dimanche 27 juin 2010

PADRE MÚRIAS CELEBROU BODAS DE OURO SACERDOTAIS

O Pe. Múrias festeja 50 anos de sacerdócio, mais de 30 dos quais passados ao serviço dos portugueses na Suíça.
Perante isto não é de admirar que no Domingo, dia 13 de Junho, as comunidades do cantão de Vaud, e de Lausanne em particular, lhe tenham promovido uma sentida homenagem de parabéns pelas Bodas de Ouro sacerdotais, e de agradecimento pelo seu papel em prol da promoção espiritual, social, cultural e cívica dos seus compatriotas. Homenagem que se traduziu numa Missa solene concelebrada pelos padres portugueses das diversas regiões do cantão, em Mon-Gré, seguida de um almoço-convívio na sala do Sacré-Coeur.


Introduzindo a Eucaristia, o Pe. Aloísio, sacerdote moderador da nossa Missão, destacou mais uma vez o facto desta celebração se realizar em pleno Ano Sacerdotal: “A nossa Missão foi, portanto, duplamente agraciada, porque se, por um lado, a efeméride do Ano Sacerdotal a interpela e provoca, por outro, o evento dos cinquenta anos de sacerdócio do Padre Múrias coloca-a no espírito aconselhado e requerido. Não haja dúvida. Para a nossa Missão, esta ‘coincidência’ revela claramente um dedo providencial.
Celebrar as suas bodas de Ouro em Ano Sacerdotal é apenas mais uma das graças de Deus, a Quem nós, com ele, louvamos e agradecemos
”.

Por seu lado, o Pe. Múrias, visívelmente emocionado, fez questão de oferecer esta celebração pelas intenções de toda a comunidade: os presentes e “lembrando os que a constituíram e já lá estão. Recordo-os com saudade e lágrimas... bem como todos os que a constituem ainda. É muita gente... gostava porém de os ter cá a todos!

Depois recordou várias facetas da sua presença em terras helvéticas, dizendo que a Missão é o pedaço da Igreja que lhe foi confiado na Suíça. “Cheguei aqui em 1977... o mandato era por 3 anos. Depois porém, as necessidades locais e, mais adiante ainda, a minha saúde, forçaram-me a ir ficando. Cá vou estando, e mexendo, enquanto Deus quiser”. Para acrescentar que “
a Missão, como a imigração portuguesa de que foi a reboque, tiveram um tal aumento, uma tal evolução e desenvolvimento, que em poucos anos se passou de uma meia dúzia de milhar de portugueses para uma centena e meia de milhar... e a Missão que era orientada por um padre encarregado de todos os cantões de língua francesa... desdobrou-se no que actualmente são: cinco Missões Portuguesas nos cinco cantões francófonos com mais de uma dezena de padres dedicados às várias comunidades de língua portuguesa que por estas terras lutam, trabalham e sofrem. Não foram nada fáceis os começos, mas encontrei logo gente muito boa e muito empenhada nas comunidades que já existiam e nas que fui criando. O resto devemo-lo a Deus, à Sua ajuda (a corresponder talvez à Fé de tantos portugueses, ao trabalho deles, ao sofrimento deles, à dedicação deles). Sonhei muito, rezei muito, mas pus sempre tudo nas mãos de Deus e fui recomendando a todos que o fizessem. Deus quis... não tenho aí a mais pequena dúvida. Foi obra de Deus... apesar dos meus pecados!
Seria falta grave de gratidão... seria não dizer a verdade, não falar em Nossa Senhora nesta ocasião e sê-lo-á em todas ocasiões em que se falar do trabalho da Missão. Porque nos veio a Fátima, na nossa terra, deixar uns recados, sempre a invocámos como Nossa Senhora de Fátima e a considerámos nossa. Foi a Ela que, desde sempre, entreguei esta Missão... e Ela fez o milagre. Tudo começou logo ao começar... apegávamo-nos todos a Ela... chamávamos por Ela... consagrávamo-nos todos a Ela. A espiritualidade que sempre vivemos e pregámos era a mais fácil ... a mais infantil... se quiserem: nas mãos d'Ela... por Ela nas mãos de Jesus e pelas mãos de Jesus ao Pai que abençoava a obra!
Minha e Nossa Senhora da Fátima... tanto Te devo!... Tanto Te devemos !

Como foi dito, esta homenagem terminou com um almoço canadiano na sala da paróquia do Sacré-Coeur.

Parabéns, Pe. Múrias. Ficamos anciosamente à espera das Bodas de Diamante!!!


José Martinho

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