mardi 8 décembre 2009

SUÍÇOS SÃO CONTRA A CONSTRUÇÃO DE NOVOS MINARETES

Apoiada pela União Democrática do Centro (UDC), e a União Democrática Federal (UDF), ambas de direita conservadora, mas combatida por todos os outros partidos, pelo Governo e pelo Parlamento, a iniciativa anti-minaretes seduziu claramente os eleitores suíços, cuja participação foi de quase 53%, mais elevada do que a média habitual.

Os resultados definitivos são claros: 57,5% dos eleitores aprovaram a inicitiva que proíbe a construção de novos minaretes. Apenas em quatro cantões a iniciativa foi rejeitada, em resultado surpreendente. A aprovação de uma iniciativa popular exige a dupla maioria, dos eleitores e dos cantões, o que foi claramente o caso: a iniciativa foi aprovada em 22 dos 26 estados. Só foi rejeitada em Genebra, Vaud, Neuchâtel e Bâle Campagne.
Os Bispos católicos da Suíça reagiram com uma dura condenação aos resultados do referendo sobre a construção de minaretes no país.
Para Walter Müller, responsável pela comunicação da Conferência Episcopal Suíça, este resultado é um “obstáculo e um grande desafio para o percurso de integração através do diálogo e do respeito recíproco”.
Para os Bispos suíços, a vitória do «Sim» vem “aumentar os problemas de convivência entre as religiões e as culturas”.
O secretário-geral da Conferência Episcopal Suíça, Felix Gmür, afirmou tratar-se de "um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração".

Montesquieu dizia, no século XVIII (1721): “Confesso que a história está cheia de guerras de religiões. Mas atenção, não é a multiplicidade das religiões que levou a essas guerras, mas sim o espírito de intolerância”.
Hoje, em pleno século XXI, leis como a iniciativa anti-minaretes são aceites, a intolerância continua, infelizmente, de actualidade.

José Martinho

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