dimanche 14 mars 2010

“QUARESMA: PARA QUÊ ?”

Caros amigos,

Começo por vos fazer esta pergunta, «Quaresma, para quê?»
Faz sentido? Vale a pena? Terá algum significado?
É bem verdade que apenas cada um em particular é que pode responder… mas também não deixa de ser verdade que, se não estiverem atentos, decididos e não se deixarem inquietar e «espantar», tudo não passará de algo meramente exterior, «espiritualista» e superficial!
Quantas Quaresmas já «passaram» por vocês? E quantas foram vividas a sério, com profundidade, com verdade, com entrega e amor a Jesus?!
E se este fosse um Tempo diferente?
E se esta Quaresma fosse uma oportunidade única, excelente, para serem jovens cristãos a sério?
E se este «tempo favorável» fosse mesmo uma maneira bonita e feliz, generosa e verdadeira, de Lhe mostrarmos que somos discípulos?
Fazer desta Quaresma de 2010 um forte combate, uma «guerra aberta» ao pecado e às suas tão diferentes traduções! Fazer destes 40 dias um «tempo» de intimidade, de comunhão, de amizade profunda com Jesus.


Estamos habituados a olhar e a associar a Quaresma com palavras como «jejum», «abstinência», «penitência», «esmola», «oração» etc. E até é verdade! Mas, como é que tudo isto se concretiza na nossa vida? Será apenas não comer carne, não comer doces ou outras iguarias que gostamos mais ou menos? Será no fim da Quaresma oferecermos «meia dúzia» de euros para a Renúncia Quaresmal e, dessa forma, tranquilizar a consciência e convencermo-nos que vivemos uma excelente Quaresma? Bastará? Será apenas isso? Reduz-se a isso o essencial deste Tempo?
Não seremos capazes de mais e de melhor? Não nos pedirá a nossa fé e o próprio Jesus algo de mais «alto», de mais «valente», de mais «nobre»?
Não teremos mais para entregar e oferecer a Jesus, Ele que por nós Se deixará crucificar por amor? Faço-vos algumas propostas:

«Jejum». Sim. Mas «jejum» de preguiça, de críticas destrutivas, de vergonha de se ser de Deus, de vaidades, de gastos supérfluos e irresponsáveis, de manias de superioridade… «jejum» de coisas concretas que cada um sabe bem que o afasta de Deus.

«Abstinência». Sim. Mas abstermo-nos do que realmente nos custa. Abstermo-nos de alimentos, de divertimentos, de opções que podem ser ajuda, caridade, pão, esperança e oportunidade a tantos e tantos que estão privados do essencial.
Na verdade, fazer abstinência de determinados alimentos e não fazer renúncia monetária daquilo a que renunciamos, chama-se «dieta», «poupança», mas não terá «sabor» de Deus, de Evangelho, de fé!
Ser capaz de escolher o mais modesto, o mais simples, o mais humilde, o mais sóbrio, para que outros possam ter acesso a bens essenciais que nós demasiadas vezes menosprezamos e banalizamos!

«Oração». Com mais generosidade, mais tempo, mais atenção, mais vontade e mais «cabeça» e «coração». Mais oração que signifique vontade de amar Jesus. De O adorar. De Lhe desagravar o Coração ofendido. De O ter como O primeiro, O especial, O essencial dos nossos corações.
E que forma mais bela e mais profunda que a Eucaristia. E será que não o podemos fazer todos os dias? Ou pelo menos algumas vezes por semana? Sabendo que aí podemos receber o próprio Senhor; que aí é o lugar privilegiado de acolher e escutar a Sua Palavra…

40 dias para transformar o mundo. A Igreja. A nossa Missão . Com o teu coração grande e generoso.

Não hesites…

Pe. Aloísio

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