mardi 8 décembre 2009

PERSONAGENS DO ADVENTO

ISAÍAS

Ao longo de todo o tempo do Advento, contaremos na liturgia com o anúncio profético de Isaías, animando-nos a reconhecer pela fé o Senhor que vem.
Ele era natural de Jerusalém, pertencente a uma família de elevada posição social.
Cultivou uma notável sensibilidade poética, exprimindo-se num estilo abundante em imagens de pendor religioso. Recorrendo a esta linguagem, anunciou o Messias desenvolvendo a sua actividade por mais de 40 anos.
Mediante uma visão em que lhe é revelada a “santidade de Deus”, Isaías deixa-se conduzir por uma humilde mas firme convicção de que só pela fé confiante se poderá obter a salvação. Mesmo nos momentos de maior perigo, o Profeta, em nome de Deus, promete a tão desejada libertação, associada à paz e à justiça.

JOÃO BAPTISTA

Segundo o próprio Cristo, “entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no reino do céu é maior do que ele” (Mt 11,11).
O papel de João Baptista como Precursor é muito preciso: “preparar os caminhos do Senhor” (Is 40,3); deverá anunciar um baptismo no Espírito para a remissão dos pecados, um baptismo que será luz “para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte” (Lc 1,79), como dirá Zacarias, no Cântico que entoou quando pôde falar.
Toda a sua grandeza lhe advém da sua humildade e modéstia: “Ele é que deve crescer e eu diminuir”.
João baptista dá-nos uma lição de silêncio e recolhimento para poder dar testemunho; para poder denunciar o pecado com corajosa e franca honestidade.
Por tudo isto, João Baptista é figura da Igreja, modelo para cada um dos cristãos.

MARIA DE NAZARÉ

Maria está presente em todo o Advento. Para uma mãe, o nascimento de um filho significa uma festa que a marca para sempre; a preparação para o nascimento é um tempo privilegiado durante o qual se estabelece, entre mãe e filho, uma intimidade muito particular e única. Com Maria, passou-se o mesmo. No entanto houve na sua vida, como nas nossas, sobressaltos, perturbação e surpresas. Apesar de tudo, como o Advento nos revela, soube acreditar e esperar: “Conservava todas estas coisas meditando-as no seu coração” (Lc 2,9).
Neste tempo litúrgico, contemplamos Maria como a mulher que disse “sim” à
vontade de Deus. Um sim que lhe brotou do coração como um acto de fé e de entrega à Palavra de Deus e como um compromisso de fidelidade.

O ANJO GABRIEL

No Advento assistimos à intervenção do Anjo Gabriel, por duas vezes: uma em Jerusalém no Templo quando anuncia a Zacarias o nascimento de João Baptista; outra em Nazaré, quando convida Maria para ser a mãe do Messias (Lc 1,26-38). Fixando a nossa atenção na segunda intervenção, podemos dar conta de que o Anjo ao entrar em casa de Maria saudou-a dizendo: “ Salvé ó cheia de graça, o Senhor está contigo”.
Tranquiliza-a e entra em diálogo com Ela para lhe explicar o plano de Deus.
O Anjo Gabriel não age em nome próprio , mas como mensageiro de Deus. Com as suas palavras e a sua atitude revela-nos a bondade, o amor e o respeito de Deus pela pessoa de Maria. Depois do seu sim, o Anjo retira-se.
E é assim que, pelo modo como Gabriel procede com Maria, nos é revelada a maneira como Deus actua na história. Nunca força a nossa liberdade mas aguarda a nossa aceitação livre. Assim se compreende que Maria tenha respondido: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38)

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