dimanche 5 octobre 2008

CORRECÇÃO FRATERNA

As leituras de um fim-de-semana, não muito distante, fizeram-nos fazer reflectir sobre a correcção fraterna, feita com amor e para o bem da pessoa. Muitas vezes, com a ideia de uma pseudo-educação que pretende corrigir os que erram, cometemos verdadeiras atrocidades pedagógicas, com efeitos devastadores na vida emocional e psíquica da pessoa corrigida.

Na vida do dia a dia, trabalho, família, Comunidade, também nos deparamos com estas situações, onde pretendemos corrigir e reprimir comportamentos desviantes. É legítimo que o façamos. Mas o modo de o fazermos deve ser reflectido, para que os estragos não sejam maiores. Uma história para nos fazer pensar: um dia, um rei teve um sonho. Quando acordou, mandou chamar alguns sábios, afim de que interpretassem o seu sonho. Depois de terem reflectido, chegaram junto do rei e disseram: “majestade, temos uma má notícia para lhe dar:
lamentamos informar que o seu sonho quer dizer que o Senhor vai perder toda a sua família, ficando sozinho”. O rei não gostou, e mandou castigar os sábios. De seguida, mandou chamar outro sábio. Este, depois de ter reflectido, comunicou ao rei: “majestade, tenho uma boa notícia para lhe dar; o Senhor vai sobreviver à sua família”. E o rei, agradado pela notícia, cumulou o sábio com riquezas.

Tem direito a corrigir quem antes soube elogiar. Porque é que a maioria das nossas palavras são negativos e para repreender? A palavra “não”, está sempre pronta a ser proferida, mesmo antes de ouvirmos o que o outro tem a dizer.
Quando olharmos para a pessoa, não olhemos apenas para os seus defeitos. Vejamos a pessoa no seu todo, com virtudes e defeitos. Nessa altura, a correcção pode doer, mas não magoa. E então, surtirá os efeitos desejados.

Pe. A. Araújo

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