dimanche 5 octobre 2008

COM SÃO PAULO RENOVAR A MISSÃO

“Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” escreveu Paulo aos cristãos de Corinto. Desta forma, em poucas palavras, descrevia como era a sua vida desde o dia em que tinha encontrado Jesus na estrada de Damasco. Paulo tornara-se um missionário incansável cruzando, por terra e por mar, a geografia de então anunciando o Reino de Deus e a Boa Nova de Jesus Cristo a todos, nunca desistindo face às dificuldades, perigos e perseguições.

Estamos a iniciar o Ano Paulino para celebrar os 2000 anos do nascimento de São Paulo. Segundo os historiadores, Paulo teria nascido entre os anos 7 e 10 depois de Cristo, na cidade de Tarso, na actual Turquia. Morreu no ano 67, em Roma. Ao celebrar um Ano Paulino, a Igreja quer redescobrir a pessoa de São Paulo e os seus ensinamentos, e promover a unidade entre os cristãos. De 29 de Junho deste ano a 29 de Junho de 2009, a atenção da Igreja estará centrada na vida e obra deste grande apóstolo para viver hoje, de forma mais decidida, no seguimento de Jesus.No começo deste Ano Paulino gostaria de salientar dois aspectos do trabalho apostólico de São Paulo: o rasgar de novos horizontes missionários e a co-responsabilidade na missão.


Paulo alargou os horizontes da missão proclamando o Evangelho aos gentios, ou seja, os que não pertenciam à cultura judaica. Tinha a convicção de que a boa nova do Reino devia ser anunciada a todos e que ninguém estava excluído deste anúncio por causa da sua origem étnica ou filiação religiosa. Para isso, dirige-se às cidades gregas, dialoga com as correntes filosóficas de então, numa linguagem compreensível para os seus ouvintes. Em Corinto, anuncia o Evangelho às classes mais desfavorecidas, aos pobres e aos escravos. Ele próprio continua a exercer a sua profissão de fabricante de tendas para poder estar inserido na vida social e económica do seu tempo.

Na sua missão, Paulo contou sempre com o apoio de muitos colaboradores. As suas cartas e o livro dos Actos Apóstolos enumeram um vasto grupo de pessoas, homens e mulheres, de profissões e origens diversas, que com ele trabalhavam no anúncio da Palavra e na instrução das comunidades cristãs. Paulo tem a consciência de que a missão não é um acto individual, isolado da comunidade crente. A comunidade envia-os em missão, acompanha-os na oração e, às vezes, ajuda-os com o apoio logístico e material.

Penso que estes poderiam ser dois desafios para vivermos com algum proveito este Ano Paulino: rasgar novos horizontes de missão, como, aliás, pede o Congresso Missionário Nacional a realizar em Setembro e fomentar, cada vez mais, a missão partilhada com os leigos, a igreja local e os outros institutos religiosos e missionários.

Pe. José Antunes, in Contacto svd

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