidos, não é assim?
O segundo aspecto importante é o testemunho da vida e da fé. Para podermos ser missionários, na família, no trabalho, na escola, na comunidade, devemos escutar a voz do Senhor e dar testemunho sobretudo através da nossa vida. Já diziam os antigos: «o exemplo arrasta». Os pais (ou qualquer outro educador, seja professor, catequista, padre, etc.) falam sem precisarem de abrir a boca.
Por exemplo: se os pais mandam os filhos à catequese e vão com eles à Eucaristia, é como se dissessem: «filho, para nós a vida da fé e a participação na Missa é muito importante; é o momento mais importante da semana! Vamos dar-te o exemplo e depois, quando fores adulto, seguirás o teu caminho».
Mas se só os mandam à catequese e os levam logo para casa, não indo com eles à Missa, é como se dissessem: «despacha-te filho, que isto de vir todas as semanas trazer-te à catequese é uma grande maçada e a religião só interessa aos padres e às beatas. Eu quero é que faças depressa a primeira comunhão por causa da festa, que o resto não me interessa, nem tenho tempo para aturar o padre». Mesmo que os pais não digam nada, os filhos percebem perfeitamente se para eles Deus e a Igreja contam mesmo ou são apenas uma questão de tradição ou um pretexto para fazer uma festa com a família e os amigos!

Chama Viva - Vai ocupar-se essencialmente das comunidades de « La Côte », ou seja, Etoy, Morges e Nyon. Já teve oportunidade de contactar com essas comunidades. O que observou? Deparou-se com uma realidade nova e diferente daquelas a que está habituado?
Pe. José Anastácio
- É certo que já tive ocasião de contactar todas as comunidades onde irei trabalhar. Esta é, para mim, uma realidade nova. Como em todas as novas experiências que fazemos na vida, temos de aprender. A primeira coisa a fazer é, naturalmente, conhecer estas comunidades para melhor estar ao serviço da fé e da vida das pessoas que aí vivem. Nesta tarefa, eu conto sinceramente com a colaboração e o apoio de todas as pessoas que têm trabalho nos diversos sectores e serviços das comunidades. Todos são necessários e todos são importantes. E espero também que possam surgir outras pessoas disponíveis para dar a sua colaboração, onde houver necessidade dela. Costumo dizer que a Igreja ou a Comunidade não é uma estação de serviço ou um supermercado, onde cada um procura despachar-se o melhor que pode. A Comunidade é, antes de mais, uma Família, onde todos são responsáveis, embora cada um tenha a sua própria tarefa.

Chama Viva - Quer deixar uma mensagem para todos aqueles que têm neste momento o « Chama Viva » entre mãos, e as suas perspectivas para o futuro desta Missão no cantão de Vaud?
Pe. José Anastácio
- A mensagem que deixo a todos os leitores de «Chama Viva» é que procuremos arranjar tempo para cuidar desta luz pequenina mas fundamental que é a nossa Fé, apesar da vida tão cheia e tão difícil que é a vida do emigrante.
Se plantarmos flores ou uma árvore, mas não cuidamos delas, o nosso jardim transforma-se em mato! Se deixarmos de cuidar e de alimentar a nossa Fé, podemos continuar a baptizar os filhos ou a acender velas a Nossa Senhora, mas se calhar daqui a pouco o que nos resta será muita tradição, mas pouca Fé autêntica.
Se eu estou na cama de um hospital, não são as tradições da minha terra que me vão dar alento e coragem, mas a minha Fé em Deus, não é verdade? Eu gosto das tradições, elas são uma coisa muito bonita para qualquer povo, mas só a Fé verdadeira ilumina a nossa vida e nos anima e conforta em todas as horas.
José Martinho

LIÇÃO DE S. MARTINHO


É difícil falar no mês de Novembro sem falar no S. Martinho. Penso até que é possível dizer que não existe escola no nosso país que não prepare um modo de celebrar este dia e de diversas formas se apresenta a história de S. Martinho às crianças e às populações.
E também diferentes interpretações se dão ao gesto generoso de rasgar e dar a sua capa ao homem pobre e desprotegido. Apesar de estarmos a iniciar o mês de Novembro o mau tempo parece não aparecer, e é-nos difícil imaginar o valor que esse gesto tem se não sentimos na pele o frio e a chuva.
Mas sem ser no sentido meteorológico, encontramos algumas pessoas que sofrem não na pele, mas sim no coração, e não é a chuva e o frio que as faz sofrer mas sim desgostos, vazios, desilusões e muitas preocupações. Seria interessante se todos pensássemos que «capas» temos para partilhar e aquecer esses corações. Se nos sentimos revestidos do Espírito Santo decerto
nos sentimos prontos a partilhar, e se todos dermos um bocadinho do nosso tempo, da nossa paciência e do nosso amor, Novembro pode ser um mês menos frio e chuvoso para muitos corações.

