dimanche 2 mai 2010

O BOM PASTOR

“O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas”.

O Domingo do Bom Pastor incita-nos a todos a olhar o ministério sacerdotal, o dom das vocações de consagração, como caminho de eternidade acontecido e vivido nesta nossa realidade concreta. Mas sem a tentação de sucumbir a facilitismos e «actualizações» que «escureçam» essa beleza maior que é a possibilidade de se viver almejando uma vida doada, cada dia, cada instante, em favor de todos os outros!


É verdade que com facilidade se rotulam uns quantos como «ovelhas do Senhor» em detrimento de tantos outros que se conclui não pertencerem ao «rebanho»! É verdade que a nossa postura pastoral, as nossas prioridades eclesiais, a nossa entrega sacerdotal, consagrada, demasiadas vezes não reflecte essa entrega divina de Cristo por todas as ovelhas! Com maior ou menor consciência, não raras vezes somos «pastores» apenas de alguns – que mais nos agradam, mais nos podem ajudar, mais oportunidades e privilégios de múltipla ordem nos podem assegurar – secundarizando tantos outros pelos quais, da mesma forma, Jesus de Nazaré ofereceu a Sua vida!

Hoje pede-se à Igreja inteira que reze pelo dom das Vocações. Que reze pelos já chamados, consagrados e enviados. A fim de serem testemunhas fiéis, credíveis, apaixonadas, dessa missão única e insubstituível que é dar a nossa vida. Rezar para que nenhum de nós se demita desse desafio maior que é sermos capazes de gastar cada segundo da nossa existência em prole de todos e cada um dos homens e mulheres deste tempo. Todos e cada um e não apenas alguns!
Somos pastores e não mercenários! Para isso somos consagrados e enviados. Somos vidas de Deus que se hão-de gastar e desgastar em favor de toda a Igreja e de todo o mundo. E quando tivermos de fazer escolhas, quando precisarmos de viver opções, sejam sempre as de Jesus: os mais débeis, os mais pobres, os mais fracos, os mais sofridos, os mais desesperados, aqueles que não nos possam nunca retribuir ou agradecer! Dessa forma seremos verdadeiramente testemunhas do Ressuscitado, d’Essa «pedra» rejeitada pelos homens que Se tornaria «pedra angular» da nova humanidade…

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