Eram bem mais de 2 centenas, entre crianças, jovens e adultos, aqueles que quiserem estar presentes na homenagem à Senhora que o nosso Rei D. João IV, no longínquo ano de 1646 (6 anos após a Restauração da Independência), declarou como Padroeira e Rainha de Portugal.
Na verdade, no dia 25 de Março de 1646, perante toda a Corte, o Rei pronunciou estas palavras: “assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição, (...) e lhe ofereço em meu nome (...) e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos a Sua Santa Casa da Conceição sita em Vila Viçosa”.
Das palavras do rei D. João IV, concluímos duas coisas: 1) Que o Rei toma a Imaculada Conceição como Padroeira dos Reinos (na época, o nosso país era oficialmente composto por 3 reinos: Portugal, Algarve e Brasil); e 2) Que decide oferecer a Capela do paço de Vila Viçosa (Évora) à veneração da Imaculada Conceição como Padroeira.
A Festa na Longeraie
Presidida pelo padre Aloísio Araújo, que para tal se deslocou expressamente de Luzerna, a celebração do dia 8 de Dezembro em honra da Padroeira foi verdadeiramente um momento alto de fé e de alegria. De FÉ, porque de maneira profunda e sincera os portugueses uma vez mais prestaram homenagem e louvores à Mãe de Jesus e nossa Mãe, a Virgem Maria. De ALEGRIA, porque o ambiente era de festa, os cânticos alegres a isso convidavam e, no final, ainda houve tempo para um breve convívio no salão junto à igreja.
No decorrer da Missa, outro momento importante foi quando dois adultos (a Susana e o Victor) foram apresentados à Comunidade e se comprometeram a continuar a sua caminhada de fé em ordem ao sacramento do Baptismo, que irão receber na Páscoa do próximo ano, se Deus quiser. Todos nos comprometemos a acompanhá-los com as nossas orações!
A organização da Solenidade estava por conta das 3 comunidades de La Côte – Morges, Etoy e Nyon – mas ali pudemos ver gente de quase todo o cantão. Por isso, foi também um momento especial de encontro dos católicos portugueses das várias comunidades.
É devida uma palavra de parabéns e de gratidão para todos os envolvidos: para a presença amiga dos padres Aloísio e Pedro; para o Coro, composto por elementos das 3 comunidades da Côte, que tão bem cantou e tão bem animou a celebração; para todos os que preparam a Liturgia e o Convívio que se seguiu, em especial às pessoas da comunidade de Morges, que acolheram tão bem todos os que ali se deslocaram e tudo fizeram para que tanto a celebração como o aperitivo fossem do agrado de todos. Um agradecimento ainda aos acólitos, aos que participaram no ofertório, aos leitores e a todos os que deram o seu contributo com amor e dedicação.
A bonita imagem da Imaculada, que foi benzida no início da celebração, tinha chegado de Portugal há poucos dias e é oferecida pelo grupo de Morges que em Setembro passado foi em peregrinação ao santuário de Lurdes.
O peditório da Eucaristia, tal como foi então dito, reverteu a favor da Ajuda de Berço, uma instituição que em Portugal apoia e acolhe crianças pequeninas até aos 3 anos de idade e que está a passar por grandes dificuldades financeiras, estando em risco de fechar uma das duas casas que tem. Graças à generosidade dos presentes, o peditório rendeu 1100 francos (mais de 800 euros), que já foram depositados na conta da Ajuda de Berço, no banco Millenium. Muito obrigado a todos e que Deus vos recompense! (Se alguém quiser fazer um donativo, a partir de um banco português, o NIB é: 0033 0000 02088437765 36 – eis uma maneira de oferecer neste Natal um bonito presente a quem realmente precisa!).
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