Pe. Aloísio

BAPTIZADOS


Que Deus abençoe e ilumine estas crianças e seus pais e padrinhos

Receberam o Sacramento do Baptismo:

Andreia Ferreira Ramos, 28.09.2008
Melissa Ferreira Ramos, 28.09.2008
Oceane Patrícia de Sousa, 05.10.2008
Edgar Moreira de Andrade , 11.10.2008
Marina Pereira Lucas, 12.10.2008
Nicola Pinheiro Martins, 12.10.2008
Alesssia Maldonado, 12.10.2008
Luka Paraíso Dias, 18.10.2008
Yvano Magalhães Lopes, 19.10.2008
Tiana Magalhães Lopes, 19.10.2008
Melanie Santos, 25.10.2008

TOME NOTA - VIDA DAS COMUNIDADES

HORÁRIOS DAS EUCARISTIAS DA MISSÃO CATÓLICA DE LÍNGUA PORTUGUESA – VD

ZONA PASTORAL DE LAUSANNE


Notre Dame Lausanne (Valentin)
Sábados às 20h00

Mon-Gré
Domingos às 11h30

Renens
Domingos às 18h00

ZONA PASTORAL DE LA COTE

Nyon
Sábados às 19h30

Etoy
1º e 3º Domingo às09h00

Morges
Domingos às 10h15

ZONA PASTORAL DE LA RIVIERA

Montreux
Domingos às 09h00

Aigle
Domingos às 10h30

Vevey
Domingos às 19h00

ZONA PASTORAL do NORD VAUDOIS

Yverdon
1° Sábado mês às 19h30
Domingos às 08h30

Orbe
Domingos às 11h30

ZONA PASTORAL da BROYE

Moudon
1º Domingo mês às 09h30

Payerne
1º/3º Domingo mês às 11h15

KERMESSE 2008

Kermesse 2008
Salle de paroisse de Ste-Thérèse
Ch. du Couchant 15
1007 Lausanne

***

SÁBADO, 15 DE NOVEMBRO
18h00 - Projecção do filme (O filho pródigo) para as crianças da Catequese – Salle de Montoie

19h30 - Eucaristia
20h30 - Serviço de bar e petiscos com sabores portugueses, animações, tômbola e venda de artigos diversos

DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO
12h30
- Almoço, serviço de bar e restauração, com vários petiscos à escolha :

Feijoada à portuguesa
Rissóis de camarão
Orelha de porco
Moelas
Frango frito

14h00 - Animação musical e venda de artigos diversos

16h00 - OFERTA DE CALDO VERDE E CASTANHAS ASSADAS

dimanche 5 octobre 2008

ENTREGA PESSOAL...

Como o Outono, aqui estamos nós a deixar estas folhas... que não são secas, mas de partilha, de comunidade: já não passamos sem o “Chama Viva” para construirmos as nossas comunidades.

O fim do ano pastoral de 2008 foi intenso e muito importante.
As férias foram, no meu entender, bem merecidas. Neste início de ano pastoral, o convite é a continuarmos a crescer, a despertar a importância da fé na vida de cada um, a levarmos uma vida espiritual séria e profunda, a colocarmos ao serviço de todos os dons que Deus confiou a cada um, a celebrarmos a Eucaristia como verdadeiro centro e alimento único da nossa vida cristã, testemunharmos a alegria da fé na unidade da comunidade e irradiarmos amor para os que mais sofrem e para os mais pobres. São metas de sempre porque é aquilo que devemos ser, se é que queremos ser cristãos, membros de Cristo na Igreja.
E ninguém se sinta de fora: somos todos chamados a vir por este caminho, um caminho que Cristo faz connosco quando nos dispomos a caminhar com ele.

Infelizmente nem todos pensamos assim a Igreja, e, por vezes, colocamos Deus depois de outras coisas que nos parecem mais importantes ou mais interesseiras. Infelizmente, ainda há quem seja cristão dos tempos livres: isso da fé é para quem tem tempo ou para quando tenho tempo.
É uma forma de paganismo, um modo subtil de desprezar Deus e a fé. Isso não constrói a comunidade, pelo contrário.
Novo ano que começa e de novo o apelo a que todos nos enchamos de forças para seguir a Cristo, para darmos à Igreja aquilo que podemos: a nossa fé activa, a nossa generosidade possível, o nosso tempo com amor e entrega aos outros por causa de Deus.

Pe. Aloísio

GRUPO DE JOVENS “TUGAS” NA ITÁLIA

O Grupo de Jovens “Tugas” festeja o seu 2° ano de existência. Para comemorar este evento, uma viagem foi organizada pelos seus animadores. Graças à Deus, a viagem correu muito bem, os jovens ficaram muito felizes por poder concretizar este projecto que já tinham planeado desde o início do ano.
Tudo começou no dia 20 de Setembro, tínhamos encontro às 05h30 em frente à estação de Lausanne para a nossa viagem de autocarro à Italia, e não foi muito díficil para os nossos jovens acordar cedo, pois eles já esperavam este dia há mais de um ano!

A nossa primeira paragem foi Verona. Cidade romântica que atrai hoje milhares de turistas, (sobretudo namorados), e pelo que conta a história é onde morava Romeu e Julieta.
Ao lado da imagem da Julieta, assistimos a um pedido de casamento, até ficámos todos comovidos. Na hora do almoço, comemos todos juntos ao lado da Arena de Verona, um anfiteatro conhecido pelas monumentais produções de ópera. Como tínhamos tempo, deu para ir fazer um pouco de “shopping”.
No final da tarde fomos para Lido di Jesolo perto de Veneza para o nosso hotel. Ao chegar lá, os nossos jovens ficaram surpreendidos ao ver que o nosso hotel ficava à beira mar, parecia um sonho... Pena ser o final da época estival e a água estar um pouco fria, assim não foi possível dar alguns mergulhos.

No Domingo 21 de Setembro, acordámos muito cedo, às 06h30, íamos para Veneza. Tivemos um barco privado para ir até lá. Muitos jovens adoraram o passeio no mar, enquanto outros receavam cair à água, mesmo não havendo nenhum risco. A nossa visita em Veneza foi feita com um guia onde aprendemos muito sobre esta lindíssima cidade romântica cheia de momumentos, canais, pontes e gôndolas. Assistimos a uma missa em italiano na Basílica de São Marcos, sede do patriarca de Veneza que contém as vestes de San Marco Evangelista. Esta experiência revela-nos que ao longo de uma missa, mesmo em outra língua, conseguimos seguir e reconhecer os momentos mais importantes da Eucaristia. Vimos muitos monumentos como: Torre dell'Orologio (Torre do Relógio): situada também na Piazza di San Marco, a torre simboliza a sede dos poderes políticos e religiosos e fomos também para a ponte “Rialto” que atravessa o Grande Canal, onde há uma grande actividadade comercial.

À noite no hotel, festejamos os 16 anos da Aline, momento inesquécivél! Encomendámos 2 bolos, um para celebrar o seu aniversário e outro para os 2 anos dos Tugas. Estes doces foram uma delícia!
No dia 22 de Setembro, acordámos outra vez às 06h30, tínhamos de regressar à Suiça mas com uma última paragem em Milão, capital da moda. E óbvio que as nossas jovens aproveitaram para fazer “shopping”. Também, fomos ver O Duomo di Milano, monumento símbolo do património Lombardo dedicado à Santa Maria Nascente.
Em conclusão, podemos dizer que este fim-de-semana teve as noites curtas mas muito animadas (sobretudo durante a viagem no autocarro), e que a Itália é um país lindissimo, apesar da língua ser diferente. A comida italiana é deliciosa sobretudo os gelados e o café com pimenta do Pe. Aloisio.

Este fim-de-semana de convívio ajudou a criar uma grande união e forte amizade no grupo de jovens os “Tugas” que foi vivida com muita emoção. Foi um passeio cheio de descobertas, visitas e aventuras. No regresso desta viagem, os jovens confiaram-nos que éramos como uma família et que na semana que se seguiu à viagem sentiram alguns momentos de solidão.
Aproveitamos por este meio para agradecer ao Pe. Aloísio que sempre nos apoiou neste projecto e que nos acompanhou nesta viagem, ao Pe. Murias que celebrou as Eucaristias no lugar do Pe. Aloísio, à Adozinda Da Silva que nos ajudou a ter as autorizações para os menores na Commune de Lausanne, aos pais que nos confiaram seus filhos, os jovens do grupo que se portaram lindamente e nos deram a confiança para concretizar este projecto e também a todas as pessoas que nos apoiaram durante estes 2 anos.

Agora a única pergunta dos nossos jovens é: quando e onde a nossa próxima viagem?

Ana Sofia e Nuno Pires

IGREJA CELEBRA EM OUTUBRO O MÊS DO ROSÁRIO E DAS MISSÕES

Neste mês de Outubro, Mês das Missões, a Igreja Católica celebra, no próximo dia 19, o Dia Mundial das Missões. Assim, em todo o mundo, são intensificadas as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da missão universal.
O objectivo do Dia Mundial das Missões é promover e despertar a consciência e a vida missionária cristã, as vocações missionárias, bem como promover uma Colecta Mundial para as Missões, para o sustento de actividades de promoção humana e evangelização nos cinco continentes, sobretudo em países onde os cristãos são ainda uma minoria e as necessidades materiais mais urgentes. Em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, o tema escolhido para a Campanha Missionária -2008 é: "A fé move montanhas”.

Por outro lado, o mês de Outubro também é dedicado ao Rosário. Trata-se de uma oração fortemente contemplativa e poderosa: Eis porque o Papa João Paulo II exortou os fiéis "a fazerem do terço a oração de cada dia."

A oração do terço nasceu de maneira muito humilde nos primeiros séculos do segundo milénio cristão.
Com a meditação dos mistérios gozosos, dolorosos, gloriosos e luminosos, esta oração, se bem entendida, mantém a alma fortemente contemplativa.
Em Fátima, Maria faz este pedido a três crianças, rezem o terço todos os dias, para a paz do mundo e a conversão a meu filho Jesus.

Será que este pedido hoje estará desactualizado, não terá razão de ser ?
Que cada um de nós encontre no seu interior a Voz da Mãe e lhe dê a sua resposta.

COM SÃO PAULO RENOVAR A MISSÃO

“Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” escreveu Paulo aos cristãos de Corinto. Desta forma, em poucas palavras, descrevia como era a sua vida desde o dia em que tinha encontrado Jesus na estrada de Damasco. Paulo tornara-se um missionário incansável cruzando, por terra e por mar, a geografia de então anunciando o Reino de Deus e a Boa Nova de Jesus Cristo a todos, nunca desistindo face às dificuldades, perigos e perseguições.

Estamos a iniciar o Ano Paulino para celebrar os 2000 anos do nascimento de São Paulo. Segundo os historiadores, Paulo teria nascido entre os anos 7 e 10 depois de Cristo, na cidade de Tarso, na actual Turquia. Morreu no ano 67, em Roma. Ao celebrar um Ano Paulino, a Igreja quer redescobrir a pessoa de São Paulo e os seus ensinamentos, e promover a unidade entre os cristãos. De 29 de Junho deste ano a 29 de Junho de 2009, a atenção da Igreja estará centrada na vida e obra deste grande apóstolo para viver hoje, de forma mais decidida, no seguimento de Jesus.No começo deste Ano Paulino gostaria de salientar dois aspectos do trabalho apostólico de São Paulo: o rasgar de novos horizontes missionários e a co-responsabilidade na missão.


Paulo alargou os horizontes da missão proclamando o Evangelho aos gentios, ou seja, os que não pertenciam à cultura judaica. Tinha a convicção de que a boa nova do Reino devia ser anunciada a todos e que ninguém estava excluído deste anúncio por causa da sua origem étnica ou filiação religiosa. Para isso, dirige-se às cidades gregas, dialoga com as correntes filosóficas de então, numa linguagem compreensível para os seus ouvintes. Em Corinto, anuncia o Evangelho às classes mais desfavorecidas, aos pobres e aos escravos. Ele próprio continua a exercer a sua profissão de fabricante de tendas para poder estar inserido na vida social e económica do seu tempo.

Na sua missão, Paulo contou sempre com o apoio de muitos colaboradores. As suas cartas e o livro dos Actos Apóstolos enumeram um vasto grupo de pessoas, homens e mulheres, de profissões e origens diversas, que com ele trabalhavam no anúncio da Palavra e na instrução das comunidades cristãs. Paulo tem a consciência de que a missão não é um acto individual, isolado da comunidade crente. A comunidade envia-os em missão, acompanha-os na oração e, às vezes, ajuda-os com o apoio logístico e material.

Penso que estes poderiam ser dois desafios para vivermos com algum proveito este Ano Paulino: rasgar novos horizontes de missão, como, aliás, pede o Congresso Missionário Nacional a realizar em Setembro e fomentar, cada vez mais, a missão partilhada com os leigos, a igreja local e os outros institutos religiosos e missionários.

Pe. José Antunes, in Contacto svd

CORRECÇÃO FRATERNA

As leituras de um fim-de-semana, não muito distante, fizeram-nos fazer reflectir sobre a correcção fraterna, feita com amor e para o bem da pessoa. Muitas vezes, com a ideia de uma pseudo-educação que pretende corrigir os que erram, cometemos verdadeiras atrocidades pedagógicas, com efeitos devastadores na vida emocional e psíquica da pessoa corrigida.

Na vida do dia a dia, trabalho, família, Comunidade, também nos deparamos com estas situações, onde pretendemos corrigir e reprimir comportamentos desviantes. É legítimo que o façamos. Mas o modo de o fazermos deve ser reflectido, para que os estragos não sejam maiores. Uma história para nos fazer pensar: um dia, um rei teve um sonho. Quando acordou, mandou chamar alguns sábios, afim de que interpretassem o seu sonho. Depois de terem reflectido, chegaram junto do rei e disseram: “majestade, temos uma má notícia para lhe dar:
lamentamos informar que o seu sonho quer dizer que o Senhor vai perder toda a sua família, ficando sozinho”. O rei não gostou, e mandou castigar os sábios. De seguida, mandou chamar outro sábio. Este, depois de ter reflectido, comunicou ao rei: “majestade, tenho uma boa notícia para lhe dar; o Senhor vai sobreviver à sua família”. E o rei, agradado pela notícia, cumulou o sábio com riquezas.

Tem direito a corrigir quem antes soube elogiar. Porque é que a maioria das nossas palavras são negativos e para repreender? A palavra “não”, está sempre pronta a ser proferida, mesmo antes de ouvirmos o que o outro tem a dizer.
Quando olharmos para a pessoa, não olhemos apenas para os seus defeitos. Vejamos a pessoa no seu todo, com virtudes e defeitos. Nessa altura, a correcção pode doer, mas não magoa. E então, surtirá os efeitos desejados.

Pe. A. Araújo

VIDA DA MISSÃO

Notícias da Catequese
A catequese de infância, nas nossas Comunidades ( Valentin e Mon- Gré), este ano 2008/09 , foi iniciada com uma reunião geral de catequistas nos passados dias 12 e 13 de Setembro.
À semelhança dos anos anteriores, os nossos catequistas realizaram o seu compromisso, agradecendo ao Senhor a Confiança neles depositada e pedindo-Lhe a Sua Graça para poderem ser fiéis e levarem a bom termo tão grande e nobre Missão.
Eles, gostariam de poder contar também com a colaboração da Comunidade, especialmente dos Pais e encarregados de educação dos nossos catequizandos. Sabemos que juntando esforços e caminhando todos em sintonia no mesmo sentido, poderemos certamente proporcionar às nossas crianças e jovens um testemunho mais real e convincente.
Queremos ser Comunidades e uma Igreja em movimento que necessita da colaboração de todos para que, cada vez mais, sejamos cristãos conscientes da nossa fé!


Pequenos cantores
Na nossa Missão existe um grupo de crianças chamado: "Os Quinas", que se formaram a partir de um desafio da Nadia e Andreia.
Estes pequenos cantores, têm vindo a preparar-se, realizando os seus vários ensaios, no sentido de mais tarde se integrarem na vida da Missão, nas suas Celebrações.
Transmitem e cantam com muita alegria todos os cânticos que aprendem. São crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 13 anos, cheios de garra e vontade de aprender a cantar melhor. Todos eles têm vindo a demonstrar muito empenho, chegando alguns, a ensinar os pais em casa, com o carinho e dedicação inerente às suas idades.
Ensaiam às quartas-feiras, ás 18h00 na sede da nossa Missão ( Av. de Morges 60 D – Lausanne ).
Todos podem comparecer, pois neste grupo, além de aprenderem a cantar melhor, estes meninos e meninas criam amizades e desenvolvem um espírito de equipa e cooperativismo, que será importante para o caminhar das suas vidas.
São crianças interessadas e muito, muito, muito queridas, pois levam muito carinho e muito amor no seu cantar, e o seu olhar enche-nos o coração.
Agradecemos à Nadia e Andreia, pelo desafio que lançaram e por estarem sempre a encorajar as crianças a serem mais e melhores na divulgação da Palavra de Deus e na união fraterna na nossa Missão.
A todos os pais que estejam interessados e a todos os filhos que querem que os seus pais estejam interessados, cá estaremos, nos horários acima mencionados, para vos receber com muito amor e muita música !!!!!
Apareçam!!!

Calendário dos Quinas

09 de Novembro Eucaristia em Mon - Gré
15 de Novembro Eucaristia no Valentim
23 de Novembro Eucaristia em Renens

Grupo de Jovens
O princípio deste ano pastoral foi realizado. A chegada de novos elementos veio trazer nova força e novas ideias. Todos sentimos que é difícil haver compromisso,
estar sempre presente, aderir às várias actividades, contudo, eis que agora queremos arrancar com mais vontade.
O programa para este ano é o seguinte: trabalharmos para e na comunidade, no serviço e na animação, haverá temas de reflexão, formação; teremos momentos de oração, iremos ajudar na vertente social.
Reunimo-nos às Sexta-feiras, às 20h00 na sede da Missão.
Consultem o nosso site internet: http://www.grupojovenstugas.com/
São todos mesmo bem vindos.
O grupo de jovens está sempre aberto à espera de mais gente. Por isso, quem quiser vir, está de parabéns.

"GRUPO CORAL" - 10 ANOS DE VIDA

Celebrar os vossos 10 anos de existência torna-se, essencialmente, motivo de júbilo e de festa pelo caminho percorrido, ao mesmo tempo que se manifesta num momento propicio de louvor e acção de graças a Deus, pelos talentos e dons que vos concedeu.
Ao longo destes 2 anos, enquanto pároco da Missão Católica de Língua Portuguesa no Cantão de Vaud, foi-me dado a acompanhar parte do vosso percurso e ficar, de certo modo, ligado à vossa história!

Agradeço, por isso, ao Senhor por esta oportunidade, bem como a todos os elementos do Grupo Coral, ao seu responsável e director, o Jorge Silva, pelo facto de, a mim como a toda a Comunidade, nos ajudardes a rezar e a celebrar melhor os Mistérios de Deus.
Para todos os que fizeram parte da vossa caminhada e já partiram para a eternidade, rogo ao Senhor da Vida os aceite no Seu Coro Celeste.

Bem hajam pelo trabalho já realizado e continuem com a preocupação de cantar não apenas com arte, mas também com alma.

Parabéns e “ad multos annos”.
Pe. Aloisio

BAPTIZADOS

Que Deus abençoe e ilumine estas crianças e seus pais e padrinhos

Receberam o Sacramento do Baptismo:
Joana de matos Barbosa, 06.07.2008
Raphael Jones Dias da Silva, 07.07.2008
André Magalhães Azevedo, 27.07.2008
Yara Almeida Pedro, 31.08.2008
Ana Clara da Silva Duarte, 07.09.2008
Lara Rachelly Oliveira de Matos, 21.09.2008

NOVO MISSIONÁRIO NO CANTÃO DE VAUD

A Missão Católica de Língua Portuguesa no Cantão de Vaud regozija-se de acolher, e dá as boas vindas ao seu novo missionário, Pe. José Anastácio, que se ocupará a partir deste momento das comunidades de “La Côte”. No próximo número do Chama Viva, faremos uma entrevista ao Pe. José Anastácio, no sentido de o conhecer melhor, assim como as motivações que o trouxeram até nós.

VIDA DAS COMUNIDADES (LAUSANNE, RENENS E VEVEY)

Aqui fica a agenda que nos permitirá organizar melhor a nossa vida Comunitária:

Em Notre Dame de Lausanne no Valentin:

Todos os Sábados


18h15 Catequese
20h00 Eucaristia

Em Mon-Gré:

Todos os Domingos


10h00 Catequese
11h30 Eucaristia

Em Renens:

Todos os Domingos


16h30 Catequese
18h00 Eucaristia

Em Vevey:

Todos os Domingos


17h30 Catequese
19h00 Eucaristia