jeudi 12 février 2009

A BASÍLICA DE NOTRE DAME RECEBEU A COMUNIDADE PORTUGUESA PARA O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO

Dia de festa para os católicos portugueses das comunidades de Lausanne e Renens. Com efeito, no passado dia 25 de Janeiro, o Monsenhor Jacques Banderet, antigo Vigário episcopal da zona francófona do cantão de Fribourg, enviado por Mgr. Bernard Genoud, Bispo da diocése de Lausanne, Genève e Fribourg, administrou o Sacramento da Confirmação a nada mais, nada menos que 93 jovens e adultos, sinal de que, no seio da nossa Missão, a fé se encontra bem viva e a chama está bem acesa.

Na sua homilia, Jacques Banderet recordou que “a celebração deste Sacramento resulta a efusão especial do Espírito Santo, como outorgado antigamente aos apóstolos por ocasião do Pentecostes, o aprofundamento e crescimento da graça batismal e do sentido da filiação divina, une o crismando mais sólidamente a Cristo, aumenta os dons do Espírito Santo, torna mais perfeita a sua vinculação com a Igreja e concede uma especial graça para testemunhar a fé. A doutrina sobre este sacramento afirma que ele imprime "carcáter", como que se deixasse na alma um selo ou marca indelével que vincula o crismando como se fosse uma "propriedade" de Cristo. Este evento normalmente é realizado após os 15 anos de idade, sendo esta considerada a Idade da Razão”.
Monsenhor Banderet comparou o Crisma à conversão de S. Paulo: “
No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes, para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém.Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» Saulo perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer». Perseguindo os membros da Igreja, Paulo estava a perseguir Cristo que é a sua Cabeça”.
Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: «Para mim viver é Cristo» (Fl 1-21); «Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.» (Gl 2,20).

Para aqueles que recebem o Sacramento da Confirmação, e à semelhança do que aconteceu com S. Paulo, mais do que uma «conversão», mais do que uma mudança esforçada, há aqui um encontro inesperado, uma revelação plena, uma luz intensa, uma graça divina. Aliás, quer no livro dos Actos quer nas Cartas, do seu próprio punho, Paulo nunca se refere a este como uma «conversão».
Para Jacques Banderet “trata-se, sempre, de uma iniciativa de Jesus, que vem ao encontro de Paulo, para o fazer outro e para o fazer Seu. Esta mudança radical de Paulo não vem da sua renúncia ao mal passado, mas resulta daquela inesperada e repentina «revelação», daquela iluminação interior, que cura a sua cegueira, e o faz ver e viver tudo de modo novo. A conversão de Paulo não é, pois, fruto do seu pensamento, da sua evolução psicológica ou de uma revolução moral. Brota simplesmente deste acontecimento fundamental: o encontro luminoso com Cristo Jesus, que o surpreende, agarra, escolhe e envia”.
José Martinho

